Coronavírus

18/09/2024 03:02h

Ministério da Saúde registrou 288 óbitos pela Covid-19 nas últimas quatro semanas epidemiológicas

Baixar áudio

Mais da metade dos óbitos por doenças respiratórias nas últimas quatro semanas estão relacionados à Covid-19. Segundo o mais recente Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 50,2% das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estavam associadas ao Sars-CoV-2 (coronavírus). O dado tem como base as semanas epidemiológicas 33, 34, 35 e 36, que abrangem o período de 11 de agosto a 7 de setembro.

Nesse período, foram registrados 288 óbitos pela doença, segundo o painel de monitoramento da Covid-19 do Ministério da Saúde. A infectologista Joana D’arc Gonçalves da Silva afirma que os casos de doenças respiratórias têm aumentado em função da qualidade do ar neste período de seca.

“A gente tem uma proteção nas vias respiratórias, que é a produção de muco e o batimento ciliar, que funciona como uma vassoura, que vai varrer algumas partículas para fora do nosso pulmão. O muco também funciona umedecendo, lubrificando e expelindo, ajudando a expelir essas partículas. Quando o ar está seco, todo esse sistema mucociliar acaba sendo prejudicado e favorece a proliferação de doenças respiratórias e a permanência de alguns germes no nosso sistema respiratório.”

A infectologista também chama atenção para os grupos de risco para doenças respiratórias.

“As pessoas que mais adoecem de doenças infecciosas, como Covid-19, influenza e outras, são os extremos de vida. São as crianças menores de 5 anos e os adultos maiores de 60 anos. As crianças têm uma respiração mais rápida, então acabam respirando mais ar poluído e também o sistema imunológico não está totalmente maduro. E maior de 60 anos por causa do próprio processo de senescência, de envelhecimento celular, que também leva a quadros de deficiência imunológica.”

A aposentada Luzia Rodrigues de Faria Franco, de 80 anos — moradora de Brasília no Distrito Federal —, teve Covid-19 recentemente. Ela conta que os sintomas pioraram em função da seca e das queimadas na região.

“A princípio começou com espirro, tosse, coriza, dor no corpo, dor de cabeça, dor no seio da face, muita indisposição, falta de apetite. Claro que piorou por causa da seca, porque foi muita fumaça, eu senti falta de ar, senti cansaço, muita indisposição e muita secura na garganta, na boca. Esse tempo seco me deixou muito debilitada, porque eu já tenho problema respiratório, tenho sinusite, e foi juntando tudo.”

Espalhamento dos casos e dos óbitos pelo país

Nas últimas semanas epidemiológicas, os casos de SRAG associados à Covid-19 estavam concentrados em Goiás e São Paulo, regiões de grande fluxo de pessoas de outros estados brasileiros. Mas, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, houve um espalhamento da doença para as demais regiões do país, como Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. 

Segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, os estados com maior número de óbitos pelo coronavírus na semana epidemiológica 36 foram Goiás (15) e Paraná (15), seguidos por Minas Gerais (13), Mato Grosso do Sul (7), Paraíba(3), Rio Grande do Sul (3) e Piauí (2). Amazonas, Bahia, Pernambuco, Rondônia e Sergipe registraram uma morte por Covid-19 em cada estado. As demais unidades federativas não registraram nenhuma morte pela doença no período.

Segundo a infectologista Joana D’arc, o aumento dos casos ocorre onde há maior aglomeração de pessoas.

“Em São Paulo, a densidade populacional é maior, as pessoas circulam muito de vários locais do país e do mundo. E esse aglomerado de pessoas e movimentação em diferentes regiões, passando por São Paulo, leva também a um aumento de doenças, principalmente essas de transmissão respiratória e doenças de contato.”

Por isso, a infectologista recomenda aumentar a ventilação dos ambientes e evitar aglomerações.

“Em um cenário como o atual, com poluição por causa de todas essas partículas, esses gases tóxicos que são lançados na atmosfera, um dos pilares para prevenção de doenças de transmissão respiratória é estar em ambiente ventilado.”

Prevenção

O coordenador do Núcleo de Controle de Infecções do Hospital de Base do Distrito Federal, Julival Ribeiro, recomenda o uso de máscaras em locais fechados e aglomerados, especialmente para os grupos de maior risco para a Covid-19, como idosos e imunossuprimidos.

Outra recomendação é o uso do antiviral, sob recomendação médica, para evitar o agravamento e os óbitos pela doença.

“O antiviral tem um impacto muito grande, dado nos primeiros cinco dias, quando indicado corretamente, para prevenir internações e complicações graves da Covid-19. É muito importante que as pessoas com sintomas gripais se dirijam à unidade de saúde, porque pode ser tanto a Covid-19 quanto influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e precisa-se ter o diagnóstico correto para fazer o tratamento adequado para esses pacientes.”

O infectologista também recomenda que as pessoas completem o esquema vacinal contra a Covid-19, principalmente para prevenir as hospitalizações e óbitos pela doença.

Demais doenças respiratórias

O Boletim InfoGripe da Fiocruz tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe e apresenta dados sobre outros vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes.

Covid-19: boletim InfoGripe registra aumento de casos em MS, RJ e DF

COVID-19: “Etiqueta respiratória” deve ser mantida para prevenção contra doença

Copiar textoCopiar o texto
10/08/2024 03:00h

Organização Mundial da Saúde alerta sobre a circulação do coronavírus no mundo

Baixar áudio

Em 2024, foram notificados 643.211 casos e 4.143 óbitos por Covid-19 no Brasil. A informação é do mais recente informe “Vigilância das Síndromes Gripais” do Ministério da Saúde, com dados da Semana Epidemiológica 31, que encerrou em 3 de agosto. Só na última semana, foram contabilizados 3.914 casos, uma alta de 4,15% na média móvel de casos na comparação com a SE 30. Já os óbitos registraram queda de 1,2% na média móvel, com pelo menos 12 mortes pela doença na SE 31.

Os estados com maiores taxas de incidência — entre 2,2 e 35,3 casos a cada 100 mil habitantes — foram Distrito Federal, Acre, Roraima, São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o aumento de casos de Covid-19 no mundo, para reforçar a importância da vacinação.

O coordenador do Núcleo de Controle de Infecções do Hospital de Base do Distrito Federal, Julival Ribeiro, explica que, apesar de o número de casos de Covid-19 não atingir o patamar dos anos da pandemia, o coronavírus ainda continua circulando no Brasil e no mundo. 

“Na realidade, o vírus vem se adaptando, ou seja, evoluindo com as novas variantes e circulando a nível mundial. Quando nós recebemos a vacinação para a Covid-19, mesmo com os reforços, os níveis de defesa do nosso organismo vão decrescendo ao longo do tempo e, com isso, com essas novas variantes, podemos ter casos de infecção ou mesmo reinfecção.”

Segundo o informe do Ministério da Saúde, dados preliminares de maio, junho e julho apontam predomínio da variante LB.1 (34%), seguida da JN.1 (31%), da recombinante XDR (14%) e da KP.2 (12%). Outras variantes representam 8% dos sequenciamentos no período. Até o momento a LB.1 foi identificada no Distrito Federal (85%), Bahia (7,5%), Pernambuco (5%) e São Paulo (2,5%).

Prevenção

Em nota ao Brasil 61, o Ministério da Saúde disse que “atualmente mais de 84% da população já recebeu duas doses do imunizante [contra o coronavírus], completando o esquema vacinal primário. Para 2024, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação periódica (reforço anual ou semestral) será ofertada aos grupos de maior risco, incluindo gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais)”.

A pasta informa que ampliou a recomendação da OMS e incluiu na estratégia de vacinação periódica outros grupos vulneráveis na realidade brasileira, “como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência permanente, comorbidades, privadas de liberdade, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua”. E “desde janeiro deste ano, a imunização contra a Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos”. 

O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Adelino de Melo, reforça a necessidade de tomar a vacina contra a Covid-19 regularmente.

“Já não falamos mais em 2,3 ou 5 doses. O que vale hoje na proteção contra a Covid é: há quanto tempo você tomou sua última dose de vacina contra a doença? Para os mais vulneráveis — por exemplo os idosos — , é necessário que eles tomem pelo menos uma vez por ano. Para os imunossuprimidos graves, pelo menos a cada seis meses vai ser necessário um reforço da dose para que ele esteja, de fato, protegido.” 

Além da vacinação, outros cuidados, como a etiqueta respiratória, devem ser mantidos para evitar contaminações. A recomendação é do médico infectologista do Hospital de Base de Brasília, Tazio Vanni. 

“Pacientes que têm sintomas respiratórios precisam ter o cuidado de usar a máscara em ambientes com mais pessoas para não contaminar as outras pessoas. A gente precisa ter o cuidado da etiqueta respiratória, ou seja, se eu vou espirrar eu boto a mão na boca, boto o braço, viro para o lado. Se estou com coriza, nariz escorrendo, devo usar o lenço, limpar a mão com frequência.”

Grupo de risco

O informe do Ministério da Saúde também revela um sinal de aumento de casos de Covid-19 em idosos no Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, na SE 31. O infectologista Tazio Vanni explica porque as pessoas do grupo de risco, como idosos, gestantes, imunossuprimidos, devem ter cuidados redobrados para prevenir a infecção.

“Os grupos de risco são pessoas que têm imunossupressão, paciente que tem um câncer, que está usando um anticorpo monoclonal, que tem uma doença autoimune, ele já tem um sistema de defesa diferente, com uma deficiência. Então quando ele encontra infecção pela Covid-19, ele não consegue resolvê-la como um paciente imunocompetente.”

Para saber mais sobre a Covid-19 no Brasil, acesse o site do Ministério da Saúde.

COVID-19: Vacina passa por três etapas de testes antes de ser aprovada

Covid-19: “Testagem é fundamental para saber de que vírus se trata”, diz infectologista

Copiar textoCopiar o texto
02/04/2024 00:04h

Esse panorama é registrado ao passo em que o país conta com mais de 38,7 milhões de casos confirmados da doença — e cerca de 711 mil mortes

Baixar áudio

Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.518.208 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 35.044.754. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.729.836 casos confirmados da doença e 711.249 mortes.

Henrique Lacerda, infectologista, destaca a importância de seguir o cronograma de vacinação, incluindo as doses de reforço, para garantir uma proteção eficaz contra doenças infecciosas, como a Covid-19. Cumprir o calendário vacinal é essencial para construir e manter uma imunidade adequada, reduzindo o risco de desenvolver formas graves da doença em caso de infecção pelo vírus.

“Como atualmente a Ômicron e suas variantes é a cepa mais prevalente, então se os pacientes estão suscetíveis a ter a doença porque se expõe de alguma maneira, é importante que ele tenha uma imunidade contra essa nova cepa da Ômicron e suas variantes. Consequentemente, ele se tiver a doença deve ter forma mais branda e sintomas mais leves”, explica. 

Ana Clara Costa, estudante de direito e moradora de Uberlândia - MG, conta que tomou duas doses da vacina e pegou Covid antes e depois da vacinação.

“Os benefícios que ela teve e acarretaram na minha vida foram bem relevantes, pelo fato que eu peguei Covid duas vezes, uma vez antes da vacina e outra após. Antes da vacina eu tive os sintomas bem mais acentuados, como falta de ar, perdi o olfato e o paladar.  E na segunda vez foi bem leve, como se fosse sintoma gripal mesmo”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o vírus é essencial para prevenir formas graves da doença e está acessível no SUS para todos acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos, após duas doses, devem receber um reforço da vacina bivalente. 

Veja Mais:

Má alimentação é um dos principais riscos para a saúde mundial, diz OMS
PISO DA ENFERMAGEM: Impasse persiste, e profissionais seguem com atividades paralisadas no Pará
 

Copiar textoCopiar o texto
23/02/2024 19:30h

Infectologista aponta fatores que podem ter contribuído para o crescimento da doença

Baixar áudio

No Brasil, o número de novos casos notificados de Covid-19 aumentou de cerca de 33 mil para 45.177 entre 11 e 17 de fevereiro. O número de mortes também cresceu, passando de 164 para 198. No acumulado, são 38.452.504 casos da doença registrados no país e 709.963 mortes. As informações são do Painel Covid-19 no Brasil, do Ministério da Saúde.

Segundo os dados, o Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados (15.327.268), seguida do Sul (8.157.451) e Nordeste (7.536.042). 

Para Manoel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta, um dos fatores que pode ter contribuído para o aumento dos casos de Covid-19 foram as variantes dos vírus. Para ele, o surgimento e circulação de novas variantes do SARS-CoV-2, vírus da família dos coronavírus, podem ser mais transmissíveis.

“Outro ponto poderia ser a fadiga das medidas de prevenção, isso quer dizer que com o passar do tempo aconteceu uma redução da adoção das medidas preventivas, como uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos, principalmente em eventos recentes, como o Carnaval”, pontua Palácios.

Ele também afirma que as reuniões em ambientes fechados, como shoppings e bares, sem ventilação adequada, facilitam a transmissão do vírus.

“Outro ponto importante, que poderia estar explicando o número indicado só aumentado, é a cobertura vacinal incompleta. Ainda que a vacinação já tenha começado e avançado, Inicialmente para grupo sectários, adolescentes, a cobertura incompleta em alguns grupos e ou a excitação vacinal pode deixar partes da população bastante vulneráveis”, ressalta o infectologista.

Vacinação

Segundo o Ministério da Saúde, o número de doses contra Covid-19 aplicadas é de 517.559.034, até o momento — incluindo as doses de primeira, segunda e terceira aplicação, bem como as doses de reforço.

No que se refere à vacina bivalente, recomendada pela pasta como reforço para pessoas com mais de 12 anos que apresentam comorbidades, ou para adultos sem comorbidades, o total de doses aplicadas no Brasil foi de 33.471.484.

Palácios explica que ainda existe um grupo pequeno que não realizou a vacinação contra Covid-19 — e aqueles que tomaram apenas duas ou três doses, sem reforços. Para ele, é preciso acelerar a vacinação para aumentar a imunidade da população, principalmente entre os mais vulneráveis.

“Gerar campanhas de informação e educação também vão ajudar a combater a fadiga das medidas preventivas, reforçando a importância de continuar e seguir as diretrizes de saúde pública”, enfatiza.

Stephany Souza, de 22 anos, mora em Natal, no Rio Grande do Norte. Ela relembra que pegou Covid-19 três vezes, no total. A primeira vez foi em 2020, no início da pandemia, quando estava de quarentena e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Ela acredita que contraiu a doença nas idas ao supermercado. 

“Eu tive sintomas pertinentes e longos, não cheguei a ficar hospitalizada; mas como não tinha vacina nem muitas informações sobre a doença, fiquei tratando dos sintomas em casa. Eram febre, dor no corpo, garganta doendo, cansaço, um pouco de falta de ar. Eu fiquei pelo menos 15 dias de recuperação, tratando os sintomas em casa”, recorda.

No final de 2020, ela afirma que o trabalho voltou de forma presencial. E, nisso, houve um pequeno surto de doença na empresa e ela contraiu a doença novamente. Os sintomas foram fortes e duraram por uma semana.  Stephany explica que tomou a vacina contra Covid-19 assim que ela ficou disponível em sua cidade. E  após isso, em 2021, teve a doença novamente.

“Durante as duas vezes que tive Covid-19 sem estar vacinada, tive sintomas fortes e por um tempo considerável. Quando eu tive a doença vacinada, eu não tive sequer sintomas, fiquei apenas assintomática. Então é uma prova concreta de que a vacina contribui para evitar que a doença fique mais grave nas pessoas, levando consequentemente a internações, entubações e também a morte”, destaca.

Isolamento

Para quem foi diagnosticado com Covid-19, o protocolo de isolamento continua o mesmo do final de 2022, recomendado pelo Ministério da Saúde. 

Aqueles que realizarem o teste de Covid-19 e obtiverem um resultado negativo no 5º dia poderão encerrar o período de isolamento antes do prazo de 7 dias, desde que não manifestem sintomas respiratórios e febre por pelo menos 24 horas, e não tenham utilizado medicamentos antitérmicos.

Caso continue apresentando sintomas, o período de isolamento pode chegar até dez dias.

Leia mais:

Chuvas podem contribuir para o aumento de pragas urbanas, alerta Aprag

Dengue avança: Brasil ultrapassa 740 mil casos prováveis da doença

Copiar textoCopiar o texto
16/01/2024 20:15h

Em relação à bivalente, o total é de 32.364.017. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.230.814 casos confirmados da doença e 708.739 mortes

Baixar áudio

Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.745.863 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 32.364.017. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.230.814 casos confirmados da doença e 708.739 mortes.

Henrique Lacerda, infectologista, destaca a importância de seguir o cronograma de vacinação, incluindo as doses de reforço, para garantir uma proteção eficaz contra doenças infecciosas, como a Covid-19. Cumprir o calendário vacinal é essencial para construir e manter uma imunidade adequada, reduzindo o risco de desenvolver formas graves da doença em caso de infecção pelo vírus.

“Como atualmente a Ômicron e suas variantes é a cepa mais prevalente, então se os pacientes estão suscetíveis a ter a doença porque se expõe de alguma maneira, é importante que ele tenha uma imunidade contra essa nova cepa da Ômicron e suas variantes, consequentemente, ele se tiver a doença deve ter forma mais branda e sintomas mais leves”, explica.

Ângelo Castro, desenvolvedor de Software e morador de Fortaleza (CE), conta que nunca pegou Covid-19, mas já tomou 4 doses da vacina e pretende tomar todas as que forem disponibilizadas pelo estado. 

“A vacinação contra o vírus, eu acho que isso é uma importância, até para poder diminuir o máximo possível de mortes e de casos graves da doença”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a Covid-19 está disponível no SUS para pessoas acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos devem receber um reforço bivalente após duas doses. A vacinação foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos a partir de janeiro de 2024. 
 

Copiar textoCopiar o texto
05/01/2024 22:35h

Ainda este ano, o Ministério da Saúde prevê o início da vacinação de pessoas maiores de cinco anos

Baixar áudio

A vacinação contra Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos. A medida começou a valer em janeiro de 2024. Ainda este ano, o Ministério da Saúde prevê o início da vacinação de pessoas maiores de cinco anos, que não foram vacinadas ou receberam apenas uma dose, para iniciar ou completar o esquema de duas doses.

Júlia Sousa, estudante de 24 anos e moradora de Brasília - DF, está grávida de 9 meses e conta que pretende vacinar sua filha quando completar a idade necessária.

“Por aqui ninguém teve nenhum sintoma muito forte, graças a Deus, mas a gente sabe que esse vírus é bem agressivo e a gente sabe a importância dessas vacinas. Então, a gente deve vaciná-la sim, e eu acredito que é muito importante essa vacina ter entrado no calendário de vacinas obrigatórias”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças de seis meses a menores de cinco anos devem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 aos seis meses, a segunda aos sete e a terceira aos nove meses.

Aquelas não vacinadas ou com doses atrasadas podem completar o esquema de três doses, respeitando os intervalos de quatro semanas entre as duas primeiras e oito semanas para a terceira. Crianças que já completaram o esquema de três doses não necessitam de doses adicionais.

Para a infectologista Larissa Tiberto, incluir a vacinação contra Covid-19 é importante para aumentar a  adesão à vacina. 

“É necessário tomar essa vacina para diminuir o número de casos graves de covid e até mesmo extinguir a doença.  Uma vez que estiver com calendário vacinal em dia, confere maior proteção a si mesmo e à comunidade, por isso é tão importante a imunização em massa”, avalia.

Até o momento, no Brasil, foram registrados 38.210.864 casos de Covid-19 e 708.638 mortes confirmadas pelo vírus. Ao todo no país, foram aplicadas 519.218.546 doses da vacina monovalente e 31.987.267 doses da vacina bivalente. 

Programa Nacional de Imunizações (PNI) 

O PNI disponibiliza vacinas aprovadas pela Anvisa e testadas em estudos clínicos, com qualidade avaliada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. 

O antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível em toda a rede do SUS para tratamento de Covid-19, logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo. O medicamento é indicado apenas para pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

Veja Mais:

Brasil reverte trajetória de queda nas coberturas vacinais em 2023
Casos de Covid-19 em Pernambuco recuam pela primeira vez desde alta registrada em novembro
 

Copiar textoCopiar o texto
23/12/2023 17:15h

No Ceará, foi observada uma alta particularmente rápida, apesar de uma desaceleração entre jovens adultos

Baixar áudio

O Nordeste, especialmente o Ceará, continua registrando aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à Covid-19. No estado, foi observada uma alta particularmente rápida, apesar de uma desaceleração entre jovens adultos. Os dados são do último boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (22).

Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, explica que além do Ceará, outros estados do Nordeste como Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe também apresentam sinais de aumento.

“O Ceará é quem continua chamando mais atenção nesse momento, por um ritmo bastante acelerado, embora já comece, pelo menos na faixa etária dos jovens adultos, já começa a dar sinais de que pode estar diminuindo esse ritmo de crescimento. Mas na população de idade mais avançada, continua em um ritmo bastante significativo”, alerta. 

O pesquisador observa que, embora os estados do Norte não mostrem um aumento nos casos de Covid-19, há um crescimento notável de infecções respiratórias em crianças e pré-adolescentes, atribuído a outros vírus que afetam principalmente essas faixas etárias.

Gomes enfatiza que durante as festas de fim de ano, as pessoas que forem viajar para esses estados com maior incidência de casos, devem ter atenção redobrada aos cuidados fundamentais, como manter a vacinação em dia.

Júnior Alves, empresário de 25 anos e morador de Brasília - DF, conta que tomou 3 doses da vacina contra Covid-19 e conta que pretende tomar as doses de reforço, pois acredita que manter a vacinação em dia é importante para evitar a contaminação pelo vírus.

“Eu acredito que no mundo que a gente vive hoje, depois da pandemia, a gente tem que manter a vacinação como se fosse uma vacina de gripe, porque eu acredito que o vírus não vai sumir de uma vez, vai ter sempre alguém que possa estar portando esse vírus, então acredito que a gente tem que manter sim uma vacinação, assim como a gente tem a vacinação da gripe de tempo em tempo”, comenta.

Casos de Covid-19 no Brasil

Até o dia 15 de dezembro, o Brasil registrou 38.130.675 casos de covid-19 com 708.237 mortes confirmadas. Até o momento, foram aplicadas 410.510.993 doses da vacina monovalente e 31.704.503 doses da bivalente. 

O estado com o maior número de monovalentes e bivalentes aplicadas é São Paulo, que conta com 106.578.130, 9.355.404 aplicações, respectivamente. Os dados são do Ministério da Saúde.

Veja Mais:

Municípios e Distrito Federal devem usar recursos destinados ao combate à Covid-19 até 31 de dezembro
Dengue: o perigo que pode estar ao redor
 

Copiar textoCopiar o texto
06/12/2023 08:15h

A Secretaria de Saúde de Pernambuco observou um aumento contínuo nos casos de Covid-19 desde o final de outubro deste ano, aumentando de 89 para 776 casos

Baixar áudio

A Secretaria de Saúde de Pernambuco observou um aumento contínuo nos casos de Covid-19 desde o final de outubro deste ano. O aumento se manifesta tanto no número de casos confirmados semanalmente, aumentando de 89 na Semana Epidemiológica (SE) 44 para 776 na SE48, quanto nas taxas de positividade dos testes, que cresceram de 3,8% na SE44 para 16,6% na SE48. 

José Lancart de Lima, diretor geral de Informações Epidemiológicas,| avalia que a incidência de Covid-19 é homogênea em todos os municípios de Pernambuco, com uma distribuição uniforme que leva em conta as proporções populacionais, ou seja, nenhum município apresenta uma discrepância significativa na incidência da doença em relação ao estado como um todo.

“Entendemos que o esforço é contínuo e conjunto para a proteção da coletividade do estado, para que a gente não tenha maiores adoecimentos, que a gente possa evitar formas graves e, consequentemente, evitar óbitos”, observa.

A Secretaria destaca que, apesar de outubro a dezembro não serem meses de alto risco para vírus respiratórios em Pernambuco, o aumento de casos recente pode ser devido a mais aglomerações e menor adesão a medidas preventivas, como higiene das mãos e uso de máscaras.

O diretor enfatiza que todos os 184 municípios pernambucanos e o distrito de Fernando de Noronha estão abastecidos com vacinas para Covid-19 e assegura que não há escassez do imunobiológico. Lancart reforça a importância da população manter a caderneta de imunização atualizada.

“Além da vacinação como medida de prevenção e proteção, recomendamos que seja dada a importância às medidas não farmacológicas, principalmente a rotina de lavagem de mãos. Então, fazer rotineiramente esse processo, minimiza bastante o risco de contaminação”, ressalta.

Ao todo, em Pernambuco, foram registrados 1.198.076 casos de Covid-19 e 23.133 mortes pelo vírus. A respeito da vacinação no estado, foram aplicadas 23.124.991 doses da vacina monovalente e 1.257.732 doses da vacina bivalente contra Covid-19.

Veja Mais:

Brasil registra queda nas internações por SRAG devido à Covid-19
Um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. Mulheres apresentam piores índices da doença
 

Copiar textoCopiar o texto
01/12/2023 20:15h

Infectologista aponta fatores que provocaram o aumento dos casos e alerta para medidas de proteção

Baixar áudio

Em Mato Grosso do Sul, 49 municípios registraram novos casos de Covid-19 nos últimos sete dias. Em todo o estado, foram  995 novos casos de contaminação pelo coronavírus neste período. Os dados são do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do estado.

De acordo com o boletim, Campo Grande foi a cidade que mais registrou ocorrências, com 340 notificações da doença, seguida por Ponta Porã (52), Amambai (41), Dourados (39), Maracaju (33), Sete Quedas (33), Anaurilândia (32), Bela Vista (30), Nova Andradina (28), Itaquiraí (27) e Três Lagoas (26).

Os municípios que apresentaram o menor número de novos casos foram Mundo Novo (11), Nova Alvorada do Sul (10), Bodoquena (9), Sidrolândia (9), Coxim (8), Laguna Carapã (8), Jardim (7), Pedro Gomes (7) e Sonora (7).

Julival Ribeiro, infectologista, explica os fatores que provocaram o aumento nos casos de Covid-19. “Em primeiro lugar, nós sabemos que a vacina nos dá uma proteção durante certo tempo, e com o passar dele, nós vamos perdendo essa proteção. Além disso, pessoas idosas, com doenças crônicas, respondem muito menos à vacinação do que as pessoas sadias.”

De acordo com o infectologista, é recomendado que as pessoas se vacinem contra a Covid-19 e que também façam o reforço com a dose bivalente. “Quando tomamos novas vacinas, esses reforços, ocorre um novo estímulo, que aumenta nossa proteção em relação à doença”, destaca.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul informa que o surgimento de novas variantes do coronavírus é um fator que contribui para o aumento de casos da doença, assim como a baixa cobertura vacinal e diminuição das medidas de prevenção.

Medidas de prevenção

Além da vacinação, que continua sendo a principal estratégia de prevenção, outros cuidados são recomendados pela Secretaria. São eles:

  • Utilizar máscaras se estiver com sintomas respiratórios e evitar contato principalmente com idosos, crianças e pessoas com  fatores de risco (doenças prévias).
  • Realizar isolamento ou distanciamento social;
  • Lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel a 70%.

Julival Ribeiro também recomenda medidas de proteção, principalmente para idosos e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, câncer, entre outros. “Na minha visão, ao se deslocar para algum ambiente com baixa ventilação, aglomerados, essas pessoas na realidade devem usar uma máscara. E não esquecer de higienização higienizar suas mãos, sobretudo em locais aglomerados, fechados e com baixa ventilação”, completa o infectologista.

Leia mais:

MATO GROSSO DO SUL: Festas de fim de ano devem movimentar R$ 1 bilhão na economia

Mais de 120 bombeiros atuam nos incêndios florestais que atingem o Pantanal no MT e MS

Copiar textoCopiar o texto
20/11/2023 04:15h

Esse panorama é registrado ao passo em que o país conta com mais de 38 milhões de casos confirmados da doença e cerca de 707 mil mortes

Baixar áudio

Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.580.683 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 30.433.965. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.022.277 casos confirmados da doença e 707.286 mortes.

Com base em outros dados disponibilizados pela Fiocruz, o infectologista Julival Ribeiro avalia que em determinadas regiões do Brasil há um aumento no número de casos da doença. Esse aumento é notável em crianças e, sobretudo, em relação a casos graves entre as pessoas mais vulneráveis, como idosos e aqueles com comorbidades.

“Portanto, é muito importante que as pessoas tomem a sua dose de reforço, a vacina bivalente, porque com essa dose a gente estimula o nosso organismo a produzir mais defesa”, enfatiza.

De acordo com a última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, há uma heterogeneidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 no Brasil. Enquanto alguns estados registraram um aumento nas novas ocorrências semanais, especialmente entre a população mais idosa, outros mostram estabilidade. 

Os estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais mostram sinais de aumento nos casos da doença. Em Minas Gerais, foi notado um aumento nas internações após um período de estabilidade. Em São Paulo, a situação se estabilizou, principalmente na capital, apesar de algumas áreas do interior ainda relatarem aumento. 

Segundo o boletim, no Rio de Janeiro, a tendência de queda nos casos foi interrompida. O Espírito Santo registra um pequeno aumento recente, enquanto Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e o próprio estado de São Paulo indicam uma pausa no crescimento dos casos.

O auxiliar administrativo de 24 anos e morador de Rio Verde - GO, José Hiago Gomes, conta que tomou três doses da vacina contra covid-19 e pretende tomar mais doses. Ele relata que antes da vacinação contraiu o vírus duas vezes. 

“Eu acho que a vacina em si salva vidas, por mais que tenhamos passado por episódio em que a vacina foi questionada, colocada sobre um olhar duvidoso. A vacinação, seja para qual espécie de doença ou de vírus, ela salva vidas”, comenta. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o vírus é essencial para prevenir formas graves da doença e está acessível no SUS para todos acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos, após duas doses, devem receber um reforço da vacina bivalente. 
 

Veja Mais:

Influenza: nova etapa de vacinação deve imunizar 6,6 milhões de pessoas na região Norte
Novembro Azul: alteração na urina pode ser um fator de alerta para os homens
 

Copiar textoCopiar o texto