Temperatura

15/07/2025 20:10h

Inmet emite alerta de perigo para tempestades e perigo potencial de chuvas intensas no Rio Grande do Sul. Confira as áreas afetadas

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A previsão do tempo para a região Sul do país, nesta quarta-feira (16), é de instabilidades em diversos pontos. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de perigo para tempestades e perigo potencial de chuvas intensas no Rio Grande do Sul

Entre as áreas afetadas estão as regiões Sudoeste, Noroeste, Sudeste, Nordeste, Centro Ocidental e Centro Oriental Rio-grandenses, bem como a região Metropolitana de Porto Alegre.

Já em Santa Catarina, a previsão indica poucas nuvens ao longo do dia. Enquanto à noite, a maioria do território terá o céu encoberto, com possibilidade de pancadas de chuva isolada.

No Paraná, o tempo segue mais estável, com poucas nuvens durante o dia. No entanto, há previsão de chuva nas regiões do Oeste, Sudoeste, Centro-Sul e Sudeste Paranaense durante a noite, indicando mudanças nas condições atmosféricas para o fim do dia.

Entre as capitais, a temperatura mínima prevista é de 9 °C, em Curitiba. Já a máxima pode chegar até 24 °C, em Porto Alegre.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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15/07/2025 20:00h

Temperaturas variam entre 12 °C e 33 °C, sem previsão de chuva para a região

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A previsão do tempo para esta quarta-feira (16), na região Centro-Oeste do país é de predomínio de céu claro. Estas condições serão notadas no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso. Em Mato Grosso do Sul, o dia será de sol com poucas nuvens no céu.

Como típico da região no inverno, também não há previsão de chuva.

Entre as capitais, a temperatura mínima prevista é de 12 °C, em Brasília. Já a máxima pode chegar a até 33 °C, em Cuiabá. A umidade relativa do ar pode alcançar 85%.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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15/07/2025 19:50h

Com céu limpo, temperaturas variam entre 10 °C e 24 °C

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A região Sudeste do país terá algumas nuvens no horizonte, mas predominância de céu azul nesta quarta-feira (16). A condição será notada em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Em Minas Gerais, as regiões Norte e Noroeste de Minas e o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba apresentam céu claro, enquanto o restante do território terá poucas nuvens no céu.

Entre as capitais, a temperatura mínima prevista é de 10 °C, em São Paulo. Já a máxima pode chegar até 26 °C, em Belo Horizonte.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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15/07/2025 19:40h

Chuvas avançam em grande parte da Região Norte; sol predomina no Acre, Rondônia e Tocantins

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A previsão do tempo para a Região Norte do país, nesta quarta-feira (16), aponta risco de temporais pela manhã nos estados do Amazonas e Roraima.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, entre as áreas afetadas estão o Norte e Sul de Roraima; Norte, Centro e Sudoeste Amazonense; bem como o Baixo Amazonas. 

Durante a tarde, ambos os estados ainda registram chuvas em grande parte do território.

No Pará, também são esperadas chuvas, acompanhadas por trovoadas isoladas e grande cobertura de nuvens. 

Enquanto no Amapá, a região Norte do estado amanhecerá nublada e durante a tarde será coberta por chuvas e trovoadas isoladas. O restante do território prevalecerá com poucas nuvens no céu.

Em contraste, os estados do Acre, Rondônia e Tocantins devem registrar condições mais estáveis, com predomínio de sol e poucas nuvens no horizonte.

Entre as capitais, a temperatura mínima prevista é de 18 °C, em Rio Branco. Já a máxima pode chegar a até 34 °C, em Porto Velho.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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15/07/2025 19:30h

Com chuvas no litoral e tempo firme no interior, temperaturas variam entre 20°C e 35°C

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O tempo na região Nordeste do país apresenta variações significativas entre os estados nesta quarta-feira (16).

No Maranhão, a parte norte do território terá o céu encoberto por muitas nuvens, com ocorrência de pancadas de chuva e trovoadas isoladas. O restante do estado registra apenas baixa nebulosidade. 

Por outro lado, as regiões do Piauí e do Ceará, devem apresentar tempo firme, com predominância de céu claro e poucas nuvens.

Nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, o litoral terá céu encoberto e chance de chuva isolada, enquanto o interior será marcado por céu claro e poucas nuvens ao longo do dia.

Entre as capitais, a temperatura mínima prevista é de 20°C, em Maceió e João Pessoa. Já a máxima pode chegar até 35°C, em Teresina.

As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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18/02/2025 00:03h

RJ, ES, MG e RS devem apresentar temperaturas acima da média para o período por mais uma semana, alerta Inmet

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As altas temperaturas do verão brasileiro estão (e vão ficar) ainda mais elevadas. Pelo menos é essa a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) que prevê calor acima da média para grande parte do país esta semana. O destaque vai para capitais e regiões metropolitanas que já registraram recordes nas duas últimas ondas de calor deste verão: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

Sudeste, 40ºC

O verão carioca é famoso por superar os 40ºC, mas as altíssimas temperaturas vêm sendo frequentes e batendo sucessivos recordes, não só no Rio, mas também na região metropolitana. Tanto o Inmet quanto o Sistema Alerta Rio já indicaram que esta semana será de calor extremo, mais uma vez. Podendo, inclusive, superar a máxima já registrada em fevereiro de 2023, quando a cidade alcançou os 41,8ºC.

Mas segundo o meteorologista do Inmet Olívio Bahia, a previsão é de que na próxima quarta-feira (19) as temperaturas caiam um pouco. “Não é que caia para frio, mas a temperatura deve cair para cerca dos 36ºC, o que ainda é muito quente”, explica.

Para os próximos dias — pelo menos até a próxima quarta-feira (19) — atenções voltadas para estados do Sudeste. Além do Rio de Janeiro, capitais e regiões metropolitanas de Minas Gerais e do Espírito Santo, que devem ter temperaturas altas, em torno dos 38ºC. Mas o calorão não tende a ficar muito tempo, explica Bahia. 

“São dias quentes, mas a partir de quarta-feira essas temperaturas, ainda quentes, tendem a diminuir ligeiramente. Essa onda de calor tende a não se estabelecer.”

Outro alerta para os próximos dias, segundo o meteorologista, fica por conta das chuvas. Os temporais são previstos para o Sul do Brasil e devem ocorrer até quarta-feira com maior intensidade. 

Mais calor no Rio Grande do Sul

O estado gaúcho pode se preparar para mais uma temporada de calor extremo, segundo o Inmet. Por lá, as temperaturas devem voltar a superar os 40ºC a partir da próxima sexta-feira ( 21). 

“As temperaturas devem voltar a subir bastante em áreas da Argentina, Uruguai e Paraguai e essas temperaturas devem voltar a atingir as áreas do Rio Grande do Sul. Esse é um prognóstico um pouco mais prolongado que a gente está visualizando que pode se estabelecer, essas temperaturas beirando os 40ºC em algumas áreas, especialmente na região de fronteira com o Uruguai. A depender da continuidade dessas temperaturas — se perdurar por mais de cinco dias — podemos ter ondas de calor”, alerta o meteorologista.  

Se a previsão se concretizar, esta será a terceira onda de calor desde o início do ano. Em janeiro, a primeira onda de calor aconteceu entre 17 e 23 e, a segunda, entre os dias 2 e 12 de fevereiro, ambas no Rio Grande do Sul. Na segunda onda, o Inmet emitiu alerta vermelho de grande perigo que se estendeu a algumas áreas de Santa Catarina e Paraná. As temperaturas, durante a onda, ultrapassaram os 40°C em vários municípios gaúchos, como Quaraí (43°C) e Uruguaiana (41,3°C). Na capital, Porto Alegre, a temperatura máxima chegou a 39,3°C.

O que está aumentando as temperaturas?

Segundo o meteorologista, é importante lembrar que as altas temperaturas são normais nesta época, justamente por estarmos no verão “o período em que o sol ilumina mais o hemisfério Sul”. 

“Além do sol e temperaturas elevadas temos excesso de umidade, por isso temos as chuvas de verão.” Mas nos últimos dias outros fatores têm influenciado.

“Temos uma área de alta pressão sobre o oceano Atlântico e ela inibe e dificulta a formação de nuvens, com isso temos período de maior exposição do sol. Principalmente em Minas Gerais, áreas de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, leste do Nordeste brasileiro. Com maior exposição solar, a radiação chega até a superfície da Terra e aquece o ar próximo a ela.”

Olívio Bahia ainda explica que por não termos o filtro natural — a nebulosidade — é que as temperaturas acabam ficando acima da média. 

Calor, o maior perigo é a desidratação

Bebês, crianças e idosos são sempre os mais vulneráveis quando o assunto é calor e risco de desidratação. Mas em casos de temperaturas altas por muitos dias, as orientações valem para toda a população.

A médica do esporte Fernanda Angotti explica que, em dias de calor extremo, o ideal é evitar exposição ao sol entre o horário de pico, das 10h às 16h, principalmente atividades físicas. Aumentar o consumo de água, bebidas hidratantes, como água de coco e suco de frutas naturais, e manter uma uma alimentação leve é essencial.

“Use roupas que permitam a transpiração, como os tecidos de algodão e, se precisar sair de casa nos horários de temperaturas mais altas, leve uma garrafa de água, use boné ou chapéu e passe protetor solar".

Para quem pratica atividade física, a especialista ainda ressalta que é “fundamental escutar o corpo e, ao primeiro sinal de tontura, cansaço excessivo ou taquicardia, parar imediatamente o que está fazendo e se abrigar na sombra.

Esfriar o corpo com água fria ou gelo também ajuda a dissipar o calor e baixar a temperatura corpórea.

Em Brasília, para onde não há alerta de onda de calor, mas nos horários mais quentes do dia a máxima tem ultrapassado os 30ºC, o personal trainer e treinador de corrida Feldman Barcelos orienta que os alunos que treinam ao ar livre façam os exercícios de manhã, o mais cedo possível. 
 
“Até para treinar nos horários mais cedo, a gente entra com algumas recomendações: no dia anterior, hidratar bem, antes de sair de casa passar protetor e hidratar novamente para correr com o corpo já hidratado. Quando você corre com falta de água, você transpira mais com seu corpo tentando regular a temperatura, também acaba atrapalhando muito a resposta cardiovascular.” O treinador compara o corpo a um carro, que quando aquece demais, tende a parar. 

Onda de calor

A onda de calor é estabelecida quando se tem uma temperatura 5ºC acima da média para o período por, pelo menos, cinco dias consecutivos. O meteorologista Olívio Bahia explica que nem sempre o calorão atinge todos esses requisitos. “Mas isso não reduz a importância do calor, são dias mais quentes, mas às vezes, 4ºC graus acima da média, por exemplo.”

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24/09/2024 03:01h

Desmatamento, emissão de gases de efeito estufa e fenômenos naturais são apontados pelo Cemaden como causas da seca histórica

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A ação humana é uma das principais causas da seca mais severa da história do Brasil. Segundo análise mais recente do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a seca em 2024 é a de maior extensão e intensidade já registrada no país. Ao todo, são cerca de 5 milhões de km² com alguma condição de seca, o equivalente a 58% do território nacional. 

Entre as causas da seca recorde, estão:

  • as poucas precipitações no último período chuvoso, em decorrência do El Niño, não sendo capaz de repor os mananciais e a umidade do solo;
  • a intensificação da seca no inverno, que começou de forma antecipada, já no mês de abril, favorecendo a perda de umidade do solo e da vegetação;
  • as mudanças climáticas provocadas pelos gases de efeito estufa, que geram o aquecimento da atmosfera e provocam longas sequências de dias sem chuva;
  • o desmatamento para agricultura ou pastagem, degradando uma importante fonte de retenção da umidade do ar e do solo.

A professora Ana Ávila, pesquisadora do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri/Unicamp), explica que a ação do ser humano é fator importante para as mudanças climáticas, tanto para a seca extrema quanto para os grandes volumes de chuvas na Região Sul do país.

“A mudança de uso e ocupação do solo, o desmatamento das matas ciliares, tudo isso tem impactado as nascentes dos rios. O regime de chuvas vem mudando em função da emissão de gases de efeito estufa, que tende a prolongar os períodos de estiagem. E, por outro lado, os sistemas meteorológicos que provocam chuva passam mais rapidamente ou ficam mais retidos na Região Sul, com chuvas mais intensas, sobretudo na região dos Pampas, no Rio Grande do Sul, e pega um pouco a Argentina, o Uruguai.”

Seca nos biomas

Entre os biomas brasileiros, os mais afetados pela seca são a Amazônia e o Cerrado. Segundo o Cemaden, em agosto de 2024, vários estados desses biomas registraram seca extrema, como Mato Grosso, Acre e oeste do Amazonas. O município de Santa Isabel do Rio Negro (AM) enfrenta seca severa e extrema há 12 meses e a cidade de Apiacás (MT) registra essa condição há 10 meses.

A projeção para setembro também destaca várias localidades no Amazonas e Mato Grosso.

Seca - Agosto/Setembro 2024 (Média Municipal)

Imagem: CemadenImagem: Cemaden

Segundo a pesquisadora Ana Ávila, em geral, todos os biomas brasileiros foram afetados, especialmente pelas queimadas.

“É difícil a gente ter uma estimativa do quanto foi impactado sem ter uma análise mais criteriosa e nas diferentes especificidades. Então, a recuperação vai depender muito também de como as ações serão tomadas. Porque parte dessa queima, consequência dessa seca extrema, não vai regenerar, porque há uma intenção de exploração agrícola e pecuária. Então, parte se regenera, mas uma parte já não retoma em função desse interesse econômico.”

Secas e enchentes históricas

No passado da história do Brasil, outro período de seca levou à morte 500 mil pessoas de fome, sede e doenças. O período ficou conhecido como a Grande Seca e assolou a Região Nordeste entre os anos  de 1877 e 1879. No entanto, a climatologista Ana Ávila afirma que fenômenos extremos, como secas, chuvas, não têm periodicidade. 

“A Região Nordeste é uma região que, por si só, historicamente, tem o menor regime de chuvas. É a região que, com as mudanças climáticas, tende a ser muito impactada exatamente em função desse regime de chuvas que já castiga a região.”

Da mesma forma, nos anos 1940, as águas do lago Guaíba, no Rio Grande do Sul, transbordaram, o que deixou 70 mil pessoas desabrigadas. O número foi amplamente superado nas enchentes que ocorreram em 2024, quando mais de 500 mil pessoas ficaram desalojadas e todo o estado gaúcho foi amplamente afetado.

“Em 1940 houve chuvas por vários dias, volumosas, com impacto enorme, porém essa de agora, nesse volume, nessa proporção, não se compara à de 1940. Ela foi muito mais severa, com volume muito maior, em um período de tempo menor”, afirma Ana Ávila.

Segundo a pesquisadora, com as mudanças climáticas, os fenômenos severos devem ocorrer com mais frequência, intensidade e extensão.

“E o que a gente pode destacar é que esses eventos severos, por exemplo, como essa estiagem que a gente está vivendo agora, podem ser mais frequentes com as mudanças climáticas. Toda a região tropical do Brasil é altamente sensível às mudanças climáticas em função do regime de chuvas. Então, vários estudos apontam já uma tendência de redução da chuva nessa região central aqui do país.”

A doutora Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden, afirma que, diferentemente dos outros anos — quando a seca ocorria de forma localizada em algumas regiões —, em 2024 o fenômeno passou a afetar mais áreas do território nacional.

“Em 2020, a gente teve uma seca muito extensiva na Região Centro-Oeste do país. Entre 2012 e 2017, a gente teve uma seca bastante extensiva no Semiárido e, entre 2015 e 2016, em grande parte do Centro-Norte do país. No entanto, essa de 2023-2024 é a primeira que cobre desde o Norte até o Sudeste do país.”

Segundo a pesquisadora, em 2024, pela primeira vez foi identificada seca excepcional fora da região do Semiárido, desde que o Cemaden começou a monitorar as secas no país.

“Hoje, existem áreas, principalmente no Pará, no Mato Grosso e no estado de São Paulo, com essa categoria máxima de seca, que é a seca excepcional, que indica que além da super falta de chuva prolongada, também há umidade do solo extremamente baixa e a vegetação extremamente seca.”

Causas naturais

Além da ação do ser humano, outros fenômenos naturais são apontados pelos climatologistas como causas para as secas severas. Entre eles, a pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, destaca o El Niño.

“Nós tivemos a ocorrência do fenômeno El Niño, principalmente ao longo do segundo semestre de 2023. O El Niño foi se intensificando ao longo do ano e, consequentemente, costuma causar secas, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Então, essa combinação de um Atlântico mais aquecido, junto com o El Niño , que é o Pacífico mais aquecido, contribuiu para que as secas ficassem mais regionalizadas ali entre as regiões Centro-Oeste e Norte, e também pegando parte do Sudeste.”

A partir de setembro, a previsão dos climatologistas é que haja a ação do fenômeno La Niña (e não mais do El Niño), que é o resfriamento das águas do Pacífico. Nessa previsão, também há um retorno gradual das chuvas durante a primavera, conforme explica a pesquisadora Ana Ávila.

“Os modelos estão apontando uma tendência de redução de chuvas, embora nesses próximos dias, por exemplo, haja uma situação de chuvas em excesso no Sul, com risco de alagamentos e enchentes no Rio Grande do Sul, principalmente. Mas a longo e médio prazo, não se espera chuvas mais tão volumosas, exatamente em função da La Ninã, que tem uma tendência de redução do volume de chuvas no sul do país e aumento do volume de chuvas no norte.” 

Os meteorologistas afirmam que o La Niña já deve começar no Brasil agora em setembro, com 58% de chances de ocorrências no trimestre que vai até novembro. Já no trimestre de outubro a dezembro de 2024, a probabilidade de ocorrer o fenômeno aumenta para 60%. 

Primavera 2024: clima seco deve continuar até meados de novembro

Baixa umidade do ar e ventos potencializam queimadas do centro ao nordeste do Brasil

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20/09/2024 12:00h

No Brasil, a primavera 2024 começa oficialmente às 09h44 do dia 22 de setembro

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A primavera 2024, no Brasil, começa oficialmente no próximo domingo, 22 de setembro, às 09h44 (horário de Brasília). Para a estação, os brasileiros podem esperar um clima seco até meados de novembro, segundo o Prognóstico da Primavera elaborado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Os meteorologistas explicam que a definição e a qualidade do período chuvoso nesta estação — nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, em parte da Região Sul e no centro-sul da Região Norte — dependem do processo de convergência de umidade vinda da Amazônia. Já a primavera no Nordeste costuma ter volumes de chuva inferiores a 100 milímetros (mm), principalmente no norte do Piauí e noroeste do Ceará. 

A expectativa é que as chuvas fiquem acima da média em alguns pontos isolados, como Acre, Roraima, sudoeste do Amazonas, sudeste da Bahia e Rio Grande do Sul. Também espera-se o retorno gradual das chuvas nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

No entanto, o sul do Amazonas — onde se concentram ainda muitos focos de incêndios — deve continuar sofrendo com a  seca e as queimadas até o final de outubro.
Em relação à temperatura, os termômetros vão subir em grande parte da Região Norte, interior do Nordeste e em alguns pontos da parte central do país. 

A professora Ana Ávila, pesquisadora do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri/Unicamp), explica o que deve provocar o aumento das temperaturas.

“A primavera tende a ter uma demora em estabelecer esse regime de chuvas na região central do país e, com isso, a gente tem temperaturas elevadas, que é o que se espera de um período mais prolongado ainda na primavera.”

La Niña

Os meteorologistas afirmam que o fenômeno climático La Niña já deve começar no Brasil agora em setembro, com 58% de chances de ocorrências no trimestre que vai até novembro. Já no trimestre de outubro a dezembro de 2024, a probabilidade de ocorrer o fenômeno aumenta para 60%.

O La Ninã se caracteriza pelo resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, ao contrário do El Niño, que é o aquecimento dessas águas. A pesquisadora Ana Ávila afirma que, em 2024, o La Ninã não deve ocorrer com muita intensidade e extensão. E detalha os impactos do fenômeno no clima do Brasil nesta primavera.

“Os modelos estão apontando uma tendência de redução de chuvas, embora nesses próximos dias, por exemplo, haja uma situação de chuvas em excesso no Sul, com risco de alagamentos e enchentes no Rio Grande do Sul, principalmente. Mas a longo e médio prazo, não se espera chuvas mais tão volumosas, exatamente por conta da La Ninã, que tem uma tendência de redução do volume de chuvas no sul do país e aumento do volume de chuvas no norte.”

A primavera se encerra no Brasil às 06h20 (horário de Brasília) do dia 21 de dezembro de 2024.

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06/09/2024 00:04h

Segundo o Inmet, os termômetros podem chegar na casa dos 38 ºC a 41 ºC e a umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 15%

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O feriado de Independência do Brasil, celebrado neste sábado (7), será marcado pelo tempo quente e seco em quase todo o território nacional, principalmente no Centro-Sul do país. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os termômetros podem chegar na casa dos 38 ºC a 41 ºC e a umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 15%.

As regiões Norte e Nordeste são as únicas com expectativa de chuvas. Entre Amazonas e Roraima, devem ocorrer pancadas de chuvas típicas da região, com combinação de calor e alta umidade, principalmente no período da tarde. Norte do Amazonas, Roraima e noroeste do Pará também esperam chuvas isoladas na tarde do feriado.

No Nordeste, a previsão é de chuva fraca e passageira, principalmente no período da manhã, nas regiões entre o litoral do Rio Grande do Norte até o Recôncavo Baiano.

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o feriado de Independência será de céu com nebulosidade reduzida e pouca chance de chuva. Além disso, os termômetros dessas regiões e de alguns estados do Norte registram as temperaturas mais altas, como explica o meteorologista do Inmet Heráclio Alves.

“Continuam temperaturas bastante elevadas, principalmente no Centro-Oeste e em áreas também do Sudeste e da Região Norte, com máxima chegando na casa dos 38 a 41 graus, entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul, áreas do Pará, do Tocantins, com temperatura bastante elevada. Nas outras áreas, a temperatura fica variando entre 30 e 33 graus.”

Em relação à umidade, o meteorologista informa que os estados mais quentes vão registrar o ar mais seco, com mínimas abaixo dos 15%, principalmente entre Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Somente nos extremos das regiões Norte e Nordeste a umidade fica um pouco mais alta, variando entre 90% e 35%.

Cuidados com a saúde

Segundo a otorrinolaringologista Marcela Suman, com a seca e o calorão as mucosas do organismo não conseguem trabalhar de forma adequada, uma vez que 70% do corpo humano é composto de água. 

“Então, em tempo de seca, as células ciliadas do sistema respiratório humano não conseguem fazer a higiene adequada; os microcílios, que deveriam bater 700 vezes por minuto, acabam ficando paralisados.  Então, essa sujidade fica acumulada na cavidade nasal, gerando mais irritação, aumentando e intensificando os quadros de rinite, asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica”, explica a médica.

A principal recomendação da otorrinolaringologista é beber bastante água e manter o organismo hidratado.

“A Organização Mundial de Saúde preconiza que o ideal é 60 ml [de água] por quilo de peso. Então a gente tem que tomar muito líquido, podendo ser superior a isso, tendo coração e rim bons. Procurar sempre hidratar o nariz com soro fisiológico, podendo também pingar colírio de lágrima artificial nos olhos. Evitar, sobretudo, ficar muitas horas no calor excessivo.”

Outras recomendações incluem:

  • evitar fazer atividade física entre 10h e 14h, que costuma ser o período mais quente e seco do dia;
  • evitar levar as mãos no nariz e na boca. Com o clima seco, a poeira microscópica acumula nas mãos, podendo levar à lesão das mucosas;
  • manter a casa limpa com pano úmido, evitando vassoura para não levantar ainda mais a poeira suspensa no ar;
  • umidificar os ambientes com toalhas molhadas, bacias de água e umidificadores elétricos.

Para quem vai assistir aos desfiles de 7 de setembro nas ruas, a otorrinolaringologista Marcela Suman tem uma recomendação especial:

“Procurar um lugar onde esteja com sombra. Caso não haja, levar a sua própria sombrinha ou guarda-chuva para prevenir a desidratação. É indispensável ingerir muita água. Não coçar o nariz e os olhos para não sujar mais, para não irritar ainda mais. E ficar o tempo mínimo necessário exposto a essas altas temperaturas.”

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17/08/2024 03:00h

Segundo o Climatempo, uma nova onda de calor deve atuar sobre o Brasil a partir do próximo domingo (18). Alteração térmica do frio ao calor em dias acende alerta para cuidado; veja impactos da mudança de temperatura à saúde e saiba cuidados devem ser adotados

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O Brasil deve enfrentar uma mudança de temperatura brusca no mês de agosto. Segundo o Climatempo, uma nova onda de calor deve atuar sobre o país a partir do domingo (18). A previsão aponta que o frio do início da semana vai se deslocar e a onda de calor deve durar pelo menos até o dia 22 de agosto. 

De acordo com o Climatempo, uma nova e forte massa de ar quente está se estabilizando na região central, o que favorece o aumento das temperaturas. Após a recente e forte atuação de uma massa de ar frio, com  recordes de baixas temperaturas no país, a chegada da massa de ar quente cria um contraste significativo.

A mudança brusca de temperatura traz alerta para a saúde dos brasileiros, em especial, dos moradores das áreas cujas temperaturas atingirem de 5 °C a 7 °C acima da média nos próximos dias, por exemplo, em parte dos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e de São Paulo.

Confira o mapa com a previsão de temperaturas para os dias 18 a 22 de agosto:

(MAPA)

O meteorologista consultor climático e ex-diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz, explica que a onda de calor que chega ao país é proveniente de um bloqueio atmosférico causado pelos ventos na alta atmosfera, formado entre a Argentina e o Rio Grande do Sul. Segundo ele, esses ventos na alta atmosfera são conhecidos como correntes de jato e, ao passar dos dias, o ar quente e seco fica mais intenso.

 “Quando eles estão no sentido de oeste para o leste ou noroeste para o sudeste, aí eles bloqueiam a passagem das frentes frias, não deixam chegar nada no Brasil. E aí fica predominando ar quente e seco em grande parte do país, especialmente em toda a parte central. E esse ar quente e seco, na proporção que vai passando dias, vai ganhando mais energia e ficando mais forte”, afirma Diniz.

Francisco de Assis Diniz menciona, ainda, que o bloqueio atmosférico vai ser rompido lá pelo dia 21, 22: "quando ele se romper vai passar uma frente fria, e o ar frio que vem à retaguarda dessa frente fria avança, pegando mais a parte sul e com algumas localidades da região sudeste, com a parte central do Brasil", explica.

Impactos à saúde e como se proteger

O Climatempo alerta para o cenário de tempo seco associado à baixa umidade relativa do ar, que pode dificultar a respiração. Além disso, a situação exige maior hidratação.

O pneumologista do Hospital Anchieta, Brasília (DF), Daniel Boczar, destaca que as crianças até 5 anos de idade e idosos acima de 65 anos devem ser prioridade na atenção aos cuidados com a saúde. Isso porque os pequenos possuem um sistema imune ainda em desenvolvimento e, no caso dos idosos, o sistema imunológico está enfraquecido e eles são mais propensos a infecções.

Segundo Daniel Boczar, as alterações bruscas de temperatura contribuem para uma série de sintomas que causam diversos prejuízos ao organismo. Ele destaca que gripes e alteração de pressão arterial são algumas consequências.

“Além de alterar a resposta do sistema imune com a produção de menos anticorpos, temperaturas instáveis aumentam os riscos de infecções como gripes, resfriados, sinusites, pneumonias e gastroenterites. Afetam os batimentos cardíacos, a pressão arterial, diminuem o diâmetro dos vasos sanguíneos, levando a um aumento de eventos cardiovasculares como AVC e infarto”, diz  Boczar.

A mudança brusca de temperatura também modifica as características das secreções das vias aéreas, “desencadeando crises de asma, rinites, por exemplo, e levam ao ressecamento da pele dos olhos com as dermatites e conjuntivites”, salienta Boczar.

Confira dicas do especialista para se proteger:

  • Manter uma alimentação equilibrada com a ingestão de frutas, legumes e verduras;
  • Hidratação frequente com água de acordo com o peso da pessoa;
  • Manter a pele e os olhos hidratados;
  • Ter uma boa ventilação em casa e em ambientes fechados;
  • Certificar a manutenção dos aparelhos de ar condicionado e umidificadores;
  • Manter a boa higiene das mãos;
  • Não visitar pessoas que estiverem doentes;
  • Evitar ambientes com aglomeração;
  • Procurar auxílio médico quando necessário.
     
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