Pix

09/09/2024 00:04h

Tecnologia de transferência imediata facilita a vida do usuário mas ainda tem fragilidades que possibilitam golpes

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Mais de R$ 3,7 bilhões — esse é o valor que bandidos devem lucrar até 2027 com golpes via PIX. O valor foi estimado e divulgado pelo Relatório de Fraude Scamscope, desenvolvido pela ACI Worldwide em parceria com a GlobalData. E mostra que apesar da evolução da tecnologia, ainda há um longo caminho a percorrer para aumentar a segurança do usuário. 

Segundo o advogado especialista em Direito Bancário, Luís Guilherme Martins Lima, os golpes mais comuns com PIX e outras transações digitais são clonagem de whatsapp, perfis falsos no whatsapp, falsos funcionários de bancos e QR codes adulterados. 

“Na clonagem de whatsapp, o golpista finge ser de uma empresa e pede o código de segurança, se a pessoa não tiver acionado a segurança em duas etapas, o criminoso rouba o perfil dela, depois o golpista pede dinheiro aos contatos da vítima por whatsapp. É muito difícil recuperar esse dinheiro, porque a pessoa  transferiu voluntariamente, mesmo que enganada”, esclarece o advogado.

Outros crimes comuns

Perfil falso no Whatsapp: Outro golpe muito comum que envolve o PIX é o do perfil falso no whatsapp. Neste caso, o criminoso cria um perfil falso usando a foto da vítima, entra em contato com os amigos e parentes dela, diz que mudou de número e pede dinheiro de forma urgente pelo PIX.

Falso funcionário de banco: Neste caso o golpista se passa por um funcionário de banco e pede para a vítima fazer uma transferência ou passar informações.

QR Code adulterado: O criminoso troca códigos de doações em lives por um código que direcione o dinheiro para o golpista.

Para evitar cair em golpes 

O advogado Luís Guilherme Lima dá algumas orientações para evitar cair em golpes.

“Sempre verifique quem é o remetente dos e-mails e evite clicar em links suspeitos. Não clique em links para cadastrar a chave PIX que chegam por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou SMS, faça isso só em canais oficiais dos bancos, como aplicativos de Internet Banking. Nunca compartilhe o código de verificação que você recebe ao cadastrar a chave PIX. Confirme sempre com amigos ou parentes — por ligações — se realmente foram eles que pediram dinheiro antes de fazer a transferência.”

Além disso, mantenha a autenticação de dois fatores ativada e evite informações sensíveis por telefone ou mensagem, alerta o especialista.

O que fazer quando notar que caiu num golpe

Se você for vítima de um golpe, a primeira coisa a fazer é bloquear seus cartões de crédito e débito, carteiras digitais e outros serviços financeiros que possam estar comprometidos. 

“Depois avise ao banco sobre a sua situação para que eles monitorem qualquer atividade suspeita e, se possível, revertam as transações” , indica o advogado.
Além disso, é importante trocar todas as senhas que possam ter sido comprometidas — e-mail, redes sociais e contas bancárias.

Em seguida faça um boletim de ocorrência e avise seus amigos e familiares, já que os golpistas — em poder das suas informações — podem tentar fazer golpes com pessoas próximas. 

Além disso, é importante procurar um advogado, de preferência especialista em direito do consumidor ou direto bancário, para que ele possa te orientar como proceder legalmente para tentar recuperar os valores perdidos e proteger seus direitos.

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05/08/2024 00:03h

Entenda como funciona o golpe e saiba como se proteger de fraudes em transações via Pix

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Com a popularização do PIX para pagamentos e transferências, surgem novos golpes visando lesar clientes bancários. Um dos golpes que mais tem circulado nas redes sociais é o "golpe do PIX errado".

O PIX bateu um recorde de transações, com 224 milhões de transferências realizadas, conforme dados do Banco Central (BC). Este volume elevado cria um ambiente propício para fraudes, como o "golpe do PIX errado". Esta situação foi vivida por Irineia Bispo, autônoma de 54 anos, moradora do Gama no Distrito Federal. 

“As medidas que eu tomei para reverter a situação foi fazer o boletim de ocorrência e entrar em contato com o meu banco e eles só falaram que o PIX, uma vez feito, né, era ver se a pessoa ia me devolver;  e não tomaram maiores providências. Isso já tem uns dois anos, então foi bem no início que começou o golpe, não sei se hoje as instituições ainda fazem dessa mesma forma. Emocionalmente, eu fiquei péssima, me senti meio obtusa, a gente tem vergonha de comentar que caiu num golpe que é tão falado”.

Os golpistas iniciam o esquema ao realizar uma transferência para a conta da vítima. Usando uma chave PIX, como o número de telefone celular, eles conseguem facilmente realizar a transferência. Logo após, entram em contato com a vítima via ligação ou mensagem de WhatsApp, alegando que a transferência foi um engano e solicitando a devolução do dinheiro. Os criminosos utilizam técnicas de persuasão para convencer a vítima a devolver o dinheiro para uma conta diferente da que originou a transferência. 

Enquanto tenta convencer a vítima, o golpista aciona o Mecanismo Especial de Devolução (Med), alegando que foi enganado pela própria vítima e quer seu dinheiro de volta. É neste momento que este mecanismo, criado para ajudar vítimas de fraudes a reaverem seus recursos, é usado contra elas. Quando os bancos percebem que a vítima transferiu o valor recebido para uma terceira conta, identificam a triangulação e associam como um golpe. E o golpista, que já havia recebido o dinheiro de volta na conta de um terceiro, enviado voluntariamente, pela vítima, consegue também a devolução pelo sistema do banco, o Med, gerando prejuízo para a vitima. 

Emily Assumpção, advogada de segurança de dados, explica como funciona o mecanismo Med:  

“O MED foi criado pelo Banco Central para auxiliar as possíveis vítimas de fraudes que envolvem PIX com pedidos de devolução de valores. Esses pedidos, eles acontecem em algumas situações. Primeiro, você tem que confirmar o uso do PIX para aplicação do golpe. E segundo, a falha operacional nos sistemas que envolvem as instituições financeiras nessa transação. Quem for vítima do golpe do PIX  deve registrar o pedido de devolução na sua instituição financeira no prazo máximo de até 80 dias do dia que você realizou o PIX .”  

O Banco Central orienta que, em caso de recebimento de um PIX por engano, o procedimento correto é utilizar a opção "devolver" disponível no aplicativo do banco. Esta funcionalidade estorna o valor recebido para a conta que originou o PIX inicial, desconfigurando uma tentativa de fraude. 

Med 2.0

A Febraban propôs uma atualização no Med, a ser desenvolvida entre 2024 e 2025, com implantação em 2026. Com o Med 2.0, o rastreamento e bloqueio do dinheiro proveniente de fraudes ocorrerão em várias camadas de contas, dificultando a ação dos golpistas. Emily Assumpcão detalha como funciona o mecanismo Med 2.0.

“Uma das melhorias propostas pela FEBRABAN, que inclusive foi aceita pelo Banco Central, é permitir o bloqueio de mais valores de outras camadas, não só da pessoa que foi enviada. A gente consegue fazer uma triangulação maior dos recursos e inibir que essas pessoas cometam fraudes e transfiram esse dinheiro para outras pessoas. Então é uma forma de ampliar a estrutura de prevenção a diversos tipos de fraude, porque a cada dia que passa a gente tem outras formas de fraude.”

Com a implementação dessas melhorias e a conscientização sobre o uso correto das ferramentas oferecidas pelo PIX , os clientes bancários podem se proteger melhor contra fraudes e garantir a segurança de suas transações.

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10/07/2024 00:01h

Especialistas explicam como o pix por aproximação irá funcionar

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A partir de 28 de fevereiro de 2025, será possível realizar transações via pix por aproximação, conforme anunciado pelo Banco Central nesta quinta-feira (4). O BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) introduziram novas regulamentações para expandir o open finance, que inclui o compartilhamento de dados entre instituições financeiras. O economista e conselheiro federal do Conselho Federal de Economia (Cofecon) Eduardo Reis explica que o pix por aproximação deve funcionar semelhante à modalidade de pagamento que as pessoas já usam com as carteiras digitais, chamadas de wallets.

"Você consegue fazer o cadastramento atualmente, seja do cartão de crédito ou do cartão de débito. Agora, com essa opção de você fazer o cadastramento do pix, as pessoas vão conseguir fazer o pagamento de uma forma mais ágil, através da aproximação do celular nesses equipamentos de pagamento, sem a necessidade de ter que ficar utilizando o QR Code ou de ter que abrir o aplicativo do banco, o que muitas vezes cria uma dificuldade", explica.

Golpes: 4 em cada 10 brasileiros já foram vítimas; veja como se proteger

O economista aponta que os clientes não irão precisar sair do ambiente de compras on-line para realizar o pagamento por pix. "Por exemplo, você vai fazer uma compra de uma passagem aérea uma companhia aérea. Ao invés de deixar cadastrado o número do cartão de crédito, você passa a deixar cadastrado o número da sua chave pix, E deve ter um sistema de autorização, mas ainda não temos os detalhes", explica.

Para Eduardo Reis, as novas mudanças relativas ao pix devem ser responsáveis por consolidá-lo como a principal modalidade de pagamento no Brasil. Ele afirma que isso tem um efeito positivo na economia, pensando na redução dos custos de transação ao utilizar máquinas de pagamentos para cartões, que podem cobrar tarifas. O pix tem a vantagem de reduzir esses custos, favorecendo o preço das mercadorias para os clientes.

O economista ainda destaca que conforme os pagamentos em pix crescem, favorecem a disciplina e o controle financeiro das famílias. "Sabemos que hoje o uso de cartão de crédito é um dos principais motores do endividamento no país, porque muitas pessoas não conseguem ter controle dessas compras que são feitas a prazo", completa.

Segurança

A advogada Renata Nicodemos, presidente da Comissão de Sociedade de Advogados (CSA), explica que o pix por aproximação vai contar com uma tecnologia avançada de criptografia e autenticação, para garantir que as transações sejam realizadas de maneira segura, assim como acontece com outras formas de pagamento. 

"A possibilidade de realizar pagamentos para aproximação com o pix facilita ainda mais a experiência do usuário, mas é importante ter alguns cuidados para evitar golpes. Então, ao realizar um pagamento por aproximação, certifique-se de que o dispositivo está próximo do terminal de pagamento e que não há outros dispositivos suspeitos nas proximidades que possam tentar interceptar essa transação, para evitar pagamentos acidentais ou não autorizados", alerta.

Ela recomenda desativar a função de pagamentos por aproximação quando não estiver utilizando e verificar regularmente o histórico das transações bancárias para identificar qualquer atividade suspeita, além de utilizar autenticação de dois fatores nas contas bancárias e aplicativos de finanças.

Confira o cronograma anunciado pelo BC:

  • 31 de julho de 2024: regulamentação específica para a Jornada de Pagamentos Sem Redirecionamento (JSR), nome formal do Pix por aproximação;
  • 14 de novembro de 2024: início dos testes pelas instituições financeiras, para garantir a segurança da funcionalidade;
  • 28 de fevereiro de 2025: Lançamento do produto para a população.

Conforme as novas regras, as instituições financeiras que possuem mais de 5 milhões de clientes, seja individualmente ou em conglomerados, terão a obrigação de adotar o open finance.

De acordo com informações do BC, essa alteração aumentará de 75% para 95% a quantidade de clientes que poderão escolher compartilhar seus dados entre diferentes instituições. Os clientes que utilizam carteiras digitais deverão se cadastrar em uma instituição participante do open finance e autorizar a utilização das funcionalidades do pix em suas carteiras digitais.

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02/07/2024 00:01h

Levantamento feito pelo Serasa Experian aponta que 42% dos brasileiros foram vítimas de fraudes financeiras no país. Os tipos de golpes mais relatados pelos consumidores foram o de uso de cartões de crédito por terceiros ou cartão falsificado (39%). Cair em golpe pode, ainda, agravar fobias e transtornos. Confira dicas de especialistas sobre como se proteger de fraudes.

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O  Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024, levantamento feito pelo Serasa Experian, aponta que 42% dos brasileiros foram vítimas de golpes e fraudes financeiras no país, o que resulta em 4 a cada 10 brasileiros. Os tipos de golpes mais relatados pelos consumidores foram o de uso de cartões de crédito por terceiros ou o cartão falsificado (39%). Já as fraudes financeiras ficaram em segundo lugar (32%) – sendo pagamento de boleto falso ou pix.

Os golpes e as fraudes financeiras causam prejuízos aos consumidores. Segundo o estudo, do percentual de 42% dos brasileiros que já foram vítimas de golpes, 57% tiveram perda financeira de R$ 2.288 em média, o que equivale a quase um mês e meio de trabalho de quem recebe um salário-mínimo.

O estudo mapeou, ainda, os golpes mais temidos pelos consumidores. Em primeiro lugar aparece o medo com as fraudes com meios de pagamento, as quais envolvem cartões de crédito, sendo 36%. Em seguida, aparece o temor aos golpes de transferências via pix e vazamento de dados, ambos 21%. Apenas 2% dos respondentes disseram que não temem sofrer golpes.

Confira dicas de como evitar golpes com o cartão de crédito:

  • Utilize cartão virtual para compras online;
  • Realize compras em lojas oficiais;
  • Adote algumas medidas de segurança, como: ativar os alertas de transação  (seja por SMS ou por e-mail) no seu banco;
  • Evite acessar o aplicativo do banco e realizar transações financeiras conectado em Wi-Fi público;
  • Tenha o hábito de verificar os extratos bancários; 
  • Jamais forneça informações pessoais ou do seu cartão de crédito;
  • Descarte documentos que tenham informações do seu cartão corretamente;
  • Crie senhas fortes e únicas e evite usar a mesma senha para múltiplas contas;

No ambiente online, as promoções podem ser tentadoras aos consumidores. Porém, é necessário ter atenção e cuidado nessas situações, como salienta o advogado Mozar Carvalho, sócio fundador do escritório Machado de Carvalho Advocacia.

“Sempre desconfie de promoções tentadoras que parecem excelentes, geralmente elas só parecem. Não são, então cuidado com isso porque é uma forma de burlar, de captar o número do seu número de cartão, seu número de CPF, seu número de identidade e suas informações, seus dados em geral para poder te trazer problemas depois com fraudes”, pontua Mozar.

A especialista em Consumidor, Renata Nicodemos, sócia do escritório Ernesto Borges Advogados de Campo Grande (MS), menciona outros cuidados que as pessoas podem tomar, em especial, com relação aos pagamentos não apenas virtuais, mas também presenciais nos caixas eletrônicos.

“Tenha um cuidado especial com caixas eletrônicos. Verifique se há algum dispositivo estranho acoplado ao caixa eletrônico antes de inserir o seu cartão. Prefira caixa eletrônico localizado dentro das agências bancárias. Ao realizar compras online, certifique-se de que o site é seguro. Utilize cartões virtuais, porque eles possuem um número temporário que expira após a transação, isso reduz o risco de fraude. E também é importante manter seus dados de contato atualizados perante a instituição financeira para que você possa receber as notificações e alertas de segurança”, alerta Renata.

Caso seja vítima de golpe ou fraude financeira, o cidadão possui diversos direitos perante a justiça. Segundo Renata, os consumidores vítimas de fraude têm direito de contestar as transações fraudulentas à instituição financeira, à assistência e suporte durante o processo e a solicitar o bloqueio imediato do cartão.

Para ela, o acesso à informação é crucial para evitar esses transtornos. “A conscientização é uma ferramenta poderosa e necessária na prevenção de fraudes e ajuda a controlar os riscos e proteger tanto os indivíduos quanto as empresas”, ressalta Renata.

Prejuízos psicológicos

Em relação às diferenças do índice por faixa etária, o estudo registrou que quem tem mais de 50 anos aparece com o maior índice de ter sofrido uma fraude (48%). Ainda de acordo com dados do estudo, após sofrer uma fraude, 87% dos respondentes disseram que a preocupação com o tema “aumentou”. O percentual vai para 91% quando considerado o recorte de pessoas que tiveram perda financeira.

Segundo a neuropsicóloga Aline Gomes, ao cair em algum golpe financeiro, a pessoa passa por diferentes estágios de emoções e sensações. No curto prazo, raiva, tristeza, vergonha, desamparo e até a culpa. No médio prazo vem a ansiedade e o medo. 

“Esse quadro coloca o brasileiro num estado de alerta e ansiedade que acabam consumindo sua energia mais do que deveria e precisaria. Significa que o brasileiro deverá dedicar uma parte de sua atenção e foco para algo que indica alerta e perigo, sendo que essa atenção e esse foco poderiam ser destinados a algo mais edificante e produtivo. Dependendo do histórico de saúde do indivíduo e do impacto que o golpe teve na vida, pode haver um agravamento de fobias e transtornos”, alerta a neuropsicóloga.

Empresas

No cenário de golpes, as empresas não estão isentas do perigo. O levantamento mostra que a preocupação das empresas sobre a recorrência de golpes aumentou 58% em um ano. A alta foi ainda maior na visão por portes das empresas, nas grandes empresas o índice sobe para 68%. Essas são, ainda, mais conscientes sobre a importância da prevenção contra criminosos. 

Dicas para as empresas evitarem cair em golpes:

  • Os empreendimentos podem realizar reforço na segurança, implementando tecnologia avançada para proteção de dados e transações;
  • Promover conscientização dos funcionários com treinamentos regulares para que saibam identificar e reagir a tentativas de fraude;
  • informar aos clientes sobre os canais oficiais de comunicação e transações da empresa para evitar que os consumidores caiam em golpes.

Em 2024, a “Proteção de Operações Fraudulentas” é o segundo foco das companhias (35%), atrás apenas de “Conquistar Mais Clientes” (45%). 

O professor e advogado especializado em Direito Digital, Lucas Karam, destaca que para mitigar eventual prejuízo para empreendimentos ocasionado por fraude de cartão de crédito é necessário, principalmente, atenção quanto à escolha da intermediadora de pagamentos.

“Essa intermediadora necessita ter uma alta tecnologia e um fluxo efetivo para a realização da análise de crédito para verificar se é realmente aquela pessoa a proprietária daquele cartão que está realizando aquela aquisição”, afirma Karam

A pesquisa

O levantamento coletou 804 entrevistas via painel online entre os dias 7 e 22 de novembro de 2023 com pessoas físicas e  331 pessoas jurídicas (PJs).

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08/12/2023 10:15h

Para assegurar transações seguras, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) desenvolveu o portal e-Fazenda

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Os contribuintes de Mato Grosso do Sul agora têm a opção de pagar o IPVA 2024 com mais facilidade, utilizando o Pix. Para assegurar transações seguras, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) desenvolveu o portal e-Fazenda. O portal já está funcionando e proporciona autenticação segura, rastreabilidade das transações e está alinhado com as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O governo estadual destaca que, ao escolher o pagamento via Pix, o tempo para a compensação do débito diminui significativamente, que passa de até 24 horas para um máximo de 5 minutos. Isso ocorre porque o retorno bancário com o Pix é instantâneo, acelerando o processo de quitação dos débitos.

Matheus Almeida, advogado tributarista, explica que o não pagamento do IPVA acarreta em juros e multa sobre o valor devido, além da possível restrição de circulação do veículo até a regularização da situação.

“É muito importante estar com o IPVA em dia, uma vez que, juntamente com esse imposto é pago também o licenciamento. E esse tributo é que garante a você, proprietário de veículo automotor, o direito de circular livremente. E, caso você esteja com o documento atrasado, é possível que você tenha a circulação restrita do seu veículo”, explica.

e-Fazenda

Para realizar o cadastro no portal basta acessar o site eservicos.sefaz e seguir quatro etapas:

  • Preencher os dados de identificação;
  • Preencher as informações de endereço;
  • Validar os dados;
  • Confirmar o cadastro.

Aqueles que já possuem cadastro no Gov.BR, podem fazer o cadastro no Portal e acessar diversos serviços digitais da SEFAZ, assim como o INSS permite com a carteira de trabalho digital, seguro desemprego, entre outros.
Para o governo do estado, o IPVA é a segunda maior fonte de arrecadação, após o ICMS. O valor coletado é dividido entre os municípios, sendo usado para diversas finalidades, incluindo pagamento de servidores e implementação de políticas públicas em setores como educação e saúde. 
 

Veja Mais:

MS: cerca de 100 mil motociclistas podem pedir perdão de dívidas de IPVA no estado
MATO GROSSO DO SUL: Festas de fim de ano devem movimentar R$ 1 bilhão na economia
 

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Economia
05/10/2023 16:25h

O ajuste foi feito por conta da complexidade do produto e a necessidade de conferir mais segurança aos usuários, segundo o Banco Central

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Na 20ª reunião plenária do Fórum Pix, na última terça-feira (3), o Banco Central divulgou que o lançamento do Pix Automático terá nova data. A ferramenta será apresentada ao público em outubro de 2024. Anteriormente previsto para abril de 2024, o BC e os integrantes do Grupo Estratégico de Segurança (GE-Seg) decidiram aprimorar as regras e os procedimentos operacionais. De acordo com a instituição financeira, os técnicos viram a possibilidade de ofertar um canal para denúncias em casos de fraude nos aplicativos dos bancos que ofertarem o Pix.

Na opinião do conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, Adriano Marrocos, a nova modalidade promete revolucionar as transações em diferentes modelos de negócios e ainda reduzir o nível de insegurança da população, que portava dinheiro e vários cartões.

“Vamos eliminar um cartão, uma senha e o risco. Não fosse suficiente, iremos levar à população a necessidade de aprimorar conhecimentos na gestão financeira, pois o controle será mais efetivo e isso trará maior discussão no ambiente familiar, sobre despesas que podem ser reduzidas e facilitar a administração do orçamento”, avalia.

Além da questão da segurança, a reunião também abordou temas como o aperfeiçoamento do procedimento operacional para comunicação aos titulares de dados pessoais em casos de vazamento, a definição de critérios objetivos sobre a responsabilidade dos participantes no gerenciamento do risco de fraude, a possibilidade de cadastro obrigatório de dispositivo para a realização das transações Pix, entre outros assuntos.

De acordo com o Banco Central, a ferramenta é complexa e precisa de um tempo necessário para o desenvolvimento dos múltiplos atores, do andamento da definição das estratégias comerciais pelas instituições participantes do Pix e de questões organizacionais do próprio banco. 

A instituição financeira mostrou, em um levantamento recente, que o Pix faz parte cada vez mais da rotina dos brasileiros. Os dados revelam que foram realizadas 2,9 bilhões de transações Pix, só em 2022. O número representa um aumento de 107% em relação a 2021, quando o volume foi de 1,4 bilhão. 

O advogado e mestre em Gestão de Riscos e Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB) Frank Ned Santa Cruz está otimista com a ferramenta, mas lembra que todo tipo de operação no espaço digital requer não só mecanismos de segurança maior, mas também atenção por parte do usuário.

“A maioria das fraudes ocorre em virtude do comportamento do usuário. Então muitas vezes o usuário acaba se iludindo com certas ofertas, acaba passando dados pessoais a terceiros —  e dessa forma fica vulnerável à fraude”.

Após o lançamento do Pix Automático, o BC informou que já estão previstos estudos e aperfeiçoamentos do produto que poderão incluir outras funcionalidades no serviço como, por exemplo, a possibilidade de portabilidade das autorizações para usar a conta de outra instituição e a definição de priorização de pagamentos programados para o mesmo dia. 

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19/09/2023 18:40h

Maioria dos casos está relacionada a golpes envolvendo Pix

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Entre janeiro e setembro deste ano, foram registradas 37.181 ocorrências de estelionato e 5.443 de furto mediante fraude, no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil (PCDF), a maioria desses crimes está relacionada a golpes envolvendo o Pix. 

Com o aumento no número de casos, a PCDF lançou uma campanha para alertar a população sobre esses crimes. A iniciativa tem como objetivo informar sobre os golpes, prevenir futuras vítimas e oferecer orientações a quem já foi afetado pela fraude.

O pesquisador do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), Paulo Rená, explica que as orientações dadas pela PCDF para os usuários sobre prevenção são: 

  • Proteger dados pessoais;
  • Usar senhas fortes;
  • Não compartilhar senhas;
  • Utilizar autenticação em dois fatores e antivírus nos aplicativos;
  • Dar preferência às redes privadas de Wi-Fi;
  • Ter cuidado com imagens e informações recebidas por redes sociais;
  • Evitar links suspeitos que ofereçam vantagens exageradas.

O tempo de penalidade para quem comete esse tipo de crime varia entre 2 e 8 anos  — e o acusado poderá responder por estelionato ou furto mediante fraude. Também podem ser responsabilizados por envolvimento em associação criminosa, esquemas de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro.

Paulo Rená orienta que, ao cair nesse tipo de golpe, deve-se avisar imediatamente a instituição financeira para que ela possa tomar os procedimentos padrão e também fazer o registro de ocorrência em uma delegacia.

“Como dicas adicionais, lembrar da pessoa documentar o golpe, anotar o número do telefone utilizado para o golpe, escrever um relato cronológico com o máximo de dados, a sequência dos eventos”, expõe. 

O especialista complementa que, após registrar o boletim de ocorrência, é fundamental preencher o formulário fornecido pelo próprio WhatsApp para denunciar o número que tentou aplicar o golpe.
 

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18/09/2023 18:30h

Novo modelo de negócio deve estar à disposição da população em abril de 2024, segundo o Banco Central

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O Banco Central informou que vai ampliar os métodos de pagamento com o Pix Automático. A previsão é que ele seja lançado em abril de 2024. O recurso é uma espécie de “débito automático”, que busca viabilizar pagamentos recorrentes automatizados, mediante autorização prévia do usuário pagador. 

Na opinião do conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, Adriano Marrocos, a nova modalidade promete revolucionar as transações em diferentes modelos de negócios e ainda reduzir o nível de insegurança da população, que portava dinheiro e vários cartões.

“Vamos eliminar um cartão, uma senha e o risco. Não fosse suficiente, iremos levar à população a necessidade de aprimorar conhecimentos na gestão financeira, pois o controle será mais efetivo e isso trará maior discussão no ambiente familiar, sobre despesas que podem ser reduzidas e facilitar a administração do orçamento”, avalia.

Em um levantamento recente, o Banco Central mostrou que o Pix faz parte cada vez mais da rotina dos brasileiros. Os dados revelam que foram realizadas 2,9 bilhões de transações Pix, só em 2022. O número representa um aumento de 107% em relação a 2021, quando o volume foi de 1,4 bilhão. 

A jornalista Ana Karolline Rodrigues conta que não abre mão de realizar pagamentos com cartão de débito. “Eu prefiro pagar no débito justamente pra eu ter o controle dos meus gastos.”, revela.

De acordo com Frank Ned Santa Cruz, advogado e mestre em Gestão de Riscos e Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB), em menos de três anos de funcionamento o Pix conseguiu transformar a maneira como os brasileiros fazem pagamentos e transferências. “É um meio de pagamento inevitável dentro de uma sociedade global de dados de alta conectividade”, destaca. 

Melhoria no serviço

Segundo a advogada especialista em direito bancário e presidente da Comissão de Direito Bancário da ABA-MT, Angélica Anai Angulo, através do Pix automático, a sociedade terá muito mais facilidade, democratização e acesso ampliado a pagamentos e transferências, facilitando muito mais todas as operações que envolvem pagamentos.

“O Pix Automático permitirá ao usuário programar o pagamento de diversos tipos de conta, como as de água, luz, internet e aluguel para que na data especificada a quantia devida seja debitada, bem como acontece hoje no débito automático”, explica

Na opinião da jornalista Ana Karolline Rodrigues, o pix Automático pode ser uma boa alternativa. “Como eu já tenho esse hábito de sempre pagar no débito, já tenho algumas contas, algumas assinaturas, por exemplo, que elas já vêm no débito automático. Então eu imagino que com o Pix automático possa ser positivo também nesse sentido de eu conseguir me planejar”, conta.

O conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, Adriano Marrocos, acredita que o Pix Automático é um passo para a educação financeira. “Nesse cenário de contas virtuais, pagamentos à vista online e offline, parcelamento e agendamento por PIX, redução significativa de cartões de débito e crédito, seria muito importante que as escolas incluíssem disciplinas ou atividades complementares com foco na educação para a gestão financeira”, ressalta.

Marrocos ainda destaca: “Para quem vende, a operação terá menor custo do que emissão de boletos e taxas pagas às administradoras de cartões. Será vantagem e trará melhoria para todos”, aponta.

O advogado e mestre em Gestão de Riscos e Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB), Frank Ned Santa Cruz, diz que o recurso vai facilitar a gestão financeira de pagamentos das pessoas. “Isso melhora a oferta de serviço e reduz em alguma medida a inadimplência. Então essa, entre outras, é uma melhoria do sistema”, salienta.

Atenção na hora de usar o Pix automático

Mesmo com todas as vantagens, os analistas dizem que as pessoas devem ter cuidado na hora de usar o Pix Automático. Frank Ned Santa Cruz, advogado e mestre em Gestão de Riscos e Inteligência Artificial da Universidade de Brasília (UnB), diz que todo tipo de operação no espaço digital requer não só mecanismos de segurança maior, mas também atenção por parte do usuário.

“A maioria das fraudes ocorre em virtude do comportamento do usuário então, muitas vezes, o usuário acaba se iludindo com certas ofertas, acaba passando dados pessoais a terceiros, e dessa forma fica vulnerável à fraude”. O especialista ainda dá algumas dicas: 

“Tenha certeza de que o sistema operacional dele, seja um celular, um tablet ou um computador, esteja sempre atualizado com a última versão do fabricante. Isso ajuda a corrigir falhas de segurança. Mantenha um antivírus confiável instalado no seu dispositivo e evite fazer o download de aplicativos de fontes desconhecidas ou não confiáveis”, esclarece.

Em caso de golpe, Frank Ned orienta: “É importante notificar a instituição bancária, informar que foi feito o registro de ocorrência e o número desse registro, notificar a sua rede de relacionamento para que esses dados não tentem envolver a sua rede em golpes”, alerta.

Ele ainda reforça: “A população tem que ficar mais atenta e acompanhar muito proximamente o histórico de transação, para ver ali se realmente as transações que estão sendo realizadas são aquelas que foram autorizadas e se não há algo ali suspeito”, observa.

Pix Automático

O Banco Central informa que o recurso vai estar disponível gratuitamente para a população. Ele poderá ser tarifado apenas no recebimento pelas empresas. A medida está em negociação na agenda futura da instituição monetária.

Entre as facilidades apresentadas pelo Pix Automático está o off-line, que deve compreender o pagamento de pedágios e transporte público. As possibilidades de transações internacionais também estão em estudo, mas ainda não tem prazo para entrar em funcionamento. 

Além disso, o BC estima que a padronização de regras, de procedimentos operacionais e de fluxos informacionais e financeiros trará mais eficiência ao processo, simplificando a operacionalização e o controle de cobrança e reduzindo os custos para os recebedores. 

De acordo com a instituição financeira, o recurso deve ser utilizado por empresas concessionárias de serviço público e por empresas que ofertem produtos ou serviços que demandem pagamentos recorrentes, como instituições de ensino, academias, clubes de assinatura (on-line e offline), serviços de streaming, planos de saúde, seguros, administradores de condomínios, clubes, portais de notícia, operações de crédito, entre outros.

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10/09/2023 00:30h

Um terço das transações bancárias no país são feitas pelo sistema eletrônico, que prevê novidades, como o Pix Automático, nos próximos meses

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O Pix ainda não completou 3 anos, mas muita gente nem se lembra como eram feitas as transferências bancárias antes dele. Aliás, segundo informações do Banco Central, 71,5 milhões de pessoas que nunca haviam feito uma transferência bancária na vida passaram a usar o sistema digital para fazer essas transações. Isso abriu o sistema financeiro para milhões de pessoas.

A secretária Bruna Napoli, de Cascável (PR), sempre usou a tecnologia bancária para pagamentos, mas, segundo ela, nada comparado à “era do Pix”. Ela costuma dizer que “vive de Pix”.

“Todo tipo de conta que é possível pagar com o Pix, eu pago. Desde mercado, gasolina, algumas contas como a de luz, restaurante. Eu praticamente aposentei meu cartão.”

O Pix foi criado em 2020, mas começou a ser desenvolvido lá atrás, em 2014, quando o Banco Central quis criar uma forma de transação mais barata e simplificada para o varejo. Seis anos mais tarde ele saiu do papel. Mas o sucesso foi imediato e desbancou — em pouco tempo —  as transferências (DOCs, TEDs) e o cheque. Hoje, em termos de volume de transações, só perde mesmo para o cartão de crédito.  

Um terço das transações bancárias brasileiras são feitas via Pix, o que substituiu as negociações em dinheiro e trouxe mais segurança, praticidade e economia para o comércio. É o que comenta a empresária Ana Aline Pereira.

“Mesmo algumas transações pequenas são feitas no Pix. E a facilidade do Pix é que a pessoa não precisa se preocupar de sair de casa com cartão, que tem aproximação, que vai ter algum risco, ser roubado. A pessoa leva o celular e resolve tudo com ele. E isso é uma praticidade que as pessoas estão adquirindo cada vez mais.”

Números do Pix

Os números que o Pix carrega não são apenas grandes, mas estão em pleno crescimento. Atualmente, segundo o BC, são feitos 3 bilhões de transações por mês pelo sistema instantâneo. 

 

Pix nas empresas

Quando foi lançado, o Pix representava apenas 5% das transações das empresas. Em dezembro de 2022, já eram 24%, e vem aumentando desde então. O pagamento com QR code facilitou ainda mais essas transações. Hoje, mais de 70% das empresas com relacionamento bancário usam o Pix. 

Segundo o advogado Marcelo Godke, especialista em direito bancário e professor da FAAP, a popularidade do Pix pode ser atribuída a alguns fatores, como o barateamento das transações. 

“Não há o pagamento de uma taxa, que às vezes até ultrapassa 5% do valor do produto vendido. Então para o estabelecimento ficou muito barato, ele paga uma pequena taxa para o seu banco, para usar o Pix, e poder receber dinheiro, mas ele não paga os 5% de cada operação cursada.”

A empresária Ana Aline também cita esse barateamento como uma das grandes vantagens.

“O Pix diminuiu o trânsito de dinheiro e também diminuiu um pouco o nosso custo, porque recebendo via Pix a gente deixa de pagar a taxa do cartão de débito, o que é positivo para a gente.”

Segundo o Banco Central, desde o lançamento dessa funcionalidade, já se previa uma grande adesão das pessoas graças a facilidades como: o agendamento de transações, os pagamentos com vencimento, a sincronização com a agenda do celular. Mais tarde ainda surgiram o Pix Saque e o Pix Troco. Para o advogado Marcelo Godke, esses são alguns dos fatores que ajudaram a popularizar o Pix.

“Uma questão cultural é que as gerações mais novas se acostumaram muito rapidamente a usar o Pix, elas têm uma facilidade muito grande. O facilitador de ter toda a vida ali no celular, a pessoa não tem que sair com uma carteira cheia de cartões, ela sai com o celular que faz o Pix.”

Segurança

Para aprimorar a segurança do sistema, pouco tempo depois de lançado, o limite de transações noturnas foi limitado. Mas, pela própria natureza do Pix, toda transação feita por ele é praticamente irreversível: “uma vez que o dinheiro foi enviado, é muito difícil reavê-lo” , explica o advogado. 

“Em primeiro lugar, a pessoa tem que tomar muito cuidado e se certificar de que ela está transferindo para a pessoa certa. Segundo, como via de regra a gente faz o Pix por meio de um dispositivo móvel, a gente tem que redobrar a atenção com esse dispositivo. A minha sugestão é a pessoa redobrar o cuidado dela com o dispositivo móvel de uma lado, e de outro, instalar algum aplicativo que exija uma pré-senha, ou seja, uma senha antes de acessar o aplicativo do banco para digitar a senha do app do banco.”

Agenda evolutiva do Pix

O próximo lançamento é o Pix Automático, que vai possibilitar que sejam feitos pagamentos recorrentes por esse meio de transação.

O advogado Marcelo Godke explica que essa novidade vai substituir uma série de serviços de natureza bancária — voltado para transferência de dinheiro e meios de pagamento — e tudo isso deve convergir para o Pix.

"Essa modalidade do Pix deve substituir o boleto ou os agendamentos que a gente faz de contas que são pagas reiteradamente, por exemplo: conta de água, luz, cartão de crédito, internet, que todo mês vem uma fatura. A gente coloca no débito automático e agora esse agendamento vai poder ser feito de maneira automática. Colocando no Pix Automático, ele vai substituir esse agendamento que hoje a gente faz por boleto ou em relação a essas contas que a gente recebe reiteradamente." 

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10/07/2023 19:15h

Só no mês de maio, foram 3 bilhões 190 milhões e 353 mil transações — segundo o BC

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O Pix é uma ferramenta que veio revolucionar o mercado brasileiro. Seja pela praticidade ou rapidez, a modalidade de pagamento despertou o interesse de muita gente. Só no mês de maio, foram 3 bilhões 190 milhões e 353 mil de transações, segundo dados do Banco Central. Ele permite que os recursos sejam transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia e pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Mas ainda que a plataforma seja segura, o Pix abriu espaço para a realização de diversas fraudes.

O professor especialista em direito digital, Marcos Tupinambá, diz que criminosos estão cada vez mais se especializando em novos golpes utilizando a ferramenta. 

“Apesar do sistema ser muito seguro e muito bem elaborado, diversas fraudes surgiram com o tempo utilizando o sistema do pix, como por exemplo, o whatsapp falso, no qual alguém pede uma transferência dizendo ser um filho, uma mãe, então é sempre importante verificar quem é essa pessoa que está pedindo dinheiro”, ressalta.

Entre os crimes mais comuns, o especialista destaca as falsas centrais de atendimento que se passam por bancos, vendedores de produtos ou até mesmo grandes empresas, que entram em contato para fazer uma oferta e fornecem um pix para pagamento; e as empresas com páginas falsas na internet que também procuram oferecer produtos e serviços com pagamento via pix. “Se é uma empresa que está fazendo isso o destinatário do pagamento tem que ser a própria empresa, nunca uma pessoa física. Desconfie sempre quando uma empresa pedir um pagamento para uma pessoa física”, orienta.

De acordo com a Polícia Civil-DF, não existem relatórios criminais estatísticos sobre o golpe do pix. O tipo penal do crime depende das circunstâncias do fato. Eles alegam que não é possível afirmar que todo "golpe do pix" é um determinado tipo penal. A autoridade policial analisa o fato individualmente na hora de definir qual crime se adequa mais ao caso. O “golpe do pix” pode ser enquadrado, por exemplo, como um crime de estelionato. Segundo a Polícia Civil-DF, é um dos crimes mais comuns para esse tipo de fraude. Até o momento, já foram registrados 15.190 casos de estelionato no Distrito Federal. A capital federal do país, Brasília, apresentou o maior número com 2.090 notificações.

O professor Marcos Tupinambá faz uma alerta: “A grande dica é a atenção acima de tudo. A atenção pode evitar muitas falhas, pode evitar muitos golpes, pode evitar muitas fraudes. Verifique quem é o destinatário, verifique qual o valor, verifique sempre se o valor está correto conforme o que foi combinado, e por outro lado, verifique se o valor foi enviado corretamente, se veio da pessoa certa que disse que receberia. Com bastante atenção nós podemos diminuir muito o número de fraudes por pix”, reforça.
 

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