Ministério da Saúde

09/07/2025 03:00h

Acesso à informação, cobertura vacinal, tratamento e diagnóstico são determinantes; hepatite A cresce entre jovens adultos

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Em 10 anos, o Brasil registrou uma redução de 50% no coeficiente de mortalidade por hepatite B. De 0,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2014, passou para 0,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2024. A contenção também foi verificada para hepatite C - menos 60% no mesmo período. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (8). 

A distribuição das hepatites por região segue concentrada com as hepatites B e C nos centros urbanos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A hepatite D está concentrada na Região Norte, em áreas remotas, com 72% dos casos registrados. Já a hepatite A, registrou queda global nas regiões Norte e Nordeste, onde, historicamente, teve maior incidência.   

Conforme o Ministério da Saúde, após entrar para o calendário vacinal em dose única para crianças entre 15 meses e 4 anos, a vacina contra a hepatite A
reduziu 99,9% dos casos entre pessoas menores de 10 anos. Em 2014, foram notificados 2.853 casos para a faixa etária; e 43 casos em 2024.

No entanto, a partir de 2022, houve aumento da doença nas regiões Sul e Sudeste. Os casos estão concentrados na população adulta entre 20 e 40 anos, na proporção de três homens para uma mulher. 

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o combate às hepatites virais compete à toda a sociedade. “Temos vacinas, temos testes, temos orientações claras de como se infecta. Sabemos como acontece o processo de transmissão. Cabe a cada um de nós, os profissionais de saúde, orientar e alertar as pessoas sobre isso. Cabe aos gestores dispor aquilo que o ministério distribui. E cabe à população procurar aproveitar as oportunidades ao máximo”, afirmou. 

Hepatite A

De acordo com Mario Gonzalez, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais, o aumento do número de casos de hepatite A entre jovens adultos reflete uma transição epidemiológica. No entanto, já existe uma estratégia de enfrentamento, via conscientização e vacina. 

“Nós tínhamos uma altíssima prevalência de anticorpos contra hepatite A na população geral porque as pessoas se contaminavam na infância. Aconteceu que o vírus está circulando menos, então os adultos jovens são mais suscetíveis e são suscetíveis ao contato, à transmissão com contato íntimo ou contato sexual. Por isso que nós fizemos uma estratégia de fornecer vacina”, explica Gonzalez. 

Segundo o coordenador, serão considerados população prioritária para vacina tanto o perfil registrado, quanto seus contatos íntimos: “É muito importante alguém que teve o diagnóstico de hepatite A comunicar aos seus contatos íntimos para que essas pessoas, em até 15 dias depois do contato, possam procurar a vacina”. 
 
Hepatite B

Mais de 50% dos casos de hepatite B ainda são de transmissão sexual, contudo houve queda de 55% na detecção da doença em gestantes ao longo desses 10 anos. Consequentemente, houve queda de 38% dos casos em menores de 5 anos.

Dados do Boletim epidemiológico mostram evolução na cobertura vacinal a partir de 2022. A primeira dose, que deve ocorrer de preferência nas primeiras 24 horas de vida, ou até 30 dias após o nascimento, passou de 72,7% para 94,19% em dois anos. A dose completa foi de 70% em 2019; 77% em 2022 e de 90% em 2024. 

Hepatite C

Para o Ministério da Saúde, a redução de 60% no coeficiente de mortalidade da hepatite C foi influenciada pela oferta dos antivirais de ação direta no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2014. 

Em 2024, 76% dos casos da doença se concentram em pessoas acima de 40 anos. Segundo o coordenador-geral Gonzalez, possivelmente, são pessoas que foram expostas a objetos cortantes na infância, entre os anos 1980 e 1990. Além disso, transmitida apenas através do sangue, há registro de aumento dos casos via relações sexuais. 

Hepatite D

A série histórica para a hepatite B segue com poucos casos, concentrados na Região Norte. Ao longo de 25 anos, há cerca de 4 mil casos relatados. A redução do número de casos da hepatite D acontece de duas formas: a partir da vacinação da hepatite B, já que para causar a infecção pelo vírus D é necessária a presença do vírus B; e pelo acompanhamento da carga viral das pessoas com hepatite B, de forma a evitar a evolução para a D. 

Julho Amarelo 

A divulgação do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2025 ocorre em meio ao Julho Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre as hepatites virais. 

Acesse o Boletim na íntegra, neste link

O Ministério da Saúde incentiva que toda pessoa adulta faça o teste gratuitamente nas UBS, de forma a prevenir e a tratar as hepatites. Hepatite B pode ser controlada com medicações adequadas. Hepatite C tem cura. Mas todas podem ser prevenidas. 
 

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08/07/2025 04:25h

Saiba como funciona o método contraceptivo, Implanon, incorporado pelo SUS, e outros métodos contraceptivos

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai incorporar o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, mais conhecido como Implanon, como parte do planejamento reprodutivo do país. Além de prevenir a gravidez não planejada, o Ministério da Saúde tem o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade entre mulheres negras até 2027. 

A portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS deve ser publicada em breve, com prazo de 180 dias para o SUS começar a efetivar a oferta. O plano de entrega estima 1,8 milhões de implantes até 2026, sendo 500 mil ainda este ano. 

Implanon

O implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel é um dispositivo anticoncepcional de longa duração. Sua ação pode durar até 3 anos, sem necessidade de manutenção. Sua eficácia é garantida e superior à maioria dos métodos contraceptivos atuais, como o dispositivo intrauterino (DIU) e o anticoncepcional oral, também disponíveis no SUS. 

O Implanon é um pequeno bastão flexível de 2 mm de diâmetro por 3 cm de comprimento, inserido no antebraço, que libera continuamente um hormônio derivado da progesterona, o etonogestrel, no sangue. Sua ação impede a ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação. 

A inserção e retirada do implante devem ser realizadas por médicas(os) e enfermeiras(os) capacitadas.

Métodos contraceptivos 

Além dos implantes, os seguintes métodos estão disponíveis no SUS:

  • Anticoncepcional oral combinado (pílula de uso contínuo): Impede a ovulação
  • Pílulas de progestagênio isolado (minipílula de uso contínuo): Impede ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Injetável de progesterona (injeção trimestral):  Impede ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Injetável combinado (injeção mensal): impede a ovulação
  • DIU de cobre: Provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Camisinha masculina e feminina: Barreira física que impede o encontro do espermatozoide com o óvulo
  • Contracepção oral de emergência (pílula do dia seguinte): Evita ou atrasa a liberação dos óvulos pelos ovários
  • Esterilização feminina (laqueadura tubária): Óvulos não passam pelas trompas e não encontram o espermatozoide
  • Esterilização masculina (vasectomia): O espermatozóide não entra no sêmen ejaculado
  • Amenorreia induzida pela lactação (por 6 meses após o parto): Impede a ovulação

      Mais informações no site do Ministério da Saúde.

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08/07/2025 04:25h

Saiba como funciona o método contraceptivo, Implanon, incorporado pelo SUS, e outros métodos contraceptivos

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai incorporar o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, mais conhecido como Implanon, como parte do planejamento reprodutivo do país. Além de prevenir a gravidez não planejada, o Ministério da Saúde tem o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade entre mulheres negras até 2027. 

A portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS deve ser publicada em breve, com prazo de 180 dias para o SUS começar a efetivar a oferta. O plano de entrega estima 1,8 milhões de implantes até 2026, sendo 500 mil ainda este ano. 

Implanon

O implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel é um dispositivo anticoncepcional de longa duração. Sua ação pode durar até 3 anos, sem necessidade de manutenção. Sua eficácia é garantida e superior à maioria dos métodos contraceptivos atuais, como o dispositivo intrauterino (DIU) e o anticoncepcional oral, também disponíveis no SUS. 

O Implanon é um pequeno bastão flexível de 2 mm de diâmetro por 3 cm de comprimento, inserido no antebraço, que libera continuamente um hormônio derivado da progesterona, o etonogestrel, no sangue. Sua ação impede a ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação. 

A inserção e retirada do implante devem ser realizadas por médicas(os) e enfermeiras(os) capacitadas.

Métodos contraceptivos 

Além dos implantes, os seguintes métodos estão disponíveis no SUS:

  • Anticoncepcional oral combinado (pílula de uso contínuo): Impede a ovulação
  • Pílulas de progestagênio isolado (minipílula de uso contínuo): Impede ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Injetável de progesterona (injeção trimestral):  Impede ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Injetável combinado (injeção mensal): impede a ovulação
  • DIU de cobre: Provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Camisinha masculina e feminina: Barreira física que impede o encontro do espermatozoide com o óvulo
  • Contracepção oral de emergência (pílula do dia seguinte): Evita ou atrasa a liberação dos óvulos pelos ovários
  • Esterilização feminina (laqueadura tubária): Óvulos não passam pelas trompas e não encontram o espermatozoide
  • Esterilização masculina (vasectomia): O espermatozóide não entra no sêmen ejaculado
  • Amenorreia induzida pela lactação (por 6 meses após o parto): Impede a ovulação

      Mais informações no site do Ministério da Saúde.

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08/07/2025 04:25h

Saiba como funciona o método contraceptivo, Implanon, incorporado pelo SUS, e outros métodos contraceptivos

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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai incorporar o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, mais conhecido como Implanon, como parte do planejamento reprodutivo do país. Além de prevenir a gravidez não planejada, o Ministério da Saúde tem o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade entre mulheres negras até 2027. 

A portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS deve ser publicada em breve, com prazo de 180 dias para o SUS começar a efetivar a oferta. O plano de entrega estima 1,8 milhões de implantes até 2026, sendo 500 mil ainda este ano. 

Implanon

O implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel é um dispositivo anticoncepcional de longa duração. Sua ação pode durar até 3 anos, sem necessidade de manutenção. Sua eficácia é garantida e superior à maioria dos métodos contraceptivos atuais, como o dispositivo intrauterino (DIU) e o anticoncepcional oral, também disponíveis no SUS. 

O Implanon é um pequeno bastão flexível de 2 mm de diâmetro por 3 cm de comprimento, inserido no antebraço, que libera continuamente um hormônio derivado da progesterona, o etonogestrel, no sangue. Sua ação impede a ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação. 

A inserção e retirada do implante devem ser realizadas por médicas(os) e enfermeiras(os) capacitadas.

Métodos contraceptivos 

Além dos implantes, os seguintes métodos estão disponíveis no SUS:

  • Anticoncepcional oral combinado (pílula de uso contínuo): Impede a ovulação
  • Pílulas de progestagênio isolado (minipílula de uso contínuo): Impede ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Injetável de progesterona (injeção trimestral):  Impede ovulação e provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Injetável combinado (injeção mensal): impede a ovulação
  • DIU de cobre: Provoca espessamento da mucosa cervical para bloquear a fecundação
  • Camisinha masculina e feminina: Barreira física que impede o encontro do espermatozoide com o óvulo
  • Contracepção oral de emergência (pílula do dia seguinte): Evita ou atrasa a liberação dos óvulos pelos ovários
  • Esterilização feminina (laqueadura tubária): Óvulos não passam pelas trompas e não encontram o espermatozoide
  • Esterilização masculina (vasectomia): O espermatozóide não entra no sêmen ejaculado
  • Amenorreia induzida pela lactação (por 6 meses após o parto): Impede a ovulação

      Mais informações no site do Ministério da Saúde.

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08/07/2025 00:35h

Municípios de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco estão entre os que mais receberam recursos da assistência financeira complementar para o cumprimento do piso da enfermagem

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O Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS Nº 7.350, de 30 de junho de 2025, que estabelece os valores da assistência financeira complementar federal referente à competência de junho de 2025. Ao todo, foram destinados R$ 790.917.224,44 a estados e municípios, para auxiliar no pagamento do Piso Salarial Nacional da Enfermagem, conforme previsto no Título IX-A da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

A medida garante o repasse  mensal de recursos da União a entes federativos para o cumprimento da legislação vigente, que institui o piso nacional da categoria. Os valores correspondem à complementação federal para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além de parteiras, que atuam em órgãos públicos ou no Sistema Único de Saúde (SUS).
 

Valores repassados

Segundo os dados da portaria, os estados que mais receberam recursos em junho foram:

  • Minas Gerais: R$ 110.196.850,46
  • Bahia: R$ 77.118.282,63
  • Pernambuco: R$ 67.944.251,63
  • Maranhão: R$ 59.752.518,35
  • Rio de Janeiro: R$ 54.042.279,50

A capital mineira lidera entre os municípios, com mais de R$ 9 milhões repassados. Também receberam valores expressivos, as cidades do Rio de Janeiro (R$ 7,8 milhões), Fortaleza (R$ 6,1 milhões), Campo Grande (R$ 4,7 milhões) e Campina Grande - PB (R$ 4,7 milhões).

Região UF Valor Transferido para Estado Valor Transferido para Município Valor Transferido em junho - Total
Centro-Oeste DF 368.966,21 - 368.966,21
Centro-Oeste GO 5.386.828,53 10.633.463,43 16.020.291,96
Centro-Oeste MS 1.812.558,42 9.990.851,60 11.803.410,02
Centro-Oeste MT 2.105.376,67 9.626.350,16 11.731.726,83
Nordeste AL 2.009.563,59 15.411.681,48 17.421.245,07
Nordeste BA 24.227.548,27 52.890.734,36 77.118.282,63
Nordeste CE 5.327.282,14 37.696.067,95 43.023.350,09
Nordeste MA 14.884.587,04 44.867.931,31 59.752.518,35
Nordeste PB 6.609.276,20 27.224.311,52 33.833.587,72
Nordeste PE 36.249.742,27 31.694.509,36 67.944.251,63
Nordeste PI 3.302.405,72 15.643.488,98 18.945.894,70
Nordeste RN 3.958.302,58 16.346.817,67 20.305.120,25
Nordeste SE 9.354.555,03 5.737.433,85 15.091.988,88
Norte AC 2.336.911,25 1.025.801,61 3.362.712,86
Norte AM 9.834.673,96 11.645.601,41 21.480.275,37
Norte AP 594.320,86 4.380.874,49 4.975.195,35
Norte PA 12.547.421,60 35.619.646,25 48.167.067,85
Norte RO 1.429.212,76 5.602.028,08 7.031.240,84
Norte RR - 853.861,34 853.861,34
Norte TO 4.686.915,25 6.433.479,58 11.120.394,83
Sudeste ES 9.220.679,09 7.744.712,73 16.965.391,82
Sudeste MG 4.791.930,45 105.404.920,01 110.196.850,46
Sudeste RJ 9.945.647,08 44.096.632,42 54.042.279,50
Sudeste SP 15.184.221,78 32.413.972,03 47.598.193,81
Sul PR 16.725.057,91 13.828.477,63 30.553.535,54
Sul RS 10.929.486,55 15.962.859,79 26.892.346,34
Sul SC 8.384.383,76 5.932.860,43 14.317.244,19


A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Solange Caetano, participou da audiência pública realizada, no dia 1º de julho, no município de Bebedouro (SP), para discutir sobre o descumprimento do piso salarial da categoria. A audiência foi promovida pelo o vereador Professor Antônio Gandini Júnior (PT).

Solange lembrou da primeira derrota que os enfermeiros enfrentaram na luta pelo piso salarial. “O primeiro revés foi o veto do então presidente Bolsonaro, à época, por conta do reajuste anual que existia dentro do projeto do piso. Quando voltou para o Congresso Nacional, apesar de toda a mobilização, nós não conseguimos derrubar o veto. Hoje nós temos um piso salarial congelado. Se não tiver um debate com o governo municipal, se não tiver um debate com o governo estadual para, de fato, reajustar, o piso vai ser corroído. Quando a gente prestar atenção, ele já não vai estar valendo absolutamente mais nada, o nosso poder de compra vai estar zerado”, alertou à categoria para a situação.

Como utilizar os recursos

Os valores devem ser utilizados exclusivamente para o pagamento do piso da enfermagem, conforme regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Cabe aos gestores locais acompanhar os lançamentos nos sistemas oficiais e garantir a correta alocação dos repasses.

A atualização mensal dos valores segue o cronograma de execução financeira do programa, com base nas informações enviadas pelos entes federativos.

Acesse a íntegra da Portaria:
Portaria GM/MS Nº 7.350, de 30 de junho de 2025

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06/07/2025 04:00h

Mais de 3 mil médicos iniciam atuação por meio do programa, reforçando a atenção primária em regiões vulneráveis

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Na última quarta-feira (2), 3.173 médicos selecionados pelo Programa Mais Médicos 2025 iniciam suas atividades em 1.618 municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Do total, 3.065 profissionais atuarão nas Equipes de Saúde da Família e 108 atenderão exclusivamente nos DSEIs. O edital mais recente bateu recorde de inscrições, com mais de 45 mil candidatos interessados. 

A oferta das vagas seguiu os dados da Demografia Médica 2025, estudo realizado pelo Ministério da Saúde (MS), Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB). O levantamento apontou desigualdades na proporção de médicos por habitante entre as regiões do país. 

Cronograma

Entre os dias 2 e 7 de julho, os municípios recebem os médicos formados no Brasil com registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os médicos formados no exterior participarão, a partir de 4 de agosto, do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), treinamento que prepara os profissionais de saúde para situações de urgência, emergência e doenças nas regiões de atuação. 

Distribuição de médicos

O Programa priorizou a alocação em áreas de maior vulnerabilidade e escassez de profissionais, fortalecendo a atenção primária com foco em: 

  • Municípios de pequeno porte (75,1 das vagas);
  • Municípios de médio porte (11,1%);
  • Municípios de grande porte (13,8%).

Programa Mais Médicos

O Programa Mais Médicos é uma política pública que enfrenta o desafio para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS.    Atualmente, o Mais Médicos conta com cerca de 24,7 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios, o que representa 94% do território nacional coberto. 

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03/05/2025 00:08h

Covid-19: Brasil recebe novo lote de vacinas com mais de 1,3 milhão de doses. Para este ano, a estimativa do Ministério da Saúde é aplicar mais de 15 milhões de doses

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O Ministério da Saúde recebeu na quinta-feira (1º) um novo reforço para a imunização contra a Covid-19: mais de 1,3 milhão de doses de vacina, destinado à população adulta. O lote faz parte da primeira entrega de um total de 7,4 milhões de doses previstas. A distribuição para os estados e o Distrito Federal começará já na próxima semana.

Para este ano, a estimativa do ministério é aplicar mais de 15 milhões de doses. A vacinação segue recomendada para grupos prioritários, como crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades, imunossuprimidos, ribeirinhos e quilombolas. Adultos que ainda não tomaram nenhuma dose também devem buscar a imunização.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a agilidade no processo de entrega, que levou apenas 14 dias, superando até mesmo os prazos registrados durante o período mais crítico da pandemia. “Essa entrega aconteceu em 14 dias. Foi um recorde, mais rápido até mesmo que no período da pandemia. Isso mostra a garantia e a segurança da empresa que está fornecendo para o Ministério da Saúde”, afirmou.

Vacina para os próximos dois anos

Essa remessa integra uma aquisição maior, com previsão de fornecimento de 57 milhões de doses ao longo de dois anos. O contrato firmado prevê entregas em etapas, de acordo com a demanda populacional, garantindo o acesso às versões mais recentes das vacinas, aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A responsabilidade de repassar os imunizantes aos municípios ficará a cargo dos governos estaduais.

O contrato firmado no fim de 2024 integra uma ata de registro de preços, com validade de até dois anos. Ainda que a vigência permita entregas até 2026, os valores acordados poderão ser utilizados antes, caso haja necessidade e disponibilidade financeira. As vacinas entregues seguirão critérios tecnológicos atualizados, com foco na proteção eficaz da população.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, em 2021, o Brasil já aplicou mais de 568 milhões de doses. Só em 2024, foram mais de 12,3 milhões de vacinas administradas em todo o país, reforçando o compromisso com a saúde pública e o controle da doença.
 

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14/04/2025 00:03h

Iniciativa começa nesta segunda-feira (14) e tem como meta vacinar quase 30 milhões de estudantes

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Nesta segunda-feira (14), o Ministério da Saúde dá início à campanha de vacinação em escolas públicas de 5.544 municípios de todas as regiões do país. Entre os objetivos da ação, está atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes, com enfoque em crianças e jovens de até 15 anos. A campanha vai até o dia 25 de abril e visa vacinar quase 30 milhões de estudantes pelo país, o que representa 90% desse público nestas escolas.

Os demais objetivos da campanha são:

  • ampliar a cobertura vacinal;
  • reduzir doenças que podem ser evitadas por meio da vacinação (imunopreveníveis);
  • combater a desinformação e informações incorretas que possam levar à recusa vacinal;
  • conscientizar sobre a importância da imunização.

A ação integra o Programa Saúde na Escola, criado em 2007, dos ministérios da Saúde e da Educação. Envolve 27,8 milhões de alunos de 109,8 mil escolas, que representam 80% das instituições da rede pública de ensino. 

Doses e aplicação

Em conformidade com a faixa etária de indicação da vacina, serão aplicadas doses dos seguintes imunizantes:

  • febre amarela;
  • tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);
  • DTp (tríplice bacteriana);
  • meningocócica ACWY; 
  • HPV [Papilomavírus Humano].

A aplicação das vacinas pelo programa será realizada exclusivamente por equipes do Sistema Único de Saúde (SUS). Para que os alunos sejam imunizados, é necessária a autorização dos pais ou responsáveis.

Segundo o Ministério da Saúde, as equipes vão vacinar os estudantes na própria escola ou as instituições de ensino levarão os estudantes até uma Unidade Básica de Saúde (UBS), mas sempre com a autorização dos responsáveis.

Além disso, os profissionais da saúde irão verificar as cadernetas de vacinação para alertar pais e responsáveis sobre a necessidade de atualização dos imunizantes.

A recomendação do MS é que as escolas avisem aos pais e responsáveis quando a ação ocorrerá na unidade escolar para que eles possam assinar o termo de consentimento. Os pais também devem mandar a caderneta de vacinação para que seja atualizada.

Registro na caderneta

Conforme a Pasta, a partir deste ano, a vacinação nos ambientes escolares passa a ser reconhecida como estratégia específica de imunização. As doses aplicadas nas escolas ou via encaminhamento escolar devem ser registradas com a opção “Vacinação Escolar”. De acordo com o MS, o registro padronizado permitirá monitorar mais precisamente do impacto da iniciativa.

Versão digital da caderneta de Saúde da Criança 

Uma novidade no âmbito do acompanhamento do histórico da imunização de crianças e adolescentes é a versão digital da caderneta de Saúde da Criança. Agora, as famílias receberão alertas para a vacinação das crianças e a caderneta está integrada ao aplicativo Meu SUS Digital. Também é possível acessar a previsão para as próximas doses, além do responsável por receber o envio de notificações com lembretes para a hora de vacinar a criança.

Como acessar a Caderneta Digital de Saúde da Criança:

  • Instale o aplicativo Meu SUS Digital gratuitamente nas lojas oficiais; (Ou acesse a versão web)
  • Entre na sua conta com seu CPF e senha do Gov.br;
  • Acesse a Caderneta da Criança. Após, na tela inicial, clique em Miniapps;
  • Selecione o miniapp "Caderneta da Criança, clique em "Adicionar nova criança". Leia e aceite o Termo de Responsabilidade;
  • Por fim, informe o CPF da criança e a senha da conta Gov.br dela. Após a validação, a criança será vinculada à sua conta e a caderneta estará disponível.
     
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25/03/2025 00:02h

Entre as unidades da federação que apresentaram maior taxa de incidência estão Distrito Federal, Roraima, Tocantins, Goiás e Mato Grosso

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Dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde indicam que, em 2025, até o dia 15 de março, foram registradas 1.013 mortes por covid-19. As informações constam no boletim da Semana Epidemiológica de número 11. De acordo com o levantamento, nesse período, foram notificados 159.266 casos da doença no país.

Clique aqui e confira outras informações sobre casos de covid-19 no Brasil

Entre as unidades da federação que apresentaram maior taxa de incidência estão Distrito Federal, Roraima, Tocantins, Goiás e Mato Grosso, com variação entre 11,50 e 45,23 casos por 100 mil habitantes. 

Tuberculose: Amazonas lidera incidência no Brasil, seguido por Roraima e Rio de Janeiro

Na comparação com a Semana Epidemiológica anterior, ou seja, a de número 10, houve uma redução de 5,16% na média móvel de casos. Já em relação à média móvel de óbitos, foi notado um aumento de 8,65%. Na última semana analisada foram notificados 11.467 casos de Covid-19 no país, com uma incidência de 5,37 a cada 100 mil habitantes. Os óbitos reportados somaram 193.

Síndrome Respiratória Aguda Grave

Quanto à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram notificados 8.525 casos hospitalizados este ano, até o último dia 15. 
Nas semanas de 9 a 11, houve predomínio de rinovírus, com 31%. A taxa relacionada ao Vírus Sincicial Respiratório também chegou a 31%. Já da Covid-19 atingiu 23%. 

Em relação às mortes por SRAG, no mesmo período, o destaque foi para covid-19, com 64%. Rinovírus aparece na sequência com 11%. Em seguida está Influenza, com 6%. 

Os dados do último Boletim InfoGripe apontam que nove unidades da federação registraram incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo. São elas: 

  • Acre
  • Amapá
  • Distrito Federal
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul 
  • Pará
  • Rondônia
  • Roraima 
  • Sergipe

Além disso, Amazonas, Goiás e Tocantins apresentaram incidência em nível de alerta, risco ou alto risco, porém, com tendência de estabilidade ou oscilação. 

De acordo com o levantamento, a manutenção do aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave, com incidências de moderada a muito alta em alguns estados das regiões Norte e Centro-Oeste, além de Sergipe, é provocada, sobretudo, pelo crescimento de SRAG entre crianças e adolescentes com até 14 anos de idade. 
 

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24/03/2025 02:40h

Doença matou quase 6 mil brasileiros em 2023, segundo boletim mais recente do Ministério da Saúde.

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Uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, transmitida pelas vias aéreas, principalmente quando uma pessoa doente tosse, espirra ou fala, cujo principal sintoma é a tosse persistente, que costuma durar mais de três semanas. A tuberculose matou mais de 5,9 mil pessoas em 2023 no Brasil e mais de 84 mil novos casos da doença foram diagnosticados naquele ano, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. 

O dia 24 de março é dedicado a aumentar a conscientização contra esta, que é uma das doenças infecciosas que mais matam no mundo. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, todos os dias mais de 4 mil pessoas morrem em todo o planeta em decorrência da tuberculose.

Veja mais: Tuberculose: o que é, sintomas, transmissão e fatores de risco

No Brasil, o estado onde há maior incidência da doença é o Amazonas, seguido por Roraima e Rio de Janeiro. No estado amazônico, até setembro de 2024, eram 86,3 casos por 100 mil habitantes. Já Roraima registrou 78,9 e Rio de Janeiro, 73,7 casos por 100 mil habitantes. 

Segundo Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde,  vivemos um outro momento da doença, em que não se fala mais em controle e sim, em eliminação. O desafio faz parte do programa Brasil Saudável, que além da tuberculose, visa eliminar outras 11 doenças e 5 infecções.

Condições que favorecem à tuberculose

Casas onde moram muitas pessoas, com condições de saneamento e higiene precárias, pouca circulação de ar. Todos esses são determinantes sociais que perpetuam a existência da tuberculose no país, como explica a coordenadora-geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias não Tuberculosas do Ministério da Saúde, Fernanda Dockhorn. 

“A tuberculose está ligada muito às condições de vida da população. Então, as populações que vivem em uma situação de empobrecimento, em ambientes aglomerados, onde o ar não circula tão bem, estão mais sujeitas ao adoecimento. Além disso, as pessoas em situação de vulnerabilidade social, muitas vezes, vivenciam mais dificuldades de acesso a serviços e têm diagnóstico tardio”.

Fome, desnutrição, baixa qualidade dos alimentos também são fatores que contribuem para que a doença se manifeste após a infecção. 

Tratamento e enfrentamento

Hoje, a prevenção contra a doença recebe atenção especial, com aumento de 30% no tratamento preventivo. O destaque desse tratamento é o esquema encurtado 3HP — um combo de medicamentos associados que reduz o risco de desenvolvimento de tuberculose ativa nas pessoas que tiveram contato com o bacilo e ajuda a interromper a cadeia de transmissão da doença. Essa nova maneira de proteger contra a tuberculose já atingiu 72% dos tratamentos, segundo o Ministério da Saúde. 

O tratamento convencional da tuberculose é feito com uso de antibióticos orais, em casa,  durante seis meses, e exige que o paciente vá até uma unidade de saúde mensalmente para acompanhar a evolução do tratamento. A porta de entrada para ter acesso aos cuidados ocorre pela atenção primária à saúde e todos os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo SUS. 

Brasil Saudável 

Para combater a tuberculose e outras 10 doenças e cinco infecções consideradas problemas de saúde pública, o governo federal criou, em fevereiro de 2024, programa Brasil Saudável. Com a Tuberculose, a meta é eliminar a doença como problema de saúde pública, reduzir a incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e fazer cair o número de mortes para menos de 230 por ano, até 2030.

Para isso, o Ministério da Saúde, ao lado de outros 12 ministérios, trabalham no enfrentamento à fome e à pobreza, na promoção da proteção social e dos direitos humanos, no fortalecimento da capacitação de agentes sociais, no estímulo à ciência, tecnologia e inovação e na expansão de iniciativas em infraestrutura, saneamento e meio ambiente.
 

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