Crianças

Dr. Ajuda
19/08/2024 03:00h

Neste episódio o pediatra, Rafael Yanes, explica sobre a importância dos testes de triagem neonatal

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Nas primeiras horas de vida, ainda na maternidade, o bebê deve ser avaliado sobre os mais diversos aspectos, como estatura, peso, circunferência da cabeça, reflexos neurológicos, força muscular, reação aos estímulos, escuta do coração e outros aspectos fundamentais para saber se está tudo bem com o bebê.


Para tornar essa avaliação mais segura e completa, existem os testes de triagem neonatal. Eles compõem uma lista de exames e avaliações obrigatórias, que possibilitam suspeitar precocemente de possíveis problemas de saúde que podem não ser aparentes no nascimento, mas que se tratadas cedo, podem garantir um futuro mais saudável. 


O que são os testes de triagem? 


Os testes de triagem servem como uma espécie de filtro, onde é possível separar pessoas que certamente não possuem uma doença ou um conjunto de doenças daquelas pessoas que eventualmente podem ter algum problema e que precisarão de uma atenção especial. Geralmente é um teste mais simples e mais acessível do que o exame confirmatório, o que permite fazer os testes em um número maior de pessoas. 


O teste de triagem alterado nunca confirma a existência de uma condição ou doença, apenas aponta uma necessidade de uma investigação adicional. Se uma pessoa colhe o teste e o resultado é normal, não é necessário preocupação pois dificilmente existirá algum problema em relação à condição que está sendo avaliada naquele teste naquele momento. Mas se é realizado um teste de triagem e o resultado é alterado, isso não é um diagnóstico definitivo, apenas indica que é necessário uma investigação adicional, seja por exames ou por avaliação de um especialista. E é assim que também funciona com os testes de triagem neonatal.


Entre os seis testes mais comuns, estão: teste do pezinho, do olhinho, do coraçãozinho, da orelhinha, da linguinha e do quadril.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.

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Dr. Ajuda
18/08/2024 03:00h

Neste episódio o pediatra, Rafael Yanes, explica o que é o teste da orelhinha

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O teste da orelhinha é um exame realizado no bebê, ainda na maternidade, para diagnosticar problemas auditivos. Para isso, é colocado um fone de ouvido no bebê, que emite sons suaves, que não incomodam nem machucam o recém-nascido.


O ouvido do bebê é capaz de captar os sons e responder de maneira automática. O aparelho irá medir essas respostas para avaliar se a audição do bebê está funcionando adequadamente.


Se o teste mostrar que o bebê não está reagindo aos sons de maneira esperada, isso pode ser um sinal de que há um problema na audição da criança que precisa ser avaliado mais a fundo.


Identificar e tratar problemas auditivos precocemente pode fazer uma diferença significativa no desenvolvimento da linguagem e comunicação do bebê.


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04/08/2024 00:05h

Neste episódio a pediatra, Adriana Pestana, fala sobre o que fazer em caso de intoxicação em crianças

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Mesmo que você não veja o seu filho brincando perto de uma área de risco ou com produtos suspeitos, desconfie se ele apresentar algum desses sintomas:

  • Alteração repentina de comportamento como sonolência ou agitação;
  • Lesão, queimadura ou vermelhidão na boca, pele ou lábios;
  • Se notar algum cheiro característico de produtos na pele, boca, roupa ou ambiente;
  • Vômitos ou salivação excessiva;
  • Dificuldade para respirar.


Se você notar alguma dessas alterações no seu filho, pense em intoxicação. Peça ajuda e faça uma busca pela casa, tente identificar qualquer produto que ele possa ter ingerido e em qual quantidade. Tire a roupa da criança se estiver contaminada e lave a pele, rosto, olhos e outras áreas do corpo que possam ter entrado em contato com o produto. Não ofereça nenhum tipo de líquido e nunca provoque vômitos.


Busque orientação, entre em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica, CIATox, da sua região através do telefone 0800 722 6001 ou procure no rótula, bula ou embalagem do produto qual o telefone indicado em caso de intoxicação por aquele produto. Profissionais especializados irão te orientar o que fazer nessa situação. 


Na dúvida, procure o pronto-socorro mais perto de onde estiver e se possível, leve as informações dos produtos. Casos graves podem apresentar desmaios e crises convulsivas, em casos assim vá imediatamente ao serviço de emergência. 


Evite acidentes e mantenha os produtos de limpeza, higiene e medicamentos longe do alcance de crianças, guarde nas prateleiras mais altas e sempre que possível, com as portas trancadas. 


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

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18/07/2024 00:07h

Neste episódio a pediatra neonatologista, Fernanda Doreto Rodrigues, compartilha algumas dicas para impor limites à criança

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As birras são momentos em que a criança tenta atrair toda a atenção para si mesma de forma negativa de modo que os adultos envolvidos vão se cansar ou se irritar e acabar fazendo o que ela quer.


Mas por que as crianças têm esse comportamento? Os bebês se tornam crianças pequenas de uma hora para outra, a partir dos 10/11 meses, eles começam a interagir muito mais com o mundo e passam a ter um pouco mais de noção do que são, do que gostam e do que querem naquele momento. Acontece que tudo isso vem antes das palavras, antes deles serem capazes de conseguir explicar o que querem e de convencer as pessoas do porquê aquilo é tão importante naquele momento.


Além disso, nessa idade as crianças não são capazes de dividir a atenção ou foco, quando estão interessadas em algo, não conseguem pensar em mais nada e é como se o mundo inteiro girasse em torno daquilo. Ou seja, as birras acontecem quando as palavras ainda não estão lá e são instrumentos para convencer os adultos do que elas querem, se jogar no chão, chorar, gritar e às vezes até se machucar, são alguns desses instrumentos.


Algumas crianças são mais intensas, outras são mais moderadas, algumas desenvolvem a linguagem mais rapidamente que outras  que passam mais tempo usando as birras como instrumento. Todas as crianças passam por essa fase e não há vergonha nenhuma nisso, a questão é como lidar com elas.


Todos os indivíduos têm limites que devem ser respeitados para uma convivência saudável na sociedade, e é fundamental ensinar às crianças a importância de respeitar esses limites desde cedo. Aqui estão algumas dicas para ajudar nesse processo:

 

  1. O maior segredo é não dar a atenção pretendida, nem a atenção positiva e nem a negativa. É necessário se afastar para permitir que a criança se acalme e entenda que a birra não é um instrumento aceitável;
  2. Aprender a se acalmar em situações de estresse é um grande ensinamento, sendo assim, mantenha a calma e diga “essa atitude não é legal, vou deixar você se acalmar e depois a gente conversa”, se afaste, sem deixar de vigiar a criança e não deixe ninguém se aproximar, quando a plateia some, em alguns minutos a criança vai sair do modo birra e certamente vai te procurar. Quando ela estiver mais calma, explique o porque ela não pode fazer ou pegar o que pretendia, é muito mais fácil respeitar o limite quando sabemos o porquê dele existir;
  3. Lembre-se de que às vezes é preciso dizer sim, se não for prejudicial para ela ou para outras pessoas, deixe para a criança brincar, mexer e experimentar, é assim que ela aprende e interage com o mundo.

Isso tudo pode parecer cansativo, mas se agir de forma consistente em todas as birras, eventualmente elas vão diminuir ou até desaparecer, afinal, quando a birra não faz efeito, ela deixa de ser um instrumento útil.


As birras são momentos de estresse para todos os envolvidos, mas é importante lembrar que perder a calma só vai piorar a situação. A criança precisa que você seja o adulto e precisa da sua ajuda para solucionar o problema. Ao ensinar as crianças sobre limites e respeito mútuo, estamos contribuindo para a formação de indivíduos responsáveis e conscientes, capazes de conviver harmoniosamente em sociedade.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.
 

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17/07/2024 00:05h

Levantamento realizado pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), iniciativa da Fiocruz e Unifase, aponta recorde de internações de bebês menores de um ano por pneumonia, bronquite e bronquiolite no Sistema Único de Saúde (SUS). Regiões Sul e Centro-Oeste tiveram maiores taxas de internações.

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De 2022 a 2023 o número de internações de bebês por problemas respiratórios no Brasil teve um salto de 24%. Ao todo, no último ano, foram registradas 152.951 internações de bebês menores de um ano por pneumonia, bronquite e bronquiolite no Sistema Único de Saúde (SUS) – uma média de 419 por dia. Os dados compõem um levantamento feito pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (Unifase/FMP).

O levantamento utilizou dados do Sistema de Internações Hospitalares do SUS de 2008 a 2024 e apontou que o quantitativo de internações em 2023 foi um recorde histórico. “É o maior número registrado nos últimos 15 anos”, diz um trecho da nota publicada pela Fiocruz.

O pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz), Cristiano Boccolini, menciona que os dados apontam que até 2015 houve uma queda contínua das internações seguida de estabilização relativa entre 2016 e 2019. Já em 2020 houve queda, como explica Cristiano. Porém, os números vêm subindo.

“Em 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19, observamos uma queda de 300% das hospitalizações, a menor taxa de toda a série histórica, e desde então a gente vem observando ano após ano o aumento das taxas de hospitalização dessas crianças, alcançando o maior nível nos últimos 15 anos em 2023. Só pra ter uma ideia, entre 2022 e 2023, a gente teve um aumento de 30 mil crianças ou bebês, com menos de um ano de idade, sendo hospitalizadas por essas causas”, destaca o pesquisador.

Cristiano Boccolini pontua que a baixa cobertura vacinal infantil e as mudanças climáticas são as principais hipóteses para o aumento das internações de bebês por doenças respiratórias no país. Segundo o pesquisador, a vacinação das gestantes tem papel relevante no fortalecimento da imunidade dos bebês, o que pode colaborar para redução das internações.

“Porque as gestantes que são vacinadas contra a influenza e também contra a Covid-19, elas passam parte dessa imunidade para o bebê e o bebê já nasce com os antígenos necessários para combater essas infecções”, ressalta Boccolini.

De acordo com o estudo, o SUS desembolsou R$ 154 milhões ano passado para cuidar dos bebês internados. O montante é cerca de R$ 53 milhões a mais que o valor registrado em 2019.

Recorte regional

Quando analisados por regiões, os dados apontam que as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de internação em 2023. “O frio intenso e as queimadas associadas ao clima seco, respectivamente, contribuem para deixar o sistema respiratório das crianças mais vulnerável”, destaca a Fiocruz no seu site.

Confira a tabela com a taxa de internações por doenças respiratórias por região:

O pesquisador da Fiocruz, Cristiano Boccolini, salienta as peculiaridades climáticas das regiões Sul e Centro-Oeste e como elas contribuem para o aumento nas internações dos bebês por doenças respiratórias. 

“Eventos climáticos extremos, como o frio extremo, excesso de chuvas na Região Sul, as queimadas e a presença de poluentes atmosféricos na região centro-oeste levaram a uma taxa maior de hospitalização de crianças com menos de um ano de idade por pneumonia e bronquites”, diz Boccolini.

Vacinação contra covid-19

Além da baixa cobertura vacinal contra influenza e as mudanças climáticas, a baixa procura por vacinas contra a Covid-19 para bebês a partir de 6 meses de idade também contribui para o cenário de internações. Cristiano Boccolini destaca a importância da imunização de bebês contra a Covid-19, já que a infecção pela doença abre brecha para o desenvolvimento de outras comorbidades respiratórias nessa faixa etária, segundo o pesquisador. 

“A gente continua observando uma baixa cobertura vacinal, em especial nas crianças a partir de seis meses, que já podem ser vacinadas contra a Covid e que ainda assim têm uma taxa de vacinação baixíssima contra esse antígeno específico. E a infecção por Covid pode abrir oportunidade para a infecção por outros vírus, podendo gerar aí no caso pneumonia e bronquite nesses bebês”, enfatiza Boccolini.

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16/07/2024 00:03h

Neste episódio o pediatra, Rafael Yanes R. da Silva fala sobre o teste do coraçãozinho

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Nas primeiras horas de vida, ainda na maternidade, o bebê deve ser avaliado em diversos aspectos, são analisados desde os itens mais simples como a estatura, peso, tamanho da circunferência da cabeça e também itens mais complexos como os reflexos neurológicos, a força muscular, a reação ao estímulos, entre outros para saber se está tudo bem com o bebê.


Para tornar essa avaliação mais completa e segura, existem os chamados testes de triagem neonatal. Esses testes compõem uma lista de exames e avaliações obrigatórias que possibilitam suspeitar precocemente de possíveis condições de saúde que podem não ser aparentes no nascimento, mas que se tratadas cedo, podem garantir um futuro mais saudável para a criança. 


O teste do coraçãozinho é um exame importante realizado no recém nascido para detectar cardiopatias congênitas, que são condições em que o coração não se desenvolveu corretamente antes do nascimento. Esse teste permite o diagnóstico precoce e, consequentemente, o tratamento adequado para prevenir sequelas graves. O exame é simples, rápido e indolor e deve ser realizado nas primeiras 24 horas após o nascimento.


A finalidade do teste é medir a saturação no sangue do bebê: se o coração não estiver funcionando corretamente, haverá menos saturação no sangue. Caso o resultado seja alterado, o teste é repetido.


Os testes de triagem neonatal englobam muitos pontos importantes na saúde do bebês, e que geralmente são obrigatórios por lei para todas as maternidades brasileiras, porém representam apenas uma pequena parte de tudo o que precisa ser avaliado em um bebê nas primeiras horas de vida e são a demonstração de que a prevenção de doenças deve estar presente desde o início da vida.


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13/07/2024 00:04h

O boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que a mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas segue alta, em função da grande circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). Já em idosos, as mortes estão ligadas à gripe, influenza e covid-19.

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Segundo o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 11 de julho, a mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas segue alta, por conta da grande circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). Já em idosos, as mortes estão ligadas à gripe, influenza e covid-19.

O levantamento aponta que seis estados apresentam sinal de aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave na tendência de longo prazo: Amapá, Pará, Roraima, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.

A mortalidade da SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante na faixa infantil de zero a dois anos e em idosos. 

Já a covid-19 tem mantido patamares baixos em comparação ao seu histórico de circulação. Porém, o vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos em três unidades da federação nas últimas semanas: Amazonas, Ceará e Piauí.
 

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15/06/2024 03:00h

Neste episódio a pediatra, Adriana Pestana, fala sobre a convulsão em crianças

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Se você presenciar uma criança convulsionando, é essencial manter a calma e seguir algumas dicas:

  • Coloque a criança em local seguro: após identificar a convulsão, posicione a criança em um local seguro, afastada de objetos que possam causar ferimentos;
  • Proteja a cabeça: tente proteger a cabeça da criança usando uma almofada ou peça de roupa para evitar lesões durante a crise. Não tente segurá-la ou abraçá-la durante o episódio;
  • Posição de lado: coloque a criança de lado ou incline sua cabeça para o lado para prevenir a aspiração de vômito ou saliva;
  • Evite obstruir a boca: não coloque nada na boca da criança, incluindo as mãos, para segurar a língua. Se possível, conte o tempo da convulsão;
  • Aguarde o término da crise: espere a crise convulsiva passar. Em seguida, leve a criança ao pronto-socorro para avaliação médica;
  • Chame ajuda profissional em casos prolongados: se a convulsão durar mais de 5 minutos, chame a emergência imediatamente.


É possível que a criança tenha experimentado uma convulsão febril, comum entre 6 meses e 5 anos. Geralmente, esse tipo de convulsão não prejudica a saúde, ocorrendo no início da febre e não se repetindo na maioria das vezes. No entanto, uma avaliação médica é sempre aconselhável para garantir o bem-estar da criança.


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Dr. Ajuda
30/05/2024 01:00h

Neste episódio a neurologista pediatra, Patrícia Gushiken Takahashi, fala sobre deficiência intelectual

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A deficiência intelectual é caracterizada com um dos transtornos do neurodesenvolvimento, assim como o transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e transtorno de aprendizagem. Esses transtornos são condições que a criança manifesta desde muita nova, muitas vezes antes mesmo da entrada na escola e podem aparecer em conjunto na mesma pessoa. 


Dentre as principais características da deficiência intelectual está a função intelectual mais baixa, ou mais conhecida como quociente de inteligência ou qi baixo, que seria entre 50 e 69 nos casos leves, entre 35 e 49 nos moderado, 20 e 34 nos casos graves e abaixo de 20 nos profundos. Mas isso por si só não é o parâmetro adequado, sendo melhor classificar os pacientes de acordo com sua funcionalidade, ou seja, a capacidade de se comunicar, como são suas habilidades sociais e como se dá seus cuidados pessoais, para que se identifique quais ajudas e apoios necessitam para desenvolver as atividades habituais.

Sintomas 


Entre os sintomas dessa condição estão:

  • Aquisição lenta de novos conhecimentos e habilidades;
  • Dificuldade de aprender a ler e escrever, fazer contas, resolver problemas abstratos e realizar atividades do seu dia a dia;
  • Comportamento imaturo para a idade, isso pode ser visto como brincadeiras compatíveis com crianças de faixa etária mais baixa;
  • São mais imaturos em comparação à crianças de mesma idade e não tem o mesmo controle comportamental e emocional;
  • Habilidades limitadas de autocuidado, como tomar banho, comer de forma independente, organizar seus pertences.

 

Todos têm em maior ou menor grau esses problemas, nos quadros leves, nem sempre essas características ficam evidentes, normalmente se identifica na fase escolar e pré-escolar, quando se percebe a dificuldade de ler, escrever, fazer contas e acompanhar os colegas de classe.


Causas


Há várias causas para a deficiência intelectual, que pode ser dividida em três períodos, sendo pré-natal, perinatal ou pós-natal. As causas pré-natais que acontecem no período da gravidez ocorrem por alterações e síndromes genéticas, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, efeitos de medicações que podem levar a malformações no feto, doenças crônicas não controladas, doenças infecciosas adquiridas durante a gestação e desnutrição.


Já as causas perinatais acontecem desde o trabalho de parto até 30 dias após o nascimento, temos a prematuridade, baixo peso ao nascer e icterícia grave. As pós-natais que acontecem 30 dias após o nascimento até a adolescência, temos a desnutrição, falta de estimulação, infecções graves, intoxicações e acidentes.


Diagnóstico e tratamento


É necessária uma avaliação multidisciplinar, envolvendo profissionais como psicólogos, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, além de exames clínicos, de imagens e laboratoriais.


O diagnóstico é fundamental para auxiliar em como pode ser feito a reabilitação, entender mecanismos pelos quais a criança pode aprender. Através da junção de terapias individualizadas como psicoterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, orientação médica que pode ser do médico pediatra do desenvolvimento, neuropediatra ou psiquiatra infantil. A participação ativa da criança e da família é possível construir um plano terapêutico para estimular os aprendizados que são importantes para o núcleo familiar.


Para esse tratamento, o ideal é procurar equipes que já estão habituadas com esse problema, tanto no setor público quanto no privado. Pelo SUS você deve procurar os postos de saúde da sua região ou os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS).


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Dr. Ajuda
12/05/2024 00:07h

Neste episódio o pediatra, Rafael Yanes, explica sobre o teste do quadril

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Nas primeiras horas de vida, ainda na maternidade, o bebê deve ser avaliado em diversos aspectos, são analisados desde os itens mais simples como a estatura, peso, tamanho da circunferência da cabeça e também itens mais complexos como os reflexos neurológicos, a força muscular, a reação a estímulos, entre outros para saber se está tudo bem com o bebê.


Para tornar essa avaliação mais completa e segura, existem os chamados testes de triagem neonatal. Esses testes compõem uma lista de exames e avaliações obrigatórias que possibilitam suspeitar precocemente de possíveis condições de saúde que podem não ser aparentes no nascimento, mas que se tratadas cedo, podem garantir um futuro mais saudável para a criança. 


Os testes de triagem funcionam como uma espécie de filtro, onde é possível separar as pessoas que certamente não possuem uma doença das pessoas que eventualmente podem ter algum problema e que merecem uma atenção especial. O teste de triagem geralmente é um teste mais simples e mais acessível que um teste confirmatório, o que torna possível realizar o teste em um número maior de pessoas.


O teste do quadril, como todos os outros, é realizado no bebê ainda na maternidade e é de extrema importância. Seu principal objetivo é detectar a displasia do desenvolvimento do quadril, uma condição que indica uma alteração no encaixe entre a cabeça do fêmur com o acetábulo, que pode atingir entre 3 a 5 bebês, a cada 1000 nascidos vivos. Sendo mais frequentes em crianças nascidas por parto pélvico, ou parto normal.


O exame é simples, rápido e indolor, para realizar o teste o pediatra coloca o bebê deitado e realiza movimentos suaves na perninha para verificar se há sinal de instabilidade da articulação ou desalinhamento. Caso sejam identificadas alterações, o bebê poderá ser encaminhado para uma ultrassonografia do quadril.


É importante destacar que o diagnóstico precoce possibilita o início de tratamentos não invasivos, como o uso de um suspensório, que ajudará a garantir que o desenvolvimento do quadril ocorra de forma saudável.


Os testes de triagem neonatal englobam muitos pontos importantes na saúde do bebês, e que geralmente são obrigatórios por lei para todas as maternidades brasileiras, porém representam apenas uma pequena parte de tudo o que precisa ser avaliado em um bebê nas primeiras horas de vida e são a demonstração de que a prevenção de doenças deve estar presente desde o início da vida.


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