ApexBrasil

27/09/2024 01:00h

Empresário participou de programa de capacitação da ApexBrasil e hoje tem contrato para exportar para o Chile

Baixar áudio

As exportações de produtos da floricultura brasileira registraram queda de 6,15% entre 2011 e 2023. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o setor faturou US$ 28,29 milhões com exportações em 2011, resultado que caiu para US$ 14,41 milhões em 2023. Segundo um estudo do Instituto de Economia Agrícola, a pandemia de Covid-19 impactou o setor de flores e plantas ornamentais não só no Brasil, mas no mundo todo. 

Em meio a esse cenário desafiador, empresas como a Nova Planta — especializada na produção de mudas in vitro — encontraram oportunidades de crescimento no mercado externo, graças ao apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

A Nova Planta foi fundada pelo paraense Rodrigo Cordeiro em 2019 e, além das ornamentais, também produz mudas de plantas nativas, aromáticas, frutíferas, florestais, condimentares e medicinais. A ideia do negócio surgiu na faculdade, quando Rodrigo, que é técnico em meio ambiente, resolveu transformar o cultivo de plantas in vitro em algo rentável.

“Começou com uma ideia de uma coisa que eu já fazia pessoalmente, para ganhar dinheiro no Pará. Sabe quando você faz uma coisa e fala assim: ‘nossa, eu amo essa coisa, eu quero fazer isso aqui, eu vou estudar isso aqui’. Eu encontrei a professora Suzana, que foi minha orientadora durante quase toda a universidade. Hoje ela é minha sócia. Aprendi muito no laboratório dela. Então, a gente fez uma parceria e abrimos a Nova Planta, que até hoje está no mercado, desde 2019.”

A Nova Planta passou de uma produção inicial de 1.500 mudas por mês para 20 mil atualmente. Hoje, além da produção das mudas in vitro, o negócio também desenvolve protocolos de testes de viabilidade de sementes, limpeza clonal, pesquisas, ministra cursos para cultura de tecidos vegetais e presta consultorias e capacitações para laboratórios de micropropagação in vitro. 

Internacionalização

A ideia de vender os produtos e serviços da Nova Planta surgiu logo no início da empresa, quando um pedido da Turquia fez com que o empresário corresse atrás de ajuda para dar conta da demanda desafiadora. 

"A gente estava bem no comecinho e um turco pediu 100 mil mudas. É um pedido grande até para uma empresa média. Vi que a gente tinha potencial, mas ficamos meio assim, porque não sabíamos exportar. Eu liguei para o Sebrae e eles me indicaram a Apex."

Após se capacitar em um programa da ApexBrasil, Rodrigo sentiu segurança para firmar um contrato de venda para o Chile e hoje não se intimida mais em alcançar o mercado de outros países.

“A Apex eu digo que é igual a uma mãe, porque a gente já terminou [a capacitação], mas a gente continua participando de capacitação, eventos. Então, na minha cabeça, não terminou. Terminou a capacitação, mas o nosso relacionamento não acabou.”

Soluções

Uma das soluções que a ApexBrasil oferece para empresas que querem expandir as operações para o exterior é a Orientação de Mercado Local para Internacionalização

Por meio de equipes e rede de parceiros e fornecedores, a ApexBrasil oferece informações para subsidiar a escolha do local de operação, redução dos riscos de implementação do negócio lá fora, análise sobre o modelo de negócios para o país-alvo e engajamento da equipe.

Para outras informações sobre a Orientação de Mercado Local para Internacionalização, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Exportar parecia um bicho de sete cabeças, mas o Peiex nos preparou para o mercado internacional", diz empreendedora

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: confira a trajetória de sucesso do empresário que, em 5 anos, superou falência, vendaval e depressão

Copiar textoCopiar o texto
26/09/2024 03:04h

Depois da Alemanha, hidromel da Amazônia conquista outros quatro mercados internacionais com apoio das Rodadas de Negócios intermediadas pela ApexBrasil

Baixar áudio

Em Belém do Pará, uma engenheira de produção percebeu uma lacuna na produção de meliponicultura de pequenos produtores paraenses. O mel das abelhas sem ferrão, apesar de ter uma excelente qualidade, possui 40% mais de água e um teor de acidez mais alto que o mel tradicional, o que o descaracteriza no padrão da legislação brasileira. 

Mesmo com fomento e capacitação, no final da colheita, os produtores não tinham para quem vender. Foi então que, em 2019, Ana Lídia Zoni Ribeiro teve a ideia de transformar esse tipo de mel em uma bebida: o Hidromel Uruçun da Amazônia, que hoje — com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — já tem contrato fechado com cinco países para exportar o produto.

A produção começou com apenas 19 litros de hidromel, enquanto a empreendedora pôde analisar o gosto dos clientes pela bebida e fazer as alterações necessárias. “Até 2021, a gente conseguiu chegar na formulação que hoje é entregue ao mercado”, explica Ana Lídia.

Hoje, o Hidromel Uruçun da Amazônia pode ser encontrado nos principais pontos turísticos de Belém, além de restaurantes finos, delicatessens, empórios e vinícolas. Além disso, a empresa conseguiu colocar o produto no mercado internacional. “Hoje 25% da minha produção é feita para dentro do Brasil e o restante é totalmente para exportação”, detalha a empreendedora.

Internacionalização

As primeiras vendas internacionais foram feitas para Alemanha, após Ana Lídia participar de um programa de capacitação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Durante as aulas, ela chegou à conclusão, juntamente com a equipe da Apex, que a Alemanha seria o mercado-alvo das exportações. 

Na mesma época, um turista alemão experimentou o Hidromel Uruçun em um dos pontos de venda em Belém e ficou apaixonado pela bebida. No dia seguinte, ele procurou Ana Lídia para propor uma parceria para importar a bebida para a Alemanha. Em função do apoio da ApexBrasil, a empreendedora conta que já estava preparada para exportar. 

“A gente já tinha preço, sabia sobre a questão dos pallets, quantidade de garrafas. A gente já sabia também da questão cultural deles, porque cada país tem algumas restrições quanto ao comportamento. E, realmente, ‘deu match’.”

Em 2023, a Hidromel Uruçun da Amazônia deu mais um passo na internacionalização e passou a exportar para Cidade do Cabo, na África do Sul. E em 2024, a convite da ApexBrasil, a empresa participou da feira internacional Expocomer, no Panamá.

“Foram 12 empresas daqui do Brasil para a Expocomer, no Panamá, e nós fomos a única empresa daqui do Norte do Brasil a participar. E eu consegui contato também com um grande distribuidor e vou ser a primeira empresa do Brasil a exportar bebida alcoólica para o Panamá.”

As negociações para expandir a internacionalização da Hidromel Uruçun da Amazônia não param por aí. Este ano, Ana Lídia participou de uma rodada de negócios intermediada pela ApexBrasil com compradores internacionais. “Eu fechei dois contratos. No primeiro dia, eu saí pulando no dia do evento que foi com a Índia e Portugal. Então, hoje, a gente está com a Alemanha, África do Sul, Panamá e, agora, Índia e Portugal”, comemora.

A CEO da Hidromel Uruçun da Amazônia destaca o apoio da ApexBrasil para encontrar os parceiros certos no mercado internacional.

“Eu posso agendar e falar assim: ‘Apex, me ajuda. Preciso saber, no continente asiático, quem consome hidromel’. Eles procuram esse mercado-chave para você, fazem esse contato junto com você, marcam uma entrevista em paralelo. Caso você não fale o idioma, eles fazem toda essa intermediação para você sem que você precise se deslocar para outro país, sem que você saia da sua casa, do seu país, do seu estado. E, sim, vira negócio e dá certo.”

Rodadas de Negócios

Por meio de reuniões com compradores, distribuidores e representantes de redes internacionais, a ApexBrasil faz a intermediação de Rodadas de Negócios para empresas brasileiras que querem internacionalizar seus produtos e serviços.

Nessas reuniões, a Apex faz o pareamento entre os negócios do Brasil e os compradores internacionais com maior potencial de fechar parcerias, além de preparar e capacitar os participantes.

Para saber mais sobre as Rodadas de Negócios, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas e soluções da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Exportar parecia um bicho de sete cabeças, mas o Peiex nos preparou para o mercado internacional", diz empreendedora

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: confira a trajetória de sucesso do empresário que, em 5 anos, superou falência, vendaval e depressão

Copiar textoCopiar o texto
25/09/2024 03:01h

CEO da Hidromel Uruçun da Amazônia já almejava entrar no mercado alemão após participar de qualificação da ApexBrasil, quando recebeu proposta de investidor-anjo da Alemanha

Baixar áudio

Engana-se quem pensa que o hidromel é uma bebida produzida apenas nos países nórdicos. No Brasil, uma empresa de Belém, no Pará, se especializou em produzir a bebida dos vikings a partir do mel das abelhas nativas sem ferrão. A Hidromel Uruçun da Amazônia foi fundada em 2019 pela engenheira de produção Ana Lídia Zoni Ribeiro, que identificou uma oportunidade de negócio por meio da meliponicultura de pequenos produtores paraenses.

Em busca de expandir o mercado, Ana Lídia participou do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o que foi fundamental para a internacionalização da empresa.

A empreendedora explica que a ideia do negócio surgiu quando ela identificou que o mel das abelhas sem ferrão, apesar de ter uma excelente qualidade, possui 40% mais de água e um teor de acidez mais alto que o mel tradicional, o que o descaracteriza no padrão da legislação brasileira. 

“Eu vi os órgãos fomentando, dando capacitação. E no final da colheita, eles colhiam o mel e não tinham para quem vender. Primeiramente pela questão da nossa logística, da nossa localização geográfica. São várias comunidades bem distantes da capital Belém do Pará, onde não tem acesso a telefone, internet, nada. E quando se vendia esse mel, era nas porteiras das propriedades. Então, eu pensei: por que não pegar o produto mel e transformar em hidromel?”

Em 2019, a produção começou com apenas 19 litros de hidromel, quando a empresa pôde analisar o gosto dos clientes pela bebida e fazer as alterações necessárias. “Até 2021, a gente conseguiu chegar na formulação que hoje é entregue ao mercado”, explica Ana Lídia.

Hoje o Hidromel Uruçun da Amazônia pode ser encontrado nos principais pontos turísticos de Belém, além de ter atingido o público A em restaurantes finos, nas delicatessen, empórios e vinícolas. “Então, a gente vê que realmente é um produto premium, é um produto diferenciado. Os apreciadores da alta gastronomia, o pessoal que é acostumado a tomar vinho, apreciadores, eu ganhei o gosto deles e vi que era possível”, conta.

Sintonia com a Alemanha

Quando a empresa se estruturou em 2021, Ana Lídia começou a fazer parcerias, “porque as empresas pequenas não crescem sozinhas”. Uma dessas parcerias foi com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ao participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex).

“A partir de cada aula, cada capacitação, os exercícios, as pesquisas, os estudos, fui vendo que realmente é possível, a exportação não é só para as grandes empresas, hoje a exportação também é para as pequenas empresas, para quem está começando.”

A CEO do Hidromel Uruçun conta que durante as aulas do Peiex chegou à conclusão, juntamente com a equipe da Apex, que a Alemanha seria o mercado alvo das exportações. 

Na mesma época, por coincidência, um turista alemão experimentou o Hidromel Uruçun em um dos pontos de venda em Belém e ficou apaixonado pela bebida.

“No outro dia ele ficou louco atrás de mim, me ligando e nós marcamos uma conversa no consulado da Alemanha, aqui em Belém, com a doutora Patrícia, e lá a gente foi conversando. Então procurei realmente alguém que pudesse nos ajudar, para que a gente tivesse uma conversa de confiança. E foi quando realmente tudo cresceu, porque no meu plano de negócio estruturado pela ApexBrasil, o mercado que eu realmente queria entrar era na Alemanha. Então, foi uma sintonia e uma sinergia muito grande, que no mesmo momento que eu estava me preparando para entrar no mercado da Alemanha, apareceu um investidor-anjo alemão para mim.”

Segundo Ana Lídia, por ter participado do Peiex ela já estava preparada para exportar para a Alemanha. “A gente já tinha preço, já sabia sobre a questão dos pallets, quantidade de garrafas. A gente já sabia também da questão cultural deles. Como eu deveria ir para lá para fazer negócio com as pessoas, porque cada país tem algumas restrições quanto ao comportamento, quanto à roupa, como faz para que tudo isso seja um sucesso. E realmente deu match”.

Da Alemanha, o parceiro exporta o Hidromel Uruçun da Amazônia para toda a Europa. Mas a internacionalização da bebida não parou por aí. Em 2023, a empresa conseguiu conquistar o mercado da África do Sul e, em 2024, fechou contrato com distribuidores do Panamá, Índia e Portugal.

Peiex

O Peiex é um programa de qualificação oferecido pela ApexBrasil para empresas que queiram iniciar o processo de exportação de produtos e serviços de forma segura e planejada. A iniciativa é implementada em todas as regiões do país por meio de parcerias com instituições de ensino, como universidades, parques tecnológicos ou Federações da Indústria. 

Durante a capacitação, os empreendedores contam com a orientação de profissionais especialistas em comércio exterior para tirar dúvidas como: a empresa está pronta para exportar? Qual é a melhor forma de fazer o produto chegar a determinado mercado? Como deve ser a negociação com o comprador internacional? Como definir o preço do produto para outro país? 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Exportar parecia um bicho de sete cabeças, mas o Peiex nos preparou para o mercado internacional", diz empreendedora

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: confira a trajetória de sucesso do empresário que, em 5 anos, superou falência, vendaval e depressão

Copiar textoCopiar o texto
19/09/2024 15:00h

A Da Tribu é especializada em joias produzidas com algodão ecológico banhado em borracha da Amazônia e conta com o apoio da ApexBrasil para vender as peças no mercado internacional

Baixar áudio

Uma empresa de acessórios sustentáveis e de impacto social em Belém do Pará consegue vender peças para outros países com o apoio do programa Mulheres e Negócios Internacionais, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A Da Tribu é especializada em joias produzidas com algodão ecológico banhado em borracha da Amazônia.

O negócio começou em 2010, quando Kátia Fagundes desenvolveu os primeiros acessórios — feitos de papel artesanal, crochê e diversos materiais sustentáveis — como forma de ter autonomia e garantir o sustento da casa e dos três filhos. Entre eles, a filha Tainah Fagundes se tornou sócia criativa da Da Tribu, contribuindo para o desenvolvimento de produtos inovadores e sustentáveis.

Durante a participação em uma feira de tecnologia social, em 2014, Tainah descobriu a borracha natural da Amazônia e decidiu agregar esse material na produção dos acessórios da Da Tribu.

“Eu e minha mãe queríamos fazer um negócio diferente com a borracha, que fosse inclusivo, participativo. Então foi dessa imersão da feira que a gente vai pra comunidade, ouve, entende, pesquisa sobre a borracha, contextualiza isso em uma forma de gerir que traga valores de uma ONG para dentro de um modelo de negócio de impacto com os valores da Amazônia, em uma relação mais humana, mais justa e sustentável.”

Desde então, a Da Tribu passou a contar com a parceria de famílias da comunidade de Cotijuba, distrito de Belém (PA).

“Hoje, os homens estão envolvidos na extração do látex e as mulheres estão na produção dos fios e tecidos e também na produção das joias orgânicas, junto com a minha mãe, que está na coordenação de todo o processo. O fazer da borracha é artesanal, predominantemente masculino, do corte da seringueira e tudo mais. Então, a gente está totalmente envolvido com essa relação da comunidade; a comunidade faz o manejo correto.”

Segundo Tainah, a Da Tribu tem um projeto de expansão para mais quatro comunidades mapeadas na Ilha de Marajó e nas outras ilhas de Belém. 

Internacionalização

Os primeiros sinais do potencial exportador do empreendimento surgiram quando os turistas estrangeiros, que visitavam Belém, compravam os acessórios da Da Tribu para levar aos países de origem. Mas, em 2018, se concretizaram as oportunidades de exportação das joias e dos fios e tecidos feitos de borracha natural. 

Tainah diz que no empreendedorismo de impacto social “não tem como não saber da ApexBrasil”. Por isso, ela já participou de vários programas e eventos promovidos pela agência, entre eles, o Mulheres e Negócios Internacionais. 

“A participação da Da Tribu nos programas e eventos da Apex — um espaço de visibilidade, de credibilidade — é muito relevante para a gente. Esses espaços de incentivo às feiras contribui e reforça o nosso crescimento, amadurecimento e presença no mercado internacional”, avalia.

A sócia criativa da Da Tribu detalha o que aprendeu com a Apex, que já coloca em prática no processo de exportação dos acessórios.

“Com certeza, a gente já coloca em prática esse olhar de como o mercado entende no rigor da qualidade, do acabamento, da precificação, do material todo adaptado para o idioma do comprador; a importância da Amazônia para esses mercados. Então, como a gente conta sobre esse diferencial todo e como mostrar isso no material. Com a Apex, a gente reforça o quanto a gente está bem alinhado, o que nos deixa seguros para essas oportunidades que vão surgindo.”

Hoje, a Da Tribu já exporta para México, Nova York (Estados Unidos), Canadá, Itália, França, Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra) e Argentina.

Mulheres e Negócios Internacionais

Criado em junho de 2023, o programa Mulheres e Negócios Internacionais é uma iniciativa da ApexBrasil com o objetivo de promover, qualificar, apoiar e potencializar as exportações de empresas lideradas por mulheres, por meio de cursos, rodadas de negócios e outras ações.

Desde o início do programa, já foram realizadas mais de 30 ações, com mais de 70 parceiros, resultando no crescimento de 33,4% no número de empresas apoiadas. A sócia criativa da Da Tribu, um dos negócios beneficiados pela iniciativa, recomenda a participação no programa para outras empreendedoras.

“Com certeza, o programa é muito importante para o amadurecimento do negócio. Mesmo que ele não esteja pronto ainda, é importante se preparar para quando a oportunidade chegar. Então é necessário esse suporte que o programa nos dá. É rico demais a gente estar ali estudando, se preparando enquanto empreendedora, dona de seu negócio, para entender como o mercado está demandando para não perder as oportunidades”, recomenda.

Para mais informações sobre o programa Mulheres e Negócios Internacionais, clique aqui. Para conhecer outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: Café da Serra da Canastra conquista mercados internacionais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Hoje, a gente consegue negociar com qualquer país", afirma dono de destilaria

Copiar textoCopiar o texto
18/09/2024 03:01h

Após aprimoramento de processo de exportação, o Memorial J. Borges pode eternizar as obras do xilógrafo, falecido em julho de 2024, por meio da venda para colecionadores e apreciadores brasileiros e estrangeiros

Baixar áudio

José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, foi um dos mais renomados mestres da xilogravura brasileira. Nascido em 20 de dezembro de 1935, na cidade de Bezerros, em Pernambuco, ele nos deixou em 26 de julho deste ano. Mas suas obras ficarão eternizadas no acervo do Memorial J. Borges, espaço onde ele trabalhava e expunha suas criações.

Inicialmente, os apreciadores e colecionadores da arte do xilógrafo tinham que ir até Bezerros para adquirir uma de suas matrizes e xilogravuras originais. Mas hoje, por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Memorial J. Borges consegue expandir o alcance de suas obras para além das fronteiras brasileiras.

Edna Silva, administradora do Memorial J. Borges, conta que, além da grande demanda de clientes brasileiros, sempre houve interesse de pessoas que queriam levar as obras do xilógrafo para fora do país. 

“Quando eu vim pra cá em 2010, além das obras dele já estarem no Brasil inteiro, eu vi que o pessoal pedia muito para exportar. E nós não tínhamos ideia de como isso acontecia. Eu só conseguia vender se fosse em pouca quantidade.”

As primeiras obras a atravessarem a fronteira do Brasil foram transportadas pelos correios e eram enviadas em poucas unidades, como se fossem presentes. “Eu não tinha noção que poderia ser exportado por transportadora, que teria a questão do invoice. Então, era somente isso”, conta a administradora que, na época, não sabia sobre o documento que deve ser emitido em transações comerciais internacionais, como se fosse uma nota fiscal.

Arte brasileira pelo mundo

Logo após a pandemia, Edna fez um curso de capacitação com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). A administradora do Memorial J. Borges detalha a diferença no processo de exportação após se capacitar. 

“Foi quando tivemos o contato com a Apex, que eu entendi que precisava ter um invoice. Nós começamos a vender para lojistas também, porque aprendemos a fazer esse processo. Começamos a enviar para o transportador, que não sabíamos que conseguia enviar. Então, isso tudo, eu consegui adquirir esse conhecimento por meio do curso que eu fiz com a Apex.”

A administradora conta que, quando começou, o Memorial J. Borges ainda não tinha site, redes sociais ou e-mail. Com os conhecimentos adquiridos no Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), o empreendimento aprimorou a divulgação das obras por meio dessa vitrine virtual com acesso para o mundo inteiro.

“Hoje nós temos um site; só que pelo site ainda não vêm [clientes] de fora. Eles vêm por meio do Instagram. Às vezes, eles estão em um restaurante, encontram a obra de Borges e pegam o contato. E eu acredito que 90% vêm pelo Instagram, porque nós expomos as obras de Borges e eles sempre perguntam: ‘ah, manda para o exterior?’ Os lojistas, a mesma coisa.”

Segundo Edna, o aprimoramento da exportação ajudou, inclusive, a aumentar a visibilidade do artista no mercado interno. 

“Muitas pessoas da região não têm noção do quão longe vai a obra de Borges, a obra de nossos artistas. Então, com certeza, isso influenciou muito, porque eles viram que não é uma arte que fica só aqui. Ela é admirada no mundo inteiro.”

Ela também lembra da satisfação que o próprio artista sentia ao saber que sua obra era reconhecida no mundo todo. 

“‘Ah, Borges, hoje veio uma pessoa lá de Oslo e está querendo comprar a sua gravura. Assina aqui. Outra veio de Portugal, outra veio da França, outra veio da Suíça, outra veio dos Estados Unidos’. Então ele ficava admirado. Ele falava: ‘nossa, minha gravura está aí’. Eu dizia: ‘está. Está indo bem longe’.”

Peiex

O Peiex oferece capacitação para empreendedores de todos os portes que querem começar a exportar de forma planejada e segura. Por meio do programa da ApexBrasil, o empresário recebe um diagnóstico detalhado do negócio, além de um plano de exportação personalizado, com as etapas necessárias para que a empresa se torne apta a exportar.

Entre 2021 e 2023, o Peiex treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 realizaram exportações, gerando uma receita de US$ 3,16 bilhões.

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Exportar parecia um bicho de sete cabeças, mas o Peiex nos preparou para o mercado internacional", diz empreendedora

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: confira a trajetória de sucesso do empresário que, em 5 anos, superou falência, vendaval e depressão

Copiar textoCopiar o texto
16/09/2024 03:07h

Indicação Geográfica do café do Cerrado Mineiro é diferencial competitivo no comércio exterior. Apoio da ApexBrasil ajudou produtor no contato com potenciais compradores globais

Baixar áudio

 

Há cinco anos, o produtor agrícola Edson Luiz Ignacio decidiu diversificar os negócios. Em meio ao Cerrado Mineiro, mais especificamente no município de Tapira, ele adquiriu uma pedaço de terra para dar início à produção de cafés especiais. De 2019 para cá,  a Fazenda São Pedro da Canastra já tem plantados cerca de 500 hectares de grãos arábicos.

Segundo Warley Oliveira, administrador da fazenda, desde o projeto inicial do empreendimento, o objetivo era exportar os grãos. “Cafés produzidos em elevadas altitudes oferecem uma qualidade melhor. Foi justamente por isso que teve essa escolha de se produzir café na Serra da Canastra. Então, o projeto já foi desenhado com foco na produção de cafés especiais, com foco na exportação”.

No ano passado, ocorreu a primeira safra da Fazenda São Pedro da Canastra e os cafés colhidos já encontraram destino no exterior graças ao apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Em novembro de 2023, a Apex intermediou um encontro entre cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro com um grupo de 12 potenciais compradores internacionais da África do Sul, Arábia Saudita, China, Índia, Moçambique, Polônia, Portugal e Rússia. 

“O ano passado foi a primeira safra. Então, nós já estávamos de olho em várias ações e, quando teve a oportunidade de participar desse evento da Apex, nós buscamos apresentar os melhores cafés que tínhamos na safra. Então, vários compradores provaram, nós recebemos ótimos feedbacks e conseguimos concretizar esse negócio com clientes da China, que foi, no momento, um preço muito interessante para ocasião”, conta Warley Oliveira.

Identificação Geográfica

Os cafés produzidos na região do Cerrado Mineiro, incluindo os grãos da Fazenda São Pedro da Canastra, foram os primeiros no mundo a receberem o selo de Indicação Geográfica na modalidade Denominação de Origem. Isso significa que características naturais — como clima, solo, relevo, saber-fazer específico — só serão encontradas no café dessa região. 

Para Warley Oliveira, ter o selo de Denominação de Origem garante vantagens competitivas no comércio internacional.

“Hoje praticamente todos os nossos cafés, que são para exportação, saem com o selo Cerrado Mineiro. O nosso importador exige que todos os cafés saiam com isso. Então, para a gente foi muito bom. Ele saiu na frente de vários outros países, outras regiões também.”

O administrador da Fazenda São Pedro da Canastra destaca a importância do trabalho da Apex ao trazer os compradores internacionais para conhecerem pessoalmente o diferencial dos grãos do Cerrado Mineiro.

“Acho super importante, super válido estar trazendo o pessoal para conhecer, porque ninguém sabe produzir café como nós sabemos. Ninguém tem a tecnologia e a expertise que nós temos para produzir café de altíssima qualidade e com consistência e volume. Então, o cliente vendo isso, de forma indireta, a gente acaba tendo um ganho.”

Além da venda para a China, hoje o café São Pedro da Canastra também exporta para a Polônia, Holanda, Austrália, Alemanha, Nova Zelândia e já está em fase avançada de negociação com clientes nos Estados Unidos.

Brasil na Vitrine

A exportação do café São Pedro da Canastra para a China vai ao encontro da assinatura de um Protocolo de Intenções entre o governo brasileiro e a Luckin Coffee, uma das maiores redes chinesas de café. O acordo prevê a compra pela rede de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro, em uma transação avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

A ação faz parte do programa Brasil na Vitrine, da Apex, que oferece oportunidades aos empreendedores de se inserirem no mercado internacional, por meio da promoção subsidiada e estruturada de produtos brasileiros em redes de varejo no mundo todo.

Para saber mais sobre outros programas e soluções da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
 

Copiar textoCopiar o texto
14/09/2024 12:00h

O empreendedor Odilson Rech é da quarta geração de uma família que fez da produção da cachaça e de outras bebidas alcoólicas sua principal fonte de renda. Antes tímida, exportação voltou a crescer após ele participar de programa de qualificação da ApexBrasil

Baixar áudio

O empreendedor Odilson Rech faz parte da quarta geração de uma família que tem na produção de cachaça a sua principal fonte de renda há mais de 85 anos. Recentemente, a Destilaria Rech, localizada em Luiz Alves (SC), deu um importante passo em sua trajetória ao participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Esse envolvimento foi fundamental para preparar a empresa para atender às exigências do mercado internacional, abrindo novas oportunidades de negócios fora do país.

Originalmente, o bisavô de Odilson, fundador da destilaria em 1938, pretendia produzir e comercializar açúcar mascavo, mas isso durou pouco tempo. "O açúcar mascavo era a renda principal e a cachaça era um subproduto desse açúcar. Só que a demanda por cachaça foi aumentando e acabou que o açúcar mascavo ficou em segundo plano e a renda principal se tornou a cachaça. Desde então, a gente vem inovando e aperfeiçoando o processo produtivo para melhorar ainda mais a qualidade", conta. 

A longa experiência da família com a destilaria e a busca constante por aperfeiçoamento se reflete na qualidade do produto, reconhecida em concursos nacionais e internacionais. Segundo Rech, a empresa já conquistou 19 premiações em disputas internas e externas — a maior parte em primeiro lugar —, sendo que, em 2019, conseguiu um duplo ouro em um concurso mundial realizado na Bélgica. 

Ao ver que os turistas do exterior que visitavam a destilaria se apaixonavam pela cachaça e levavam o produto para seus países de origem, o empreendedor passou a enxergar o mercado estrangeiro como uma oportunidade de ampliar o negócio. 

Rech conta que começou a exportar alguns anos antes da pandemia da Covid-19, mas que a venda de cachaça, aguardente e outros destilados para outros países ganhou força depois que ele conheceu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

O empresário conta que participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) o ajudou a se sentir preparado para as exigências de compradores de diferentes países. 

"A virada de chave que aconteceu com a Apex foi que a Destilaria Rech está preparada para a exportação. Isso abriu muitas portas. Hoje, a gente consegue negociar com qualquer país. A gente já tem mais dois possíveis contatos. Acredito que até final do ano a gente consiga exportar, além dos Estados Unidos, para a Alemanha também. É um mercado que a gente sonha, porque  as nossas raízes são de lá", afirma. 

Segundo o empreendedor, fazer negócio com outros países ajudou a dar mais credibilidade à destilaria entre os próprios brasileiros. "Muitos clientes pensam: 'esse produto está sendo exportado, então eles têm um produto legal'", diz. 

A procura pela cachaça familiar aumentou significativamente também como consequência das vendas para o mercado externo. Para atender à demanda, a empresa passou a fabricar dois mil litros de cachaça por dia, ante os mil e duzentos litros que produzia antes. 

Peiex

O Peiex capacita representantes de empresas de todos os portes a entender o funcionamento do mercado internacional e a ajustar seus negócios para a exportação. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Exportar parecia um bicho de sete cabeças, mas o Peiex nos preparou para o mercado internacional", diz empreendedora

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: confira a trajetória de sucesso do empresário que, em 5 anos, superou falência, vendaval e depressão

Copiar textoCopiar o texto
12/09/2024 04:07h

Fundadora da Saboaria Rondônia, Mareilde Freire de Almeida se capacitou junto à ApexBrasil e hoje exporta cosméticos com os cheiros da Amazônia

Baixar áudio

A empreendedora Mareilde Freire de Almeida acreditava que sua empresa de cosméticos sediada em Ouro Preto do Oeste, interior de Rondônia, estava fadada a um mero alcance regional, quiçá nacional. Para a administradora, exportar era coisa "só para os grandes". 

A virada de chave da Saboaria Rondônia — empresa fundada por mulheres empreendedoras rurais — aconteceu quando Mareilde conheceu os programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil

"No início, eu acreditava que a gente fosse regional, nacionalmente. O internacionalmente eu ainda confesso que carregava que seria só para os grandes. A partir desse contato com a Apex, que desmistifica que exportar também é para o pequeno, tudo se visualiza, o encantamento, aquela vontade de levar ao mundo essa transformação que a gente vem fazendo aqui na vida das pessoas", afirma. 

Após se capacitar em programas da Apex, Mareilde afirma que continuou contando com o apoio da agência para expandir os negócios da Saboaria Rondônia para fora do Brasil.

“Já começamos a participar de reuniões e a Apex sendo a intermediadora disso. Então é importante que o empreendedor já comece a estreitar esse relacionamento com a Apex desde o início para ganhar mais rápido ainda esse alcance de mercado.”

Hoje, a Saboaria Rondônia vende seus produtos fabricados a partir da biodiversidade amazônica para outros países, conta Mareilde. 

"Por meio da Apex, a gente conseguiu ganhar alguns mercados fora do Brasil. No futuro, eu vejo cada vez mais laços bem estreitos para a gente poder levar essa nossa ideia, a riqueza da nossa biodiversidade, a força da mulher empreendedora e, em especial, a rural, o que sem a Apex se torna praticamente inviável, porque a gente enquanto Saboaria Rondônia, tão somente nós, não vamos conseguir criar essas pontes e a Apex é a fonte de construção dessas pontes", acredita.

De acordo com um estudo feito pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre 2008 e 2022, o número de pequenos negócios exportadores cresceu três vezes mais do que as médias a grandes empresas exportadoras. Durante esse período, a quantidade de micro e pequenas empresas brasileiras que passaram a vender para outros países aumentou 76,2%, saltando de 6,5 mil para 11,4 mil, revela o estudo.

Soluções

A ApexBrasil oferece uma série de soluções especializadas para os empreendedores que querem dar o primeiro passo em busca de novos negócios no exterior. Entre elas está a intermediação de Rodadas de Negócios, por meio de reuniões entre compradores, distribuidores e representantes de redes internacionais com empresas brasileiras que querem internacionalizar seus produtos e serviços.

Nessas reuniões, a Apex faz o pareamento entre empresas brasileiras e compradores internacionais com maior potencial de fechar negócio, além de preparar e capacitar os participantes.

Para saber mais sobre as Rodadas de Negócios, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas e soluções da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empresa que produz semijoias a partir da flora brasileira já vende para nove países

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empreendedora tocantinense mostra que exportar também é possível para micro e pequenos negócios

Copiar textoCopiar o texto
11/09/2024 00:01h

Contando com a cooperação de comunidades tradicionais, empresa produz cosméticos que carregam a qualidade e os aromas inconfundíveis da região amazônica. Depois de apoio da ApexBrasil, negócio passou a vender para outros países

Baixar áudio

Um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que iniciativas voltadas à bioeconomia inclusiva podem melhorar a qualidade de vida de 750 mil famílias na Amazônia. Esse potencial impacto positivo foi um dos motivadores para a Saboaria Rondônia, localizada em Ouro Preto do Oeste, no interior do estado, buscar o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). 

Por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), a empresa se capacitou para levar seus cosméticos, que capturam a essência e o aroma da região amazônica, para mercados internacionais. A Saboaria Rondônia deve seu sucesso à cooperação com comunidades indígenas e ribeirinhas, que fornecem os ingredientes essenciais para a produção de seus cosméticos de alta qualidade. 

Nesta nova matéria da série de reportagens sobre histórias inspiradoras de empreendedores brasileiros que decidiram exportar seus produtos, conheça a trajetória da administradora e pós-graduada em cosmetologia Mareilde Freire de Almeida. 

Empreendedorismo feminino

Embora seja natural de Minas Gerais, foi em Rondônia — onde vive há quase 50 anos — que ela deu início à primeira indústria de cosméticos do estado, gerenciada por mulheres rurais, ainda no ano de 2015. "Eu entendi que a riqueza da nossa biodiversidade pode ser transformada em solução. Inicialmente, eu estendi esse convite às mulheres da minha família, em especial as que estão no contexto rural", recorda. 

Os gargalos logísticos e a precariedade de acesso a serviços simples, como à internet, não impediram que a fabricação de cosméticos com a cara da Amazônia continuasse. "Nós estávamos determinadas a fazer a diferença".

Por trás de cada xampu, condicionador, creme e outros produtos de beleza há uma mensagem valiosa, diz a fundadora da Saboaria Rondônia. "A gente começou a abordar comunidades ribeirinhas e indígenas e estamos criando a nossa rede de expansão para deixar um legado, fazer com que as pessoas entendam que manter a floresta em pé pode e deve ser rentável."

Da Amazônia para o mundo

A empreendedora acreditava que exportação era coisa para empresas de grande porte, mas diz que conhecer a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) mudou essa mentalidade. 

"A Apex representa para a minha empresa a "ponte" para fazer essa travessia, porque com o know-how e a capacitação que eles conseguem te dar, a gente teve muitas oportunidades e grandes resultados", afirma Mareilde. 

Ela conta que participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) foi importante para adquirir conhecimento e experiência em mercado internacional. Tudo isso contribuiu para que a Saboaria Rondônia conquistasse mercados fora do Brasil. 

"Eu mesma me qualifiquei no Peiex e a partir dali as portas começaram a ser abertas. A gente começou a participar de eventos a convite da Apex e, com essa visibilidade e toda essa capacitação, as coisas foram acontecendo. As pessoas tomaram conhecimento da Saboaria Rondônia — e aí a gente foi tecendo essas pontes para o alcance de novos horizontes. A Apex é de suma importância", declara. 

Peiex

Presente em todas as regiões do país, o Peiex orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa. 

O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca. 

Segundo a ApexBrasil, entre 2021 e 2023, o Peiex atendeu 5.334 empresas. Destas, 827 já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,16 bilhões. Para mais informações, acesse: www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empresa que produz semijoias a partir da flora brasileira já vende para nove países

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: empreendedora tocantinense mostra que exportar também é possível para micro e pequenos negócios

Copiar textoCopiar o texto
07/09/2024 00:01h

Fundadora da empresa tecnológica Autocoat, Viviane Nogueira destaca importância de programa de qualificação da ApexBrasil para internacionalização de seu negócio

Baixar áudio

A química Viviane Nogueira se deparou com um problema ao tentar avançar com sua pesquisa de doutorado em engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP). Mal sabia ela que, além de desenvolver a solução para a própria dificuldade, contribuiria com pesquisadores de outras áreas do conhecimento e encontraria uma oportunidade de negócio.

Foi durante esse processo que Viviane se deparou com o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que desempenharia um papel crucial em sua jornada.

"Eu trabalhava com dispositivos eletrônicos orgânicos e buscava uma técnica alternativa à técnica usualmente empregada para fazer películas finas de materiais em meio líquido. Eu desenvolvi equipamentos de sala de laboratório para resolver o problema da minha pesquisa de doutorado, mas depois eu descobri que esse meu problema era o problema de vários outros pesquisadores", conta. 

Ao criar o protótipo de um equipamento chamado blade coating, Viviane viu que outros pesquisadores ficaram interessados na novidade e que ali surgia uma oportunidade de negócio. Foi assim que, em 2020, surgiu a Autocoat — empresa de base tecnológica 100% brasileira. 

A técnica promissora consiste na deposição de soluções de materiais na forma de películas finas e tem inúmeras possibilidades de aplicação, que podem ir de medicamentos a sensores de alta tecnologia e telas de celular. A química exemplifica como o equipamento tem ajudado pesquisadores da área farmacêutica. 

"Geralmente, você toma um comprimido para dor de cabeça. Os pesquisadores estão transformando esse comprimido numa folhinha fina que você vai colocar na boca, vai dissolver e vai entrar direto na corrente sanguínea. Não vai passar pelo estômago. Vai ter um efeito mais rápido. É uma alternativa para solucionar alguns problemas. Tem pessoas que têm dificuldade de engolir comprimido. Esse é um dos exemplos de pesquisa que está sendo desenvolvida com a nossa tecnologia", ilustra. 

Limitação

Antes mesmo de a Autocoat entrar no mercado nacional, Viviane sabia que seria preciso buscar o mercado internacional, uma vez que os potenciais compradores dos equipamentos se resumiam a pesquisadores universitários ou de centros de pesquisa. "Toda oportunidade que a gente enxergava de conhecer o mercado internacional, a gente buscava participar", conta. 

Exportar passou a se tornar realidade para a empresa quando Viviane participou de uma palestra da ApexBrasil. No evento, ela conheceu o Programa de Qualificação para Exportação, o Peiex, iniciativa que prepara empreendedores brasileiros para entrarem no comércio internacional. 

"Uma fala do coordenador do programa me chamou atenção. Ele perguntou: 'Qual é o melhor momento para você participar do Peiex? Não é quando você já está certo de que o seu produto pode ganhar mercado externo. Comece bem antes, porque o processo de exportação é complexo e é bom você começar quando você ainda nem tem produto pronto'. A gente ainda não tinha entrado no mercado nacional, mas resolvi fazer a inscrição."

Segundo a empreendedora, o Peiex foi fundamental para que a Autocoat se preparasse para o mercado externo. "Esse processo de exportação parecia assim, bicho de sete cabeças. De fato, é bastante completo, mas o Peiex nos deu subsídios, nos forneceu informações, nos deixou um pouco mais preparados e seguros para entrar no mercado internacional", revela. 

A Autocoat entrou para valer no mercado nacional em 2022, mas já conseguiu exportar seus equipamentos para outros países. "Eu tenho na mente que no futuro eu vou viajar e ir para laboratórios no mundo onde vão ter nossos equipamentos, com a bandeirinha brasileira", projeta a fundadora da empresa. 

Peiex

O Peiex é uma das iniciativas da ApexBrasil para capacitar os empreendedores brasileiros a ingressarem no comércio internacional. De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões. 

Por meio do Peiex, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às exportações. 

Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: "Sem a Apex, a minha caminhada teria sido muito mais difícil e mais longa do que efetivamente foi", conta fundador de empresa de jogos digitais

HISTÓRIAS EXPORTADORAS: conheça trajetória da empresa Aleccra, do ramo de moda e vestuário, que se destacou com a moda praia em Santa Catarina

Copiar textoCopiar o texto