Com a emissão de alertas extremos por meio do Defesa Civil Alerta, a cidade de Blumenau (SC) passou por uma grande simulação de desastre neste sábado (5). Pela manhã, a ferramenta do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), coordenada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), enviou mensagens e avisos sonoros para os moradores do bairro Nova Esperança. A ação considerou um cenário hipotético de fortes chuvas e deslizamentos de terra e teve como objetivo preparar a população para situações de risco, como ocorreu em 2008 no município.
O Simulado de Preparação para Desastres, promovido pela Prefeitura de Blumenau, contou com cenários de emergência em três áreas diferentes do bairro. As ocorrências incluíram soterramento de veículos, vítimas presas em escombros e resgates em áreas remotas de mata, de modo a preparar os moradores e agentes municipais para agirem, principalmente, em casos de deslizamento. “Nós, como Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, ficamos muito fortalecidos sempre que ocorre essa integração entre o Governo Federal e o município. A preparação foi muito organizada, com atenção a cada detalhe. Viemos com a missão de observar e contribuir com o processo local da melhor forma possível”, disse o coordenador-geral do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Rafael Félix.
O simulado envolveu cerca de 20 instituições, entre órgãos municipais, estaduais e federais, e considerou grande acumulado de chuva (superior a 250 milímetros em 24h) com potencial para desencadear desastres geológicos, como os movimentos gravitacionais de massa (deslizamentos), situação parecida com a que foi registrada na cidade em 2008. Também foram realizadas desocupações emergenciais, ocupação de abrigo provisório, montagem de hospital de campanha e ações de salvamento e atendimento a vítimas. Uma das ocorrências contou com o resgate de um casal perdido na mata, simulando condições extremas e exigindo coordenação entre equipes de solo e helicópteros.
“Estamos em uma área que sofreu intensamente com os deslizamentos de 2008 e, por isso, essa simulação é tão importante. Queremos preparar a comunidade para agir de forma rápida e segura em situações reais de emergência”, explicou o secretário da Defesa Civil de Blumenau, Carlos Olímpio Menestrina. “Não basta termos uma estrutura de defesa civil bem equipada, é fundamental que a população também saiba como reagir. Os desastres naturais são imprevisíveis, mas sabemos o que pode acontecer. Por isso, estamos aqui para treinar, integrar as instituições envolvidas e garantir que todos estejam prontos para agir antes, durante e depois de um evento extremo”, completou.
A funcionária pública Célia Vicente Maçaneiro lembra do desastre que atingiu Blumenau em 2008. Ela trabalha na prefeitura da cidade. “A gente sofreu muito em 2008, não tínhamos conhecimento de nada. Hoje, durante o simulado, lembramos do desastre daquele ano e adquirimos muitos aprendizados. Se acontecer de novo, estaremos mais preparados”, concluiu.
Ferramenta mais avançada da Defesa Civil Nacional para a emissão de alertas, o Defesa Civil Alerta utiliza a rede de telefonia celular para enviar mensagens de texto que se sobrepõem ao conteúdo acessado no aparelho, acompanhadas de alertas sonoros — mesmo que o celular esteja no modo silencioso. Os avisos são enviados automaticamente para todos os aparelhos compatíveis conectados às redes 4G e 5G nas regiões com risco iminente de desastres naturais ou outras emergências. Nenhum tipo de cadastro é necessário.
Alerta Extremo: para situações de severidade muito alta, com urgência imediata e alta confiabilidade. A mensagem acionará um som semelhante ao de uma sirene, mesmo que o aparelho esteja no silencioso.
Alerta Severo: com urgência esperada, permite mais tempo para que a população tome medidas de autoproteção. O som será semelhante a um “beep” de SMS e não será emitido se o celular estiver no modo silencioso.
O sistema Defesa Civil Alerta, que emite avisos sonoros e mensagens diretamente nos celulares de quem está em áreas de risco, será ampliado para a região Nordeste. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante coletiva de imprensa com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e representantes do Ministério das Comunicações e da Anatel.
No próximo dia 14 de junho, moradores de nove capitais nordestinas e outras 27 cidades da região receberão o primeiro alerta de demonstração. O objetivo é testar e familiarizar a população com a tecnologia, que já está em operação nos estados do Sul e Sudeste do país.
“Tenho certeza de que mais vidas e patrimônios serão salvos com essa nova tecnologia. Este sistema é a inovação a serviço da vida das pessoas”, afirmou o ministro Waldez Góes.
O Defesa Civil Alerta utiliza a rede de telefonia celular para enviar mensagens com som de sirene e aviso em tela cheia para aparelhos conectados às redes 4G ou 5G — sem necessidade de cadastro prévio. O conteúdo do alerta é elaborado pelas defesas civis estaduais, com orientações específicas para situações de risco, como chuvas intensas, inundações e deslizamentos.
“Comunicar salvando vidas é um trabalho que traz muita satisfação. O Ministério das Comunicações seguirá apoiando a nacionalização do sistema”, destacou Thyago Braun, coordenador-geral de Estudos e Conectividade do MCom.
Desde que foi implantado, o sistema já enviou 376 alertas, sendo 57 classificados como extremos, em estados como São Paulo e Rio de Janeiro. A previsão é que o serviço esteja disponível em todo o Brasil até o fim de 2025.
As mensagens serão disparadas simultaneamente em 36 municípios, incluindo todas as capitais do Nordeste. Confira as cidades:
Com essa nova etapa, o Defesa Civil Alerta se consolida como um dos principais instrumentos de proteção da população brasileira diante de emergências climáticas — em especial em um contexto de eventos extremos cada vez mais frequentes.
Quinze estados brasileiros e o Distrito Federal estão em alerta para tempestades. Ao todo são dois alertas categorizados como laranja para perigo e amarelo para perigo potencial. Os alertas foram emitidos na última quarta-feira (3), pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, explica que essas chuvas são causadas devido à formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), pois se trata de uma faixa de nebulosidade que traz instabilidades. Ramos afirma que a previsão é de chuva de forma contínua até domingo (7).
“É uma faixa de nebulosidade que causa chuvas em alguns momentos fracas, depois passa a ser moderada e em alguns momentos até fortes que podem vir acompanhadas de rajadas de vento e trovoadas de forma bem isolada”, avalia.
O alerta laranja é para chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos de 60 a 100 km/h. Os estados e regiões com esse alerta são:
Enquanto o alerta amarelo é para chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos de 40 a 60 km/h. Os estados e regiões com esse alerta são:
Em ambos os alertas, há o risco de risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. A meteorologista aconselha que em caso de rajadas de vento, evite ficar próximo de torres de transmissão e placas de propaganda.
“Não se abrigar embaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas, não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Se possível, desligue os aparelhos elétricos e quadro geral de energia”, orienta.
Em caso de perigo ou para obter mais informações, contacte a Defesa Civil através do telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.
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Novembro é caracterizado por calor e umidade devido a ser um mês de primavera. Essa junção frequentemente resulta em pancadas de chuva que costumam vir acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento, surgindo justamente devido às condições climáticas de calor e umidade típicas da primavera.
Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, chama a atenção para o alerta de perigo potencial de tempestade divulgado pelo Instituto, mas explica que as tempestades ocorrem de forma isolada. “Ele corresponde aquelas chuvas que vão entre 20 mm a 30 mm, e pode chegar até 50 mm em um acumulado diário e ventos de 40-60 km/h, com possibilidade de queda de granizo”, expõe.
A meteorologista estima que o volume de chuva esperado para o mês é de 253,1 mm, aproximadamente o dobro do que foi registrado em outubro, que teve 141,5 mm de precipitação. Andrea alerta para risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, quedas de galhos de árvores e possíveis alagamentos.
Ao identificar qualquer risco à segurança, como risco de desabamento, os moradores devem entrar em contato com o Corpo de Bombeiros Militar pelo número 193 e a Defesa Civil pelo número 199. Além disso, a Defesa Civil possui o serviço de alerta via SMS para chuvas intensas. Para se inscrever e receber as notificações, envie o CEP de sua residência para o número 40199.
Caso ocorram problemas na rede elétrica, os moradores podem contatar a Companhia Energética de Brasília (CEB) pelo número 155. Além disso, a concessionária Neoenergia Brasília está disponível para atendimento pelo telefone 3465-9318, que também funciona como WhatsApp, ou pelo número 0800-701-0102, selecionando a opção 116.
A Defesa Civil do Distrito Federal listou algumas dicas de como se proteger em casos de tempestades, alagamentos, enxurradas, inundações, deslizamentos, queda de granizo e vendavais.
Tempestades:
Alagamentos:
Enxurradas:
Inundações:
Deslizamentos:
Queda de granizo:
Vendavais:
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Durante a terça-feira (14), a instabilidade fica mais concentrada no norte do estado
O Rio Grande do Sul segue com tempo instável durante a semana. Segundo o meteorologista do Inmet, Marcelo Schneider, durante a terça-feira (14), a instabilidade fica mais concentrada no norte do estado.
“A expectativa é que entre quarta e quinta-feira, as instabilidades ganhem força novamente, principalmente na metade norte do estado, no centro norte, divisa com Santa Catarina”, explica.
Schneider alerta sobre temporais que incluem granizo, chuvas intensas e rajadas de vento, com previsões de precipitações que podem ultrapassar 200 mm em algumas áreas. Essas condições climáticas podem causar transtornos significativos, como alagamentos e enchentes, especialmente em áreas urbanas devido ao elevado volume de chuva.
“Como o bloqueio dessa grande massa de ar quente na região central do Brasil, deixa as frentes frias estacionárias no centro-sul do estado, o tempo permanece instável nesses próximos dias, então a situação é de alerta em praticamente toda essa semana no estado gaúcho”, expõe.
As regiões com alerta laranja são sudoeste, noroeste, centro ocidental, metropolitana de Porto Alegre, sudeste, nordeste e centro oriental rio-grandense.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul recomenda que em dias de chuvas e tempestades, a população siga as seguintes recomendações:
Em caso de dúvidas ou emergências contate a Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.
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