Câncer

13/09/2024 04:05h

Neste episódio a dermatologista Dra. Vivian Loureiro dá mais informações sobre o assunto

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Você sabia que o sol é o principal fator de risco para o aparecimento de câncer de pele? E sabia que a melhor estratégia para evitar esse tipo de câncer é a fotoproteção? Você sabe como usar corretamente o protetor solar? 

A primeira coisa que você precisa saber é que o câncer de pele é o tumor maligno mais frequente no mundo. Ele é dividido em dois grupos principais: o carcinoma, baso e espinocelular, que é o tipo mais comum, e o melanoma, que apesar de mais raro, costuma ter um comportamento mais agressivo. Como os dois estão relacionados à exposição solar, a fotoproteção é a melhor prevenção para esse tipo de câncer. 

Quando eu devo usar protetor solar?

Estima-se que 70% do sol que uma pessoa pega na vida não acontece em momentos de lazer, mas sim no dia a dia, no trânsito, na caminhada até o trabalho, na ida até o supermercado ou na saída para o almoço. 

O problema é que muita gente só se lembra de usar o protetor solar quando está na praia ou na piscina, o que é um erro enorme. Portanto, é extremamente importante o uso diário do protetor solar, mesmo em dias frios, nublados ou com chuva, pois os raios ultravioletas estão sempre presentes. 

Lembre-se: aplique protetor solar faça chuva ou faça sol, em qualquer estação do ano.

E em que horário eu devo passar o protetor solar?

No dia a dia, é recomendável aplicar o protetor solar pela manhã nas áreas expostas, como rosto, pescoço e mãos. Pessoas que não possuem cabelo, não devem se esquecer de aplicar na cabeça.

Nos momentos de lazer, como praia e piscina, os cuidados devem ser redobrados. A primeira aplicação deve ser feita em casa, sem roupa, pelo menos 15 minutos antes da exposição para que haja tempo para a absorção do produto. 

Devemos reaplicar o protetor a cada 2 horas e toda vez após entrar no mar e na piscina ou após transpiração intensa. Mesmo os produtos à prova d 'água acabam saindo após um tempo e devem ser reaplicados.

Protetor solar: que fator de proteção eu devo usar?

O FPS nunca deve ser menor do que 30. Na escolha do seu protetor, é importante checar se existe proteção contra os raios UVA e UVB, pois ambos são perigosos para a pele. 

Qual a quantidade que devo passar?

Para garantir a proteção precisamos de uma quantidade mínima de produto. Para nos guiar existe a regra da colher de chá:

  • Rosto e pescoço: 1 colher de chá
  • Braços: 1 colher de chá em cada braço
  • Pernas: 2 colheres de chá em cada perna
  • Tronco: 2 colheres de chá na parte da frente e 2 na parte de trás

Uma alternativa é a aplicação em 2 camadas, ou seja, fazer uma segunda aplicação na sequência, para garantir a quantidade adequada. Quando aplicado de forma correta, o FPS 30 garante proteção de até 95%. Porém o grande problema é que a maioria das pessoas não costuma passar o suficiente. 

Todo mundo deve usar protetor solar?

Sim! Mesmo pessoas com peles escuras devem se proteger, pois o câncer de pele pode aparecer em qualquer fototipo. Atualmente existem inúmeras opções de produtos para os diferentes tipos de pele e com cosmética bastante agradável. Existem ainda opções com cor que funcionam como base, deixando a pele mais uniforme e disfarçando manchas. 

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda. 

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02/08/2024 18:00h

Neste episódio a mastologista, Gabriela Boufelli de Freitas, fala sobre os tipos de câncer de mama

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O câncer de mama é o principal problema de saúde da mulher, é o tipo de câncer mais comum nas mulheres do Brasil e do mundo. Por ano, mais de dois milhões de casos novos são diagnosticados no mundo. É importante saber que existem diferentes tipos de câncer de mama, com comportamentos e tratamentos específicos para cada um deles. 


Talvez você já tenha ouvido falar de câncer de mama receptor positivo, HER 2 positivo ou ainda outros termos, e isso é muito importante pois isso determina a agressividade e o tratamento.


Com o passar do tempo, a medicina está conseguindo cada vez mais entender que o câncer de mama tem diferentes tipos e que cada subtipo tem um comportamento e tratamento específico. Isso é definido pela análise no microscópio das características das células e também por uma análise molecular feita no laboratório que avalia o tipo de proteína que essa célula produz, que é a classificação molecular. 


Classificação Histológica e molecular


O câncer de mama apresenta dois subtipos histológicos frequentes ductal invasivo não especial, o mais comum que representa cerca de 80% dos casos, e o lobular invasivo, que corresponde a cerca de 15% dos casos. 


Além da classificação histológica, os tumores podem ser divididos em três tipos moleculares, sendo: 

  • Tumores receptores hormonais, também chamados de luminais, correspondem a cerca de 70% dos casos. Apresentam nas suas células receptores para estrogênio e ou progesterona, isso significa que na presença desses hormônios, esse tumor pode ser estimulado a crescer.

  • Tumores HER 2, ou seja, células que super expressam uma proteína chamada HER 2 na sua superfície. São tumores normalmente mais agressivos que crescem mais rápido e que geralmente acometem pacientes mais jovens. Correspondem a cerca de 15% dos casos;

  • Tumores triplo-negativo, são os que não expressam nem receptores hormonais e nem o HER 2, também atingem pacientes mais jovens, são mais agressivos e correspondem a 15% dos casos.


Outras duas informações também são muito importantes, a primeira é sobre qual é o tamanho do tumor, se ele se espalhou para o gânglios, linfonodos na axila ou se tem a doença em outros órgãos, as metástases. As pacientes que apresentam os caroços na axila com células do câncer, devem realizar tomografias de pulmão e abdômen em busca de outras lesões causadas pela doença. A segunda informação é sobre a paciente, qual a idade dela? Possui doenças associadas e se estão controladas? Isso é importante pois se a paciente tiver algum tipo de doença, isso pode contra indicar algum quimioterápico ou procedimento cirúrgico.


Tratamento


Cirurgia para remoção do tumor ou da mama por completo, em alguns casos a avaliação dos gânglios ou dos linfonodos da axila para saber se tem a presença de tumores e caso haja, pode ser indicada a retirada de vários gânglios;
Radioterapia, que é uma radiação focada na região da mama e nas vias de drenagem que é onde ficam os linfonodos, é normalmente realizada por uma período de 5 a 21 dias;
Quimioterapia, que pode ser um soro ou comprimido que pode ser realizada antes da cirurgia para diminuir o tumor ou depois para evitar que exista célula residual, ou até mesmo para as pessoas que não irão operar, pois pode ser utilizada para controlar a doença.


Lembrando que não são todos os casos que irão precisar dos tratamentos citados acima, isso vai ser avaliado em cada situação, além disso, existem tratamentos indicados para cada subtipo do câncer de mama.


Para os tumores lumiares, aqueles que apresentam o receptor para o estrogênio e/ou progesterona, além dos outros tratamento ainda existe a hormonoterapia, Já que esse subtipo pode ser estimulados pela a ação dos hormônios ou inibidos na falta deles, são utilizadas medicações que buscam bloquear a ação desses hormônios na mama, ao fazer isso, diminuem a duplicação das células evitando que apareça uma nova lesão, também podem ser usados antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor. 


Já para tumores que superexpressam a proteína HER 2, existem medicações específicas chamadas anti-HER ou terapia alvo, e para os tumores triplo-negativo atualmente tem sido estudada a imunoterapia, tratamento que apresenta bons resultados.


Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor as chances de sucesso com o tratamento, por isso, mulheres acima dos 40 anos não podem deixar de realizar a consulta com o ginecologista e a mamografia anualmente. Na presença de câncer de mama, não deixe de procurar um médico ginecologista.


Para mais informações, assista ao vídeo do Doutor Ajuda no youtube.

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02/08/2024 00:05h

Campanha que se iniciou nesta quinta-feira (1º) visa conscientizar população sobre o câncer de pulmão e sua relação com o tabagismo. Em alta, cigarro eletrônico também é extremamente prejudicial à saúde

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Cerca de 90% das mortes por câncer de pulmão estão relacionadas ao tabagismo, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Visando conscientizar a população sobre o câncer de pulmão, teve início nesta quinta-feira (1º) a campanha Agosto Branco. 

De acordo com o Inca, mais de 32,5 mil casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão devem ser registrados por ano no Brasil, no triênio que vai de 2023 a 2025. 

A boa notícia, segundo autoridades de saúde, é que esse tipo de câncer é extremamente prevenível. É o que explica o especialista em tumores torácicos Guilherme Harada, médico oncologista do Hospital Sírio-Libanês. 

"O câncer de pulmão é um dos tipos de tumores mais evitáveis. Isso porque a principal causa associada ao câncer de pulmão é o cigarro. Ele é responsável por cerca de 80% a 85% dos casos de câncer de pulmão. Então, parar de fumar é a medida mais eficaz para evitar o risco de desenvolver o câncer de pulmão", afirma. 

O oncologista destaca que de 15% a 20% das pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão não têm relação com o tabagismo. "Além do cigarro, a exposição a substâncias cancerígenas, como o asbesto, o radônio, e outras substâncias comumente presentes em ambientes de trabalho com fumaça, também aumenta o risco", pontua Harada. 

Foco no cigarro eletrônico

Este ano, o Agosto Branco concentra esforços para conscientizar a sociedade sobre os riscos envolvendo o cigarro eletrônico, como o vaper e o pod, cuja adesão tem crescido entre os mais jovens. 

Segundo o instituto de pesquisa Ipec, o consumo de cigarro eletrônico cresceu 600% no Brasil nos últimos seis anos. A mesma pesquisa revelou que já chega a quase três milhões o número de pessoas que utilizam esses dispositivos no país. 

Além de aumentar em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional, de acordo com o Inca, os diferentes tipos de cigarro eletrônico também contêm substâncias tóxicas que causam câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, além de dependência, devido à presença de nicotina. 

Um dos objetivos é desmistificar a ideia de que o cigarro eletrônico faz menos mal à saúde do que o convencional e que, portanto, pode ser usado sem maiores consequências. 

"Muitas vezes, ele é tratado como uma alternativa segura ao tabaco convencional de forma errônea, mas esse tipo de dispositivo também apresenta riscos significativos para a saúde do pulmão", indica. 

Diagnóstico precoce faz a diferença

De acordo com o Inca, apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial. O oncologista Guilherme Harada afirma que, hoje, há ferramentas que permitem a detecção precoce de tumores no pulmão, o que é importante para o sucesso do tratamento. 

"A gente tem exames de rastreamento, como a tomografia computadorizada de baixa dose, indicada para o diagnóstico precoce, principalmente nos pacientes com histórico de tabagismo", afirma. 

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04/07/2024 16:00h

Neste episódio Gabriela Boufelli de Freitas, mastologista, fala sobre prevenção do câncer de mama

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O câncer de mama é um problema grave e muito frequente, estima-se que 1 em cada 8 mulheres vai ter que lidar com o câncer ao longo da vida, só no Brasil, mais de 60 mil mulheres são diagnosticadas com a doença todo ano. 

 

Existem dois tipos de prevenção que devem ser feitas para o câncer de mama: prevenção primária e secundária.

  • Prevenção primária: Tem o objetivo de evitar o desenvolvimento da doença;
  • Prevenção secundária: Tem o objetivo de orientar sobre como fazer o diagnóstico precoce.

 

Quanto mais cedo o diagnóstico da doença for feito, menor a necessidade de tratamentos complexos e principalmente, maior a chance de cura. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, toda mulher com mais de 40 anos deve fazer a mamografia todo ano, sempre que possível. 

 

Como é feita a mamografia?

A mamografia é um raio X específico da mama, para ter melhor avaliação do conteúdo da mesma, ela precisa ser comprimida. Geralmente a paciente fica em pé, com as mamas apoiadas em um placa, então são comprimidas, uma por vez, para a realização da imagem. Com o exame é possível identificar microcalcificações suspeitas, nódulos, assimetrias, distorções, etc., todas características que podem sugerir a presença do câncer de mama. 

 

Para a classificação das lesões de mama, é utilizada uma padronização chamada birads, ela é super importante na orientação de qual deve ser o próximo passo no tratamento. 

  • Birads 1 e 2: são para exames normais ou achados benignos;
  • Birads 3: alterações provavelmente benignas, essas pacientes devem realizar o próximo controle em seis meses para avaliar a estabilidade do que foi achado;
  • Birads 4: alteração suspeita, esta deve ser complementada com a biópsia, a chance de ser câncer é muito variável, entre 2 a 95%, ou seja, não se pode deixar de realizar a biópsia, mas pode não ser câncer; 
  • Birads 5: alteração com alta suspeita para câncer de mama, também precisa ser feita a biópsia;
  • Birads 0: exame inconclusivo, precisa ser complementado pois não conseguiu concluir se está tudo bem ou se há alguma lesão. A complementação pode ser feita com uma nova mamografia, ultrassom e até ressonância.

 

Se você fez a mamografia e não teve alteração nenhuma, mesmo assim deve realizar o exame no ano seguinte, pois o câncer ainda pode aparecer nesse espaço de tempo, por isso é recomendado o exame anual. Apenas em duas situações isso deve ser diferente, na primeira é se você apresentar os seguintes sintomas:

  • Uma das mamas começou a ficar maior do que a outra;
  • Uma papila, que é o bico do peito, que era pra fora, entrou;
  • A pele da mama apresenta uma mancha vermelha, uma área mais espessa;
  • Ao apalpar a mama percebeu a presença de um nódulo, caroço ou até mesmo um área mais retraída ou afundada;
  • O aparecimento de um caroço na axila que não melhora com o passar do tempo.

 

Nessas situações, você deve procurar o médico o quanto antes, esses sintomas podem estar associados ao câncer e é fundamental não perder tempo.  A segunda situação são os casos especiais, em que se deve fazer a mamografia antes dos 40 anos, que são mulheres com alto risco para o câncer de mama:

  • Mulheres com antecedentes familiar com diagnóstico, dependendo da idade em que o familiar apresentou o câncer, pode ser indicado iniciar o exame antes dos 40 anos;
  • Quando é encontrado um nódulo na mama;
  • Pacientes que realizaram a biópsia mamária com resultados com células atípicas.

 

O que fazer para evitar o câncer de mama?

A medicina não conhece ao certo a causa do câncer de mama, mas sabe-se que ao seguir algumas práticas e realizar o diagnóstico precoce, a taxa de prevenção e de cura aumentam. Para isso, é essencial ter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos, manter as consultas em dia e realizar exames de mamografia regularmente.

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube

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Dr. Ajuda
29/06/2024 00:07h

Neste episódio a ginecologista, Cristina Anton, explica sobre o câncer de vagina

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O câncer de vagina é um tumor que não costuma apresentar sintomas no começo da doença. No entanto, o sangramento fora do período menstrual é o sinal mais associado a este tipo de câncer. Também é comum o sangramento após relações sexuais ou após a menopausa. Pode haver secreção vaginal parecendo um sangue aguado.


Entre os sintomas que podem indicar câncer de vagina estão: dor para urinar, obstipação, dor pélvica ou massa palpável na vagina. Saiba que quando os sintomas aparecerem, o câncer já está em estágio avançado.


Fatores de risco


Já os fatores de risco para a doença são: 

  • Infecção pelo HPV;
  • Uso de dietilestilbestrol pela mãe da paciente durante a gravidez, que era um remédio usado para prevenção de abortos.


Diagnóstico


Geralmente, a suspeita do câncer de vagina é vista pelo médico durante o exame físico ginecológico. O médico vai colocar um aparelho chamado espéculo no canal vaginal e vai visualizar se existe alguma lesão, ele pode colher também o Papanicolau, que serve para o rastreamento do câncer do colo do útero, mas na coleta podem vir algumas células vaginais também. Se houver alguma suspeita, deve-se realizar a colposcopia, que é um exame onde se olha o colo e a vagina com uma lente de aumento e se usa alguns produtos para se identificar áreas alteradas, e se houver algo suspeito, será realizada a biópsia.


Câncer de vagina é igual ao câncer de colo de útero?


Não! Mas estão tão próximos que às vezes se confundem. O colo do útero é a porção final do útero, por onde sai a menstruação e fica no fundo da vagina. A vagina é um tubo muscular que conecta o final do útero com a parte externa da genitália.


O câncer de colo de útero está entre os tumores mais comuns entre as mulheres, ele pode crescer e progredir, se espalhando pela vagina, chamado de câncer de colo de útero invadindo a vagina. Essa situação é diferente do câncer de vagina primário, ou seja, aquele que foi originado na vagina. O câncer de vagina e o de colo de útero podem ter os mesmo sintomas, fatores de risco e a prevenção semelhantes.


Tratamento


O tratamento vai depender muito da localização dos tumores e se tem o comprometimento de outros órgãos. O tratamento pode envolver:

  • Cirurgia;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia.

Se o diagnóstico ocorrer nas fases iniciais da doença, as taxas de sucesso são bem altas. Já nas fases mais avançadas, o tratamento tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa, daí a importância do diagnóstico precoce e da prevenção.


Prevenção


A vacina da HPV previne que você tenha a infecção pelo vírus HPV, e com isso diminui a chance de ter o câncer de vagina e de colo. No SUS, a vacina está disponível para crianças de 9 a 14 anos de idade e de 9 a 45 anos para pessoas imunossuprimidas, aquela com HIV/AIDS, transplantadas e pacientes com câncer. Pacientes entre 9 e 45 anos que foram vítimas de violência sexual, também podem receber essa vacina pelo SUS. na rede privada a vacinação pode ser feita e abrange um maior número de HPV.


Vacine-se contra o HPV e levem seus filhos para também serem vacinados. Não fumar também ajuda a  diminuir o risco. Usar preservativo diminui o risco de infecção, mas não impede totalmente a contaminação pelo vírus. Qualquer contato íntimo com a região genital pode transmitir o vírus e nem sempre a camisinha fornece a proteção completa.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.

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16/04/2024 13:08h

Os primeiros sinais de infecção surgem, aproximadamente, entre 2 e 8 meses, mas pode demorar um longo tempo para aparecer algum sintoma, segundo o Ministério da Saúde

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Uma transmissão que ocorre de forma silenciosa e que pode levar até 20 anos para se manifestar. O HPV é a principal causa do câncer do colo de útero nas mulheres — o terceiro tumor mais frequente na população feminina. O vírus, que é chamado de “papilomovirus humano”, é a infecção sexualmente transmissível mais comum atualmente, segundo a ginecologista e especialista em reprodução humana Lorrainy Rabelo. 

“Ele é o principal fator de risco para que uma mulher desenvolva câncer do colo uterino futuramente. Mas é possível evitar a doença utilizando preservativo e — principalmente hoje em dia — com a vacinação disponível no mercado, inclusive que protege contra os nove tipos mais comuns e que mais causam consequências, como o câncer do coluterino na nossa população”, destaca.

Também relacionado a outros tipos de cânceres, a infecção pelo “papilomovirus humano” não apresenta sinais ou sintomas na maioria dos casos. E é exatamente por isso que as pessoas, muitas vezes, não sabem que contraíram a doença. A médica Lorrainy Rabelo explica que o aparecimento de verrugas pode ser um sinal de alerta. 

“São verrugas irregulares que podem surgir na região genital, na orofaringe, na região anal. É a principal manifestação clínica— mas mesmo que não apresente verrugas a pessoa pode possuir o vírus ali incubado”, esclarece.

Apesar de se manter um longo tempo no corpo sem manifestar qualquer sintoma, a maioria das infecções – sobretudo em adolescentes – tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses, segundo o Ministério da Saúde.

Tipos de HPV

Existem pelo menos 12 tipos de HPV considerados oncogênicos — aqueles com associação comprovada entre a infecção e o câncer — que apresenta maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes. Os tipos 16 e 18 são considerados de alto risco. Eles estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

“Nós temos vários tipos de HPV, mais de 100 tipos. E a forma de contágio principal é por sexo oral, vaginal ou anal sem preservativo”, explica a médica Lorrainy Rabelo.

Diagnosticada com câncer, a influenciadora digital Micheline Ramalho conta que ficou assustada ao receber o diagnóstico. Na época com 31 anos, ela diz que demorou para entender o que estava acontecendo. “Achei que aquilo seria a minha morte. Infelizmente, é assim que muita gente vê o câncer. Comigo, não foi diferente. Demorei meses para ter coragem de contar para meus seguidores”, desabafa. 

Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revela que, por ano, são cerca de 17 mil novos casos e quase 7 mil mortes. No mundo, é o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres. Nas Américas, é a causa da morte de 35,7 mil mulheres – sendo 80% dos casos na América Latina e no Caribe.

Contágio x Prevenção

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Mais de 90% dos casos do câncer do colo de útero e de ânus está associado a esse tipo de infecção. As verrugas genitais também são provocadas pela infecção. Números do INCA mostram que o Brasil pode passar de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero por ano até 2025. A estimativa é de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

O contágio se dá pelo toque direto com a pele ou com a mucosa infectada, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Também pode haver transmissão da mãe para o bebê, durante o parto.

A melhor forma de prevenção ainda é a vacina, segundo Werciley Júnior, coordenador infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia.

“Para evitar o contágio, a principal medida é a vacinação e para transmissão por via sexual; o uso de camisinha é a melhor forma de controlar essa transmissão”, lembra. 

Doutora Lorrainy reforça que a vacina não é apenas contra o câncer de colo do útero. É uma vacina contra vários tipos de câncer que podem afetar homens e mulheres. Disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina HPV quadrivalente está disponível, gratuitamente, nos postos de vacinação pelo Brasil. 

Ficar atento à saúde e se prevenir, por mais comum que seja a orientação, ainda é a melhor forma de evitar a contaminação — lembram os especialistas.
 

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Dr. Ajuda
30/03/2024 00:04h

Neste episódio a ginecologista, Denise Yanasse Ortega, explica sobre cisto de ovário

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O cisto de ovário é um diagnóstico comum entre as mulheres. O problema é que o cisto de ovário pode indicar algo grave e que exige muita atenção como câncer de ovário, gravidez ectópica (quando a gestação ocorre fora do útero). Mas também pode ser algo benigno como um cisto de ovulação, que você não precisa se preocupar e que é algo bem comum.


Quando suspeitar de câncer de ovário?


Se o cisto identificado possuir conteúdo sólido, pode sugerir câncer ovariano. Outra característica que sugere o câncer de ovário é a presença de ascite, que é água na barriga. No geral o câncer de ovário inicia não tem sintomas, mas em estágios mais avançados a mulher pode ter emagrecimento, aumento do volume abdominal, mudança dos hábitos intestinais, etc.


Fatores de risco

 

  • Familiares com câncer de mama e ovário antes dos 50 anos;
  • Familiares com câncer de intestino e endométrio;
  • Mulheres acima de 60 anos.


Quando se preocupar com cisto de ovário

 

  • Sintomas como febre, dor no pé da barriga ou corrimento purulento e fétido: indicam a possibilidade de coleção de pus ou abscesso;
  • Tamanho do cisto: cistos maiores, especialmente entre 5 e 8 cm, têm maior chance de torção ou ruptura, causando dor aguda e intensa;
  • Menopausa: cistos ovarianos que surgem durante essa fase exigem mais atenção, pois podem ser indicativos de câncer.


É importante saber que os cistos podem ser tanto benignos quanto malignos. Quanto ao tratamento, ele varia de acordo com o tipo de cisto diagnosticado, podendo incluir medicamentos, cirurgias ou até mesmo a remoção do ovário em casos de suspeita de câncer. 


Se você está enfrentando algum desses sintomas ou preocupações, não hesite em procurar orientação de um Ginecologista.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube

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14/03/2024 00:05h

Já a probabilidade de óbito prematuro pela doença entre pessoas de 30 a 69 anos pode ter um aumento de 10% até 2030, aponta o Inca

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Embora seja possível prevenir por meio de métodos diagnósticos, o câncer de intestino representa uma das principais causas de morte por câncer no Brasil. De acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em análise realizada para vários tipos de tumores, a doença apresentou o maior aumento projetado em todas as regiões brasileiras, para ambos os sexos, até 2025. Conforme estimativa do Inca, mais de 136 mil brasileiros ainda podem ser afetados pelo câncer de intestino.

Também conhecido como câncer de colorretal, abrange os tumores malignos que se desenvolvem no intestino grosso (cólon) e no reto, parte final do intestino, que antecede o ânus. Esse tipo de câncer começa, na maioria das vezes, com pequenas lesões ou formações na parede interna do órgão. O cirurgião oncológico e coordenador do Grupo de Tumores Intestinais do Centro de Oncologia do Paraná (COP), Marciano Anghinoni, explica que o estilo de vida pode ser um fator causador da doença.

“De fato, o estilo de vida tem uma relação direta com o câncer de intestino, aquela pessoa que tem maus hábitos alimentares, consumo excessivo de carnes vermelhas processadas, consumo excessivo de embutidos, a pessoa que não pratica atividade física, é sedentária e obesa”, destaca.

O Inca aponta um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS indicam que 20.245 pessoas morreram devido ao câncer de cólon, reto e ânus, só em 2020.

Maior incidência número de casos

Segundo os estudos, esse tipo de câncer se forma à medida em que a pessoa vai envelhecendo e o tubo digestivo criando um processo de transformação em virtude da exposição aos fatores de risco. Atualmente, os dados mostram um aumento da incidência de câncer nos mais jovens. A oncologista e coordenadora do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn, diz que existe uma explicação para isso.

“A gente não tem absoluta certeza, mas a probabilidade disso estar acontecendo se deve ao estilo de vida. Como qualquer outro tipo de câncer, o câncer de intestino também se relaciona ou tem uma frequência maior nas pessoas que têm história familiar de câncer, nas pessoas que são sedentárias e que tem uma ingestão alimentar pobre em frutas e verduras”, observa.

“De fato, nos últimos anos, em todo o mundo, nós temos observado um aumento da incidência em pacientes mais jovens. O tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o sedentarismo, uma rotina de atividade física, consumo de alimentos ultraprocessados, carne vermelha processada, embutidos, ou seja, substâncias que aumentam o risco dessa pessoa ter um câncer de intestino”, reforça o cirurgião oncológico Marciano Anghinoni.

Sintomas

Para os especialistas, os sinais e sintomas são muito importantes para que se faça o diagnóstico precoce. Eles dizem que são sintomas presentes também em outras doenças e, por isso, as pessoas podem menosprezar e não valorizar os sinais e sintomas. 

“Em geral, o paciente tem uma mudança de hábito intestinal. Então, o indivíduo que tinha um hábito intestinal regular, com evacuações diárias, ele passa a não evacuar todos os dias ou ter um padrão diarreico, ou passa a ter algum tipo de dor abdominal na hora da evacuação ou até sangramento nas fezes. Além disso, a gente pode ter quadros de anemia redução do calibre das fezes e algum tipo de  dor mais importante tanto na hora de evacuar quanto difusa no abdômen”, explica Patrícia Schorn.

Prevenção e tratamento

O câncer de intestino é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Segundo o oncologista Marciano, poucos tipos de câncer podem de fato ser prevenidos com algum tipo de intervenção. 

“A colonoscopia faz o diagnóstico naquela pessoa que já tem o câncer, mas ela também trata os pólipos que são lesões precursoras. Então, essa é uma maneira que a gente tem de prevenir o câncer. E atualmente a colonoscopia está indicada para todas as pessoas acima dos 45 anos de idade, em razão da diminuição da faixa etária”, ressalta.

A médica Patrícia Schorn complementa: “Nós temos grandes condições de cura, sem dúvida alguma, e essa cura se baseia no tratamento cirúrgico e por algumas vezes a gente associa quimioterapia ou radioterapia. Algumas lesões não são necessariamente operadas, os tratamentos eles acabam tendo por objetivo um controle da doença no corpo todo e não só no intestino”, pontua.

“Como todo câncer, quanto mais precoce nós fizermos o diagnóstico, maior é a nossa chance de cura”, lembra a médica Patrícia.

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Saúde
29/02/2024 20:30h

A estimativa é que o país tenha entre 9 e 10 milhões de pessoas infectadas, aponta MS

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O câncer de colo do útero ocupa a sexta posição entre os tipos mais frequentes no Brasil. Nas mulheres, é o terceiro mais incidente. O país pode chegar a 17.100 novos casos por ano até 2025 conforme a publicação das estimativas de 2023 do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A principal causa desse tipo de câncer é o HPV. Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil pode ter cerca de 700 mil novos casos de HPV por ano. A estimativa é que o país tenha entre 9 e 10 milhões de pessoas infectadas.

Segundo a ginecologista e especialista em reprodução humana Lorrainy Rabelo, o vírus, que é chamado de “papilomovirus humano”, é a infecção sexualmente transmissível mais comum atualmente. “Nós temos vários tipos de HPV, mais de 100 tipos. E a forma de contágio principal é por sexo oral, vaginal ou anal sem preservativo”, explica.

Existem pelo menos 12 tipos de HPV considerados oncogênicos — aqueles com associação comprovada entre a infecção e o câncer — que apresenta maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes. Os tipos 16 e 18 são considerados de alto risco. Eles estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A médica Lorrainy Rabelo explica que o aparecimento de verrugas pode ser um sinal de alerta. “São verrugas irregulares que podem surgir na região genital, na orofaringe, na região anal. É a principal manifestação clínica, mas mesmo que não apresente verrugas, a pessoa pode possuir o vírus ali incubado”, esclarece.

A taxa de infecção pelo HPV na genital atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens. Os dados são do Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).

Câncer de colo do útero

Na opinião da ginecologista e especialista em reprodução humana Lorrainy Rabelo, a maior preocupação com o contágio por HPV é o desenvolvimento de câncer de colo uterino.

“Ele é o principal fator de risco para que uma mulher desenvolva câncer de colo uterino futuramente. Mas é possível evitar a doença utilizando preservativo e principalmente hoje em dia com a vacinação disponível no mercado, inclusive que protege contra os nove tipos mais comuns e que mais causam consequências, como o câncer do colo uterino na nossa população”, destaca.

Diagnosticada com câncer, a influenciadora digital Micheline Ramalho conta que ficou assustada ao receber o diagnóstico. Na época com 31 anos, ela diz que demorou para entender o que estava acontecendo. “Achei que aquilo seria a minha morte. Infelizmente, é assim que muita gente vê o câncer. Comigo, não foi diferente. Demorei meses para ter coragem de contar para meus seguidores”, desabafa.

Prevenção

A médica reforça que a vacina não é apenas contra o câncer de colo do útero. É uma vacina contra vários tipos de câncer que podem afetar homens e mulheres. Disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina HPV quadrivalente está disponível, gratuitamente, nos postos de vacinação pelo Brasil. 

Ficar atento à saúde e se prevenir, por mais comum que seja a orientação, ainda é a melhor forma de evitar a contaminação, orienta Werciley Júnior, coordenador  infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia.

“Para evitar o contágio, a principal medida é a vacinação e o uso para transmissão por via sexual; o uso de camisinha é a melhor forma de controlar essa transmissão”, lembra.

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e de ânus está associado a esse tipo de infecção. As verrugas genitais também são provocadas pela infecção. Números do INCA mostram que o Brasil pode passar de 17.000 novos casos de câncer de colo do útero por ano até 2025. A estimativa é de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
 

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18/11/2023 04:45h

Um levantamento do Inca mostra que o câncer de próstata ainda é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país

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O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, espalhar-se para outros órgãos e causar a morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mas existem situações que levantam um alerta para a doença. O urologista, andrólogo e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) Emir de Sa Riechi diz que os sintomas do câncer de próstata são relacionados, basicamente, ao fator urinário.

“A próstata altera o hábito urinário quando ela cresce, independente se é tumor maligno ou benigno. Os principais sintomas que o homem geralmente percebem são o aumento da próstata, a alteração do jato urinário e, às vezes, a retenção urinária”, explica.

Na opinião do especialista, assim que forem observadas qualquer alteração em relação à urina é recomendável fazer exames para investigar o câncer de próstata.

“Na fase avançada do câncer de próstata pode ter diagnóstico de sangramento através do esperma, que chama-se hemospermia. Mas esse é um diagnóstico já avançado. Então, os diagnósticos primários, iniciais do câncer de próstata, basicamente são sintomas urinários” — aponta.

De acordo com o médico, dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, são sinais de atenção para buscar uma unidade de saúde.

Prevenção como diagnóstico

Um levantamento do Inca mostra que o câncer de próstata ainda é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Também é a segunda causa de morte por câncer nesse público. Conforme os estudos, no Brasil, estimam-se 1.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. 

O urologista, andrólogo e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Emir de Sá Riechi, revela que, a partir do momento que a pessoa não procura ajuda, ela pode ter um diagnóstico tardio da doença dificultando a cura. O especialista explica que o que facilita a cura da doença, como qualquer outro câncer, é o diagnóstico precoce. No entanto, ressalta:

“O principal objetivo da prevenção do câncer de próstata, como o câncer de mama e útero, por exemplo, é o diagnóstico precoce. Então, o objetivo da prevenção é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo se fizer o diagnóstico, melhores as chances de cura”. Emir de Sá complementa: “Não tem como evitar o câncer de próstata, o câncer de mama, com exames. O exame é feito para uma prevenção precoce, um diagnóstico precoce”, salienta.

O preconceito ainda é um obstáculo para a prevenção do câncer de próstata. Mas para Frederico Galvão, de 43 anos, formado em Relações Internacionais, é importante deixar as preocupações de lado e colocar a saúde em primeiro lugar.

“Aqui em casa somos três irmãos. Eu e o meu irmão mais velho já fazemos exames periódicos exatamente de dois em dois anos para prevenção do câncer de próstata, prevenção de doenças regulares também, porque depois dos 40 é importante você fazer um check-up”, avalia.

Histórico familiar

O médico Emir de Sa Riechi explica que o fator familiar não deve ser deixado de lado. “Homens com pais, tios e avós com câncer de próstata têm maior tendência, não quer dizer que vão ter câncer de próstata. Mas o que aumenta o risco é o fator familiar”, conta.

Mas, além disso, o especialista ainda destaca: “Também existe bem determinado que pode haver o risco de uso de hormônios, principalmente esteroides, anabolizantes. Ele não aumenta o risco, ele não produz o câncer de próstata, mas ele pode desencadear o processo mais precocemente”, alerta.

Conforme Riechi, na fase avançada do câncer de próstata, pode ser diagnóstico sangramento através do esperma, que se chama hemospermia. “Esse é um diagnóstico já avançado. Então, os diagnósticos primários, iniciais do câncer de próstata, basicamente são sintomas urinários.”

O Inca informa que a idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, sendo mais incidente em homens a partir de 60 anos, bem como, obesidade para tipos histológicos avançados. Destaca-se também a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, sendo responsável por 1% dos casos de câncer de próstata.

Campanha Novembro Azul

O mês de novembro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece informação e atendimento com equipes multiprofissionais aptas a realizarem diagnóstico e acompanhamento. Além de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia. 

Conforme dados do INCA, quanto à mortalidade a Região Sudeste aparece com o maior número de casos no Brasil, em 2021, sendo os estados São Paulo (3.428), Minas Gerais (1.673) e Rio de Janeiro (1.448) com o maior número. Em seguida, vem a Região Nordeste com Bahia (1.407), Pernambuco (762) e Ceará (717) liderando em casos. A Região Sul aparece em terceiro lugar, destacando-se Rio Grande do Sul (1.291), Paraná (1.042) e Santa Catarina (534). Já a Região Norte apresenta Pará (395), Amazonas (194) e Tocantins (132) como os estados com mais casos. Por fim, a Região Centro-Oeste tem Goiás (516), Mato Grosso (252) e Mato Grosso do Sul (225) como os mais afetados. 

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