Covid-19

26/09/2024 02:01h

Até as últimas semanas epidemiológicas, essas unidades federativas registraram os maiores aumentos de novos casos de Covid-19

Baixar áudio

O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados até 14 de setembro, destacou um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 nos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e  Distrito Federal.

A infectologista Joana D’arc Gonçalves da Silva explica que esse aumento dos casos ocorreu por conta da maior aglomeração de pessoas em São Paulo e do fluxo de indivíduos que entram e saem desse estado para outras regiões do país.

“Em São Paulo, a densidade populacional é maior, as pessoas circulam muito de vários locais do país e do mundo. E esse aglomerado de pessoas e movimentação em diferentes regiões, passando por São Paulo, levam também a um aumento de doenças, principalmente essas de transmissão respiratória e doenças de contato.”

Após a análise da Fiocruz, os levantamentos mais recentes das secretarias estaduais de saúde desses estados mostram uma tendência de queda. Em Goiás, o painel de indicadores da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde registrou 1.377 casos confirmados da doença na semana epidemiológica entre 15 e 21 de setembro. O número mostra um recuo em relação à semana imediatamente anterior, quando foram registrados 1.980 novos casos e uma queda ainda maior, se comparado ao pico de 2.825 notificações entre 25 e 31 de agosto.

No Rio de Janeiro, o painel da Secretaria de Saúde, atualizado no último dia 23 de setembro, mostra um aumento de 709 casos em relação à semana anterior. Na atualização do dia 16 de setembro, o estado fluminense havia registrado 898 novos casos. Na primeira semana do mês foram 1.415 notificações, o que também revela uma tendência de queda.

No Distrito Federal, o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde indicou 641 novos casos da doença na semana terminada em 21 de setembro, um recuo de 21% em comparação às 811 notificações da semana anterior.

Apenas no Mato Grosso do Sul, o mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde registrou 368 novos casos confirmados de Covid-19 na semana epidemiológica 37, um aumento desde a semana epidemiológica 35, quando o estado confirmou 20 novos casos e, na semana seguinte, 197 notificações.

Em São Paulo, os dados mais recentes publicados pela Secretaria de Estado de Saúde sobre a situação epidemiológica da Covid-19 são de 27 de junho de 2024. Nem mesmo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde atualizou as informações sobre o estado paulista. A equipe de reportagem do Brasil 61 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem.

Prevenção e cuidados

Apesar dos dados mostrarem uma tendência de queda dos casos de Covid-19 nesses estados, a pesquisadora do Boletim InfoGripe da Fiocruz, Tatiana Portella, reforça a importância de estar em dia com a vacinação.

“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco — como idosos, crianças, pessoas com comorbidade — estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A gente mantém as recomendações de sempre, como o uso de máscaras em locais fechados. Também dentro dos postos de saúde é importante usar máscara. E em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas.”

InfoGripe: Covid-19 continua em crescimento e expansão pelo país

Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias

Copiar textoCopiar o texto
21/09/2024 14:00h

O aumento dos casos se deu principalmente no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz

Baixar áudio

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desta semana mostra que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em crescimento e expansão pelo país. O aumento se deu principalmente no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em Minas Gerais e no Paraná também houve um leve aumento de SRAG em idosos, provavelmente associado à Covid-19, segundo a Fiocruz.

O boletim também revela o contínuo aumento dos casos de SRAG associada ao rinovírus em crianças e adolescentes de até 14 anos em vários estados da região Centro-Sul e Norte-Nordeste. Nessa mesma faixa etária, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus continuam sendo as principais causas de internações e óbitos.

Na tendência de curto e longo prazo, há um sinal de aumento de SRAG, em função do avanço dos casos de rinovírus e Covid-19 em muitas regiões do país. Segundo o InfoGripe, 14 unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. 

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Teresina (PI). 

Outro ponto importante do boletim é que, apesar da diminuição dos casos graves de influenza A na maior parte do país, houve um aumento no estado do Rio Grande do Sul.

A pesquisadora do Boletim InfoGripe Tatiana Portella reforça a importância da imunização contra o vírus.

“É importante que todas as pessoas dos grupos de risco do estado do Rio Grande do Sul, que ainda não tomaram a vacina contra a influenza, procurem um posto de saúde para tomar a vacina contra o vírus.”

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13,1% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 4,4% à influenza B; 8,1% ao VSR, 32,1% ao rinovírus, e 34,8% à Covid-19. Entre os óbitos, 22,3% estavam associados à influenza A, 4,6% à influenza B, 1,8% ao VSR, 8% ao rinovírus e 56% à Covid-19.

Diante desse cenário de alta da Covid-19, Tatiana Portella reforça a importância de estar em dia com a vacinação.

“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco também estejam em dia com a vacinação contra o vírus. Nós também mantemos a recomendação do uso de máscaras em locais fechados, em locais com maior aglomeração de pessoas, dentro dos postos de saúde. E nós também recomendamos que, em caso de aparecimento de sintomas, o ideal é que a pessoa fique em isolamento em casa, evitando transmitir o vírus para outras pessoas.”

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 37, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 8 a 14 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.

Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias

Covid-19: boletim InfoGripe registra aumento de casos em MS, RJ e DF

Copiar textoCopiar o texto
18/09/2024 03:02h

Ministério da Saúde registrou 288 óbitos pela Covid-19 nas últimas quatro semanas epidemiológicas

Baixar áudio

Mais da metade dos óbitos por doenças respiratórias nas últimas quatro semanas estão relacionados à Covid-19. Segundo o mais recente Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 50,2% das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estavam associadas ao Sars-CoV-2 (coronavírus). O dado tem como base as semanas epidemiológicas 33, 34, 35 e 36, que abrangem o período de 11 de agosto a 7 de setembro.

Nesse período, foram registrados 288 óbitos pela doença, segundo o painel de monitoramento da Covid-19 do Ministério da Saúde. A infectologista Joana D’arc Gonçalves da Silva afirma que os casos de doenças respiratórias têm aumentado em função da qualidade do ar neste período de seca.

“A gente tem uma proteção nas vias respiratórias, que é a produção de muco e o batimento ciliar, que funciona como uma vassoura, que vai varrer algumas partículas para fora do nosso pulmão. O muco também funciona umedecendo, lubrificando e expelindo, ajudando a expelir essas partículas. Quando o ar está seco, todo esse sistema mucociliar acaba sendo prejudicado e favorece a proliferação de doenças respiratórias e a permanência de alguns germes no nosso sistema respiratório.”

A infectologista também chama atenção para os grupos de risco para doenças respiratórias.

“As pessoas que mais adoecem de doenças infecciosas, como Covid-19, influenza e outras, são os extremos de vida. São as crianças menores de 5 anos e os adultos maiores de 60 anos. As crianças têm uma respiração mais rápida, então acabam respirando mais ar poluído e também o sistema imunológico não está totalmente maduro. E maior de 60 anos por causa do próprio processo de senescência, de envelhecimento celular, que também leva a quadros de deficiência imunológica.”

A aposentada Luzia Rodrigues de Faria Franco, de 80 anos — moradora de Brasília no Distrito Federal —, teve Covid-19 recentemente. Ela conta que os sintomas pioraram em função da seca e das queimadas na região.

“A princípio começou com espirro, tosse, coriza, dor no corpo, dor de cabeça, dor no seio da face, muita indisposição, falta de apetite. Claro que piorou por causa da seca, porque foi muita fumaça, eu senti falta de ar, senti cansaço, muita indisposição e muita secura na garganta, na boca. Esse tempo seco me deixou muito debilitada, porque eu já tenho problema respiratório, tenho sinusite, e foi juntando tudo.”

Espalhamento dos casos e dos óbitos pelo país

Nas últimas semanas epidemiológicas, os casos de SRAG associados à Covid-19 estavam concentrados em Goiás e São Paulo, regiões de grande fluxo de pessoas de outros estados brasileiros. Mas, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, houve um espalhamento da doença para as demais regiões do país, como Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. 

Segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, os estados com maior número de óbitos pelo coronavírus na semana epidemiológica 36 foram Goiás (15) e Paraná (15), seguidos por Minas Gerais (13), Mato Grosso do Sul (7), Paraíba(3), Rio Grande do Sul (3) e Piauí (2). Amazonas, Bahia, Pernambuco, Rondônia e Sergipe registraram uma morte por Covid-19 em cada estado. As demais unidades federativas não registraram nenhuma morte pela doença no período.

Segundo a infectologista Joana D’arc, o aumento dos casos ocorre onde há maior aglomeração de pessoas.

“Em São Paulo, a densidade populacional é maior, as pessoas circulam muito de vários locais do país e do mundo. E esse aglomerado de pessoas e movimentação em diferentes regiões, passando por São Paulo, leva também a um aumento de doenças, principalmente essas de transmissão respiratória e doenças de contato.”

Por isso, a infectologista recomenda aumentar a ventilação dos ambientes e evitar aglomerações.

“Em um cenário como o atual, com poluição por causa de todas essas partículas, esses gases tóxicos que são lançados na atmosfera, um dos pilares para prevenção de doenças de transmissão respiratória é estar em ambiente ventilado.”

Prevenção

O coordenador do Núcleo de Controle de Infecções do Hospital de Base do Distrito Federal, Julival Ribeiro, recomenda o uso de máscaras em locais fechados e aglomerados, especialmente para os grupos de maior risco para a Covid-19, como idosos e imunossuprimidos.

Outra recomendação é o uso do antiviral, sob recomendação médica, para evitar o agravamento e os óbitos pela doença.

“O antiviral tem um impacto muito grande, dado nos primeiros cinco dias, quando indicado corretamente, para prevenir internações e complicações graves da Covid-19. É muito importante que as pessoas com sintomas gripais se dirijam à unidade de saúde, porque pode ser tanto a Covid-19 quanto influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e precisa-se ter o diagnóstico correto para fazer o tratamento adequado para esses pacientes.”

O infectologista também recomenda que as pessoas completem o esquema vacinal contra a Covid-19, principalmente para prevenir as hospitalizações e óbitos pela doença.

Demais doenças respiratórias

O Boletim InfoGripe da Fiocruz tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe e apresenta dados sobre outros vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.

Covid-19: boletim InfoGripe registra aumento de casos em MS, RJ e DF

COVID-19: “Etiqueta respiratória” deve ser mantida para prevenção contra doença

Copiar textoCopiar o texto
14/09/2024 08:00h

Edições anteriores do Boletim InfoGripe da Fiocruz já antecipavam que haveria o espalhamento dos casos de Covid-19, que até então estavam concentrados em São Paulo e Goiás

Baixar áudio

Como já estimativam as edições anteriores do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), houve um espalhamento da Covid-19 para outras regiões do país. Nas últimas semanas epidemiológicas, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados ao coronavírus estavam concentrados em Goiás e São Paulo, regiões de grande fluxo de pessoas para outros estados brasileiros. Mas agora, também há registro de aumento das ocorrências no Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Diante desse cenário, Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, reforça a importância de estar em dia com a vacinação.

“É muito importante que todas as pessoas dos grupos de risco — como idosos, crianças, pessoas com comorbidade — estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. A gente mantém as recomendações de sempre, como o uso de máscaras em locais fechados. Também dentro dos postos de saúde é importante usar máscara. E em caso de aparecimento dos sintomas, o recomendado é ficar em isolamento em casa, se recuperando da infecção, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas.”

Outros vírus 

O Boletim InfoGripe também constatou que o rinovírus se destaca entre as ocorrências em crianças e adolescentes de até 14 anos, especialmente em estados das regiões Centro-Sul, Nordeste e Amapá. Já em alguns outros estados, como São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal, há uma desaceleração do aumento de SRAG causada por esse vírus. Em relação aos casos de SRAG associados ao VSR e à influenza A, continua a tendência de queda na maior parte do território nacional.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 14,4% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 3,2% à influenza B; 9% ao VSR, 34,7% ao rinovírus, e 32% à Covid-19. Entre os óbitos, 25,4% estavam associados à influenza A, 4,1% à influenza B, 3,7% ao VSR, 9,8% ao rinovírus e 50,2% à Covid-19.

Na tendência de longo prazo, 15 unidades federativas apresentaram crescimento de SRAG: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.  

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Em 2024, já foram notificados 126.904 casos de SRAG. Desses, 61.015 (48,1%) deram positivo em testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.845 (6,2%) estão aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,6% são influenza A, 0,7% são influenza B, 40,8% são VSR, 23,5% são rinovírus e 18,2% são Covid-19.

A análise do Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 36 tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe entre 1 e 7 de setembro. Confira outros detalhes no link.

InfoGripe: crescem os casos de Covid-19 em SP e GO

VSR, SRAG, Covid: o que significam as siglas ligadas às doenças respiratórias

Copiar textoCopiar o texto
07/09/2024 00:03h

Boletim InfoGripe, da Fiocruz, também aponta aumento de rinovírus entre crianças e adolescentes de até 14 anos

Baixar áudio

O mais recente Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19, principalmente em São Paulo e Goiás. Por conta da grande circulação de pessoas no estado paulista e que vão para as demais regiões do país, os pesquisadores da Fiocruz alertam para o risco de aumento de Covid-19 em outros estados nas próximas semanas.

Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe Tatiana Portella, a maioria das hospitalizações por Covid-19 em Goiás são de pacientes idosos e, em São Paulo, já se observa internações de pacientes adultos também.

Diante desse cenário, a pesquisadora da Fiocruz reforça os cuidados de proteção contra a Covid-19.

“A gente reforça que todas as pessoas dos grupos de risco estejam em dia com a vacinação contra o Covid-19. Nós também reforçamos a importância do uso de máscaras em locais fechados, com menor circulação de ar e maior aglomeração de pessoas, e também dentro dos postos de saúde. Em caso do aparecimento de sintomas, o ideal é ficar em isolamento em casa.”

O boletim também revela que os casos de SRAG associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à Influenza A apresentaram uma tendência de queda na maior parte do território nacional. Por outro lado, ainda há um aumento de SRAG por rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes de até 14 anos, em muitos estados da Região Nordeste, Centro-Sul e alguns estados da Região Norte. Inclusive, o rinovírus e o VSR são as principais causas de internações e óbitos de crianças de até dois anos de idade em todo o país.

Na tendência de longo prazo, 17 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES). 

Em 2024, já foram notificados 123.082 casos de SRAG. Desses, 59.410 (48,3%) deram positivo em testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.692 (6,2%) estão aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,7% são influenza A, 0,6% são influenza B, 41,6% são VSR, e 18% são Covid-19.

Confira outros detalhes no link.

MPOX: São Paulo lidera ranking de estados com mais casos

7 de setembro: calor e baixa umidade em quase todo o país

Copiar textoCopiar o texto
31/08/2024 03:00h

Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta a manutenção de casos de SRAG associados à Covid-19 entre os idosos e o início do crescimento da doença na faixa etária entre 15 e 64 anos

Baixar áudio

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registraram aumento em todas as faixas etárias. É o que mostra o mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com base nos dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe entre 18 e 24 de agosto. 

O levantamento mostra a manutenção do aumento de casos de SRAG associados à Covid-19 entre os idosos e o início do crescimento da doença na faixa etária entre 15 e 64 anos. Em relação ao vírus influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), houve uma diminuição do número de casos. Já o rinovírus tem mostrado uma tendência de aumento em vários estados do país e é a principal causa de SRAG entre as crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos.

Estados e capitais

Nas regiões Nordeste e Centro-Sul, o aumento dos casos de SRAG é observado principalmente em crianças e adolescentes de até 14 anos e está associado ao rinovírus. Em Goiás e São Paulo, o crescimento dos casos concentra-se na população idosa e está relacionado à Covid-19.

Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe Tatiana Portella, esse aumento dos casos de Covid-19 em São Paulo é preocupante devido à possibilidade de espalhamento do vírus para outras regiões do país.

“O estado de São Paulo é um estado economicamente muito importante e que tem uma grande conectividade, fluxo de pessoas em outras regiões, o que pode facilitar esse espalhamento do vírus para outros locais. Então é muito provável que nas próximas semanas a gente observe um aumento do número de casos de Covid-19 em outras regiões do país.”

Diante desse cenário, a pesquisadora da Fiocruz deixa as recomendações:

“A gente alerta para que hospitais e unidades sentinelas de síndrome gripal fiquem atentos para qualquer sinal de aumento mais expressivo da circulação do vírus em outras regiões do país, além de São Paulo e Goiás. A gente também chama atenção para a importância da vacinação contra Covid-19, especialmente nas pessoas dos grupos de risco, como idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidade, que têm uma chance maior de desenvolver o quadro mais grave da doença e também de irem a óbito.”

Na tendência de longo prazo, 12 unidades federativas apresentam crescimento de SRAG: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. 

Entre as capitais, os indícios de aumento de casos e SRAG foram observados em Aracaju (SE), Brasília (DF), Boa Vista (RR), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES). 

Em 2024, já foram notificados 119.554 casos de SRAG. Desses, 57.644 (48,2%) deram positivo em testes laboratoriais para algum vírus respiratório e 7.896 (6,6%) estão aguardando resultado. Dentre os casos positivos, 18,9% são influenza A, 0,6% são influenza B, 42,4% são VSR, e 17,8% são Covid-19.

Confira outros detalhes no link.

GRIPE: saiba como se prevenir

COVID-19: Sintomas podem ser confundidos com outras síndromes gripais

Dengue pode deixar sequelas; veja quais

Copiar textoCopiar o texto
28/08/2024 03:00h

Segundo a Fiocruz, foi verificada tendência de aumento nas notificações de covid-19, em especial, entre os idosos a partir de 65 anos, focalizados nos estados de Goiás e São Paulo. Dados do do Ministério da Saúde mostram que de 11 a 17 de agosto foram registrados 3.663 novos casos de covid-19 no país. Goiás concentra o maior número (1.232), representando 33,63% dos casos.

Baixar áudio

O boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 22 de agosto, aponta que as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceram em alguns estados brasileiros em função do aumento do número de casos de covid-19 e rinovírus.

O boletim se baseia em dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 17 de agosto e se refere à Semana Epidemiológica (SE) 33 (no período de 11 a 17 de agosto).

Segundo a Fiocruz, foi verificada uma tendência de aumento nas notificações de covid-19, em especial, entre os idosos a partir de 65 anos, com foco nos estados de Goiás e São Paulo.

O boletim aponta que, no estado de São Paulo, os casos de covid-19 entre idosos já ultrapassam as notificações por influenza A. Já em Goiás, o aumento de casos de SRAG é registrado em todas as faixas etárias a partir dos 15 anos – sendo que, na população idosa, as ocorrências estão atreladas à alta dos casos de covid-19. 

Tendo em vista o cenário de aumento de casos de covid-19 pelo país, a pesquisadora do Programa de Processamento de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portela, salienta o papel da vacinação tanto para proteção contra a covid-19 quanto para influenza.

“Então é importante que, com esse aumento do número de casos de covid-19, todas as pessoas que são do grupo de risco estejam em dia com a vacinação contra a covid-19. Apesar dos casos de influenza A estarem diminuindo já em todo o país, agora é a época que a influenza B começa a aumentar. Então é importante que todos também estejam em dia com a vacinação contra a influenza”, destaca a Portela.

Em relação ao cenário nacional, o estudo da Fiocruz destaca a existência de uma oscilação de casos de SRAG na tendência de longo prazo, que diz respeito às últimas seis semanas, e indícios de aumento na de curto prazo, que congrega as últimas três semanas.

Nesse contexto, as ocorrências de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A mantiveram tendência de queda em grande parte do país. Já em relação à prevalência entre os casos positivos, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, foi de 22,6% por VSR; 19,4% por Sars-CoV-2 (covid-19); 16,3% por influenza A; e 1,8% por influenza B. 

Em relação às capitais, o levantamento mostra que sete demonstram sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Brasília (DF), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Salvador (BA) e São Paulo (SP). 

Ministério da Saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), na semana epidemiológica 33 (de 11 a 17 de agosto) foram registrados 3.663 novos casos de covid-19 no país e 68 mortes pela doença. Quando somados, os casos registrados entre  4 a 17 de agosto totalizam 12.933 novos casos de covid-19 e 176 mortes.

Dados do MS apontam, ainda, que Goiás concentra o maior número de novos casos de covid-19 registrados na semana epidemiologia, totalizando 1.232, o que representa 33,63% de todos os casos registrados no país nesse período.

Confira o painel interativo com os números da covid-19 por municípios:


 

Copiar textoCopiar o texto
24/08/2024 03:00h

Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave na Bahia, Goiás, Paraíba, São Paulo e Sergipe

Baixar áudio

O mais recente Boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (22) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Bahia, Goiás, Paraíba, São Paulo e Sergipe.

Nos estados do Nordeste (Bahia, Paraíba e Sergipe) e em São Paulo, o aumento de SRAG se concentra em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, e está associado ao rinovírus. 

Já em Goiás, o aumento dos casos de SRAG acontece em todas as faixas etárias a partir dos 15 anos e na população idosa, com as ocorrências associadas à Covid-19. Além disso, em São Paulo, as notificações de SRAG por Covid-19 entre os idosos já ultrapassam os casos associados à influenza A.

Diante desse cenário, a pesquisadora do Programa de Processamento de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portela, ressalta a importância da vacinação.

“Então é importante que, com esse aumento do número de casos de Covid-19, todas as pessoas que são do grupo de risco estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19. Apesar dos casos de influenza A estarem diminuindo já em todo o país, agora é a época que a influenza B começa a aumentar. Então é importante que todos também estejam em dia com a vacinação contra a influenza.”

Tendência de longo prazo

Segundo o Boletim InfoGripe, há uma oscilação de casos de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e indícios de aumento na de curto prazo (últimas três semanas). As notificações de SRAG associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR) e à influenza A mantêm uma tendência de queda na maior parte do país. 

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,6% para VSR; 19,4% para Covid-19; 16,3% para influenza A; e 1,8% para influenza B. 

O estudo aponta ainda que sete capitais apresentaram sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Brasília (DF), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Salvador (BA) e São Paulo (SP). 

Tatiana Portela reforça outras medidas de proteção contra a SRAG.

“Em caso de aparecimento de sintomas, o ideal é que a pessoa fique em isolamento, evitando transmitir esse vírus para outras pessoas, principalmente para essas pessoas que são do grupo de risco, como idosos, crianças pequenas. Mas se não for possível fazer esse isolamento, é importante que a pessoa saia de casa usando uma boa máscara.”

O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, até o dia 17 de agosto, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 33. Confira outros detalhes no link.

GRIPE: fique de olho nos sintomas

Mpox: Brasil monitora casos e negocia compra de vacinas

Copiar textoCopiar o texto
11/08/2024 03:00h

Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra aumento de internações entre idosos no AM, GO, MS e SP. Em estados do Nordeste, a maioria das hospitalizações foi causada pela Covid-19

Baixar áudio

Cresce o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), associada à Covid-19, entre os idosos nos estados do Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A informação é do mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta sexta-feira (9). Em alguns estados do Nordeste — como Ceará, Pernambuco e Piauí —, apesar de não haver aumento de internações entre os idosos, a maioria das internações registradas nas últimas semanas foi causada pela Covid-19. 

A pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc) e do Boletim InfoGripe Tatiana Portella deixa o alerta para que as autoridades de saúde reforcem os cuidados, especialmente nessas regiões.

“Diante desse cenário, fica o alerta para que hospitais e unidades sentinelas de síndrome gripal dessas regiões fiquem atentos, reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento expressivo de circulação da Covid-19 nessas regiões. A gente também reforça a importância da vacinação contra a Covid-19, principalmente nos grupos prioritários, como os idosos.”

Estados e capitais

A longo prazo, três estados apresentam tendência de crescimento de SRAG: Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Na Bahia, o aumento se concentra em crianças e adolescentes de até 14 anos e está relacionado ao rinovírus. Em Minas, o crescimento dos casos de SRAG está associado ao vírus da gripe (influenza) e, no Rio Grande do Sul, à influenza e ao vírus sincicial respiratório (VSR).

Entre as capitais, seis apresentaram sinal de crescimento de SRAG: Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Teresina (PI), e Florianópolis (SC).

Ao longo de 2024 até o fechamento da pesquisa em 3 de agosto, foram notificados 108.657 casos de SRAG. Desses, 48,8% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório e 38,9% negativos. Dentre os positivos, 19,2% são de influenza A; 0,5% de influenza B; 44,1% de VSR; e 17,8% de coronavírus. 

A análise do Boletim InfoGripe referente à Semana Epidemiológica 31 tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe  entre 28 de julho e 3 de agosto deste ano.

Confira outros detalhes no link.

Ministério da saúde confirma primeiras mortes por febre oropouche no Brasil

POLIOMIELITE: entenda por que a OMS recomenda 95% de cobertura vacinal

Copiar textoCopiar o texto
10/08/2024 03:00h

Organização Mundial da Saúde alerta sobre a circulação do coronavírus no mundo

Baixar áudio

Em 2024, foram notificados 643.211 casos e 4.143 óbitos por Covid-19 no Brasil. A informação é do mais recente informe “Vigilância das Síndromes Gripais” do Ministério da Saúde, com dados da Semana Epidemiológica 31, que encerrou em 3 de agosto. Só na última semana, foram contabilizados 3.914 casos, uma alta de 4,15% na média móvel de casos na comparação com a SE 30. Já os óbitos registraram queda de 1,2% na média móvel, com pelo menos 12 mortes pela doença na SE 31.

Os estados com maiores taxas de incidência — entre 2,2 e 35,3 casos a cada 100 mil habitantes — foram Distrito Federal, Acre, Roraima, São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o aumento de casos de Covid-19 no mundo, para reforçar a importância da vacinação.

O coordenador do Núcleo de Controle de Infecções do Hospital de Base do Distrito Federal, Julival Ribeiro, explica que, apesar de o número de casos de Covid-19 não atingir o patamar dos anos da pandemia, o coronavírus ainda continua circulando no Brasil e no mundo. 

“Na realidade, o vírus vem se adaptando, ou seja, evoluindo com as novas variantes e circulando a nível mundial. Quando nós recebemos a vacinação para a Covid-19, mesmo com os reforços, os níveis de defesa do nosso organismo vão decrescendo ao longo do tempo e, com isso, com essas novas variantes, podemos ter casos de infecção ou mesmo reinfecção.”

Segundo o informe do Ministério da Saúde, dados preliminares de maio, junho e julho apontam predomínio da variante LB.1 (34%), seguida da JN.1 (31%), da recombinante XDR (14%) e da KP.2 (12%). Outras variantes representam 8% dos sequenciamentos no período. Até o momento a LB.1 foi identificada no Distrito Federal (85%), Bahia (7,5%), Pernambuco (5%) e São Paulo (2,5%).

Prevenção

Em nota ao Brasil 61, o Ministério da Saúde disse que “atualmente mais de 84% da população já recebeu duas doses do imunizante [contra o coronavírus], completando o esquema vacinal primário. Para 2024, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação periódica (reforço anual ou semestral) será ofertada aos grupos de maior risco, incluindo gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais)”.

A pasta informa que ampliou a recomendação da OMS e incluiu na estratégia de vacinação periódica outros grupos vulneráveis na realidade brasileira, “como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência permanente, comorbidades, privadas de liberdade, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua”. E “desde janeiro deste ano, a imunização contra a Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos”. 

O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Adelino de Melo, reforça a necessidade de tomar a vacina contra a Covid-19 regularmente.

“Já não falamos mais em 2,3 ou 5 doses. O que vale hoje na proteção contra a Covid é: há quanto tempo você tomou sua última dose de vacina contra a doença? Para os mais vulneráveis — por exemplo os idosos — , é necessário que eles tomem pelo menos uma vez por ano. Para os imunossuprimidos graves, pelo menos a cada seis meses vai ser necessário um reforço da dose para que ele esteja, de fato, protegido.” 

Além da vacinação, outros cuidados, como a etiqueta respiratória, devem ser mantidos para evitar contaminações. A recomendação é do médico infectologista do Hospital de Base de Brasília, Tazio Vanni. 

“Pacientes que têm sintomas respiratórios precisam ter o cuidado de usar a máscara em ambientes com mais pessoas para não contaminar as outras pessoas. A gente precisa ter o cuidado da etiqueta respiratória, ou seja, se eu vou espirrar eu boto a mão na boca, boto o braço, viro para o lado. Se estou com coriza, nariz escorrendo, devo usar o lenço, limpar a mão com frequência.”

Grupo de risco

O informe do Ministério da Saúde também revela um sinal de aumento de casos de Covid-19 em idosos no Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, na SE 31. O infectologista Tazio Vanni explica porque as pessoas do grupo de risco, como idosos, gestantes, imunossuprimidos, devem ter cuidados redobrados para prevenir a infecção.

“Os grupos de risco são pessoas que têm imunossupressão, paciente que tem um câncer, que está usando um anticorpo monoclonal, que tem uma doença autoimune, ele já tem um sistema de defesa diferente, com uma deficiência. Então quando ele encontra infecção pela Covid-19, ele não consegue resolvê-la como um paciente imunocompetente.”

Para saber mais sobre a Covid-19 no Brasil, acesse o site do Ministério da Saúde.

COVID-19: Vacina passa por três etapas de testes antes de ser aprovada

Covid-19: “Testagem é fundamental para saber de que vírus se trata”, diz infectologista

Copiar textoCopiar o texto